HISTÓRIA DE ALFÂNDEGA DA FÉ NA REVOLUÇÃO PORTUGUESA- 1974- 1975-1976

Carlos Augusto Araújo

  • Página inicial
  • Até 24 de Abril (1974)
  • ANTES DE ABRIL
  • O DIA
  • 1º MAIO
  • DEPOIS DE ABRIL
  • 1974: ALFÂNDEGA DA FÉ-ATAS
  • 1974-1975: COMISSÃO ADMINISTRATIVA: CARLOS AUGUSTO ARAÚJO
  • 1974- 25 DE ABRIL-: "GRUPO DE APOIO AOS DESALOJADOS DO ULTRAMAR" (GADU):- MANUEL AFONSO e ALFERES MADEIRA DO MFA
  • 1975: ELEIÇÕES CONSTITUINTES
  • 1975- PREC- SEDE DO PCP FOI INCENDIADA EM ALFÂNDEGA DA FÉ-
  • COMISSÃO DE GESTÃO: 1975-1976
  • 1976- - ELEIÇÕES : BAIRRO DO VALTELHEIRO: 80 CASAS
  • JUNTA DE FREGUESIAS: PRESIDENTES
  • 1977: PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL:CARLOS FERNANDO VIEIRA DE CASTRO - CDS: 1976-1979- CASAS DAS PENEDRAS: 40
  • 1978: ARA: Nélson de Jesus Martins, foi presidente em 1978/1979.--CRIAÇÃO DO HOSPITAL MUNICIPAL- 1978
  • 1979: ATO REALIZADO EM: 16/12/1979- ANTÓNIO FRANCISCO BRANCO RODRIGUES -
  • 1980: PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL- ANTÓNIO FRANCISCO BRANCO RODRIGUES 1980- 1985- ARA- Fernando Jorge Vieira de Castro: 1980/81
  • 1981:CENTRO DE SAÚDE
  • 1982: PRESIDENTE DA CÂMARA: ANTÓNIO FRANCISCO BRANCO RODRIGUES- CAIXA GERAL DEPÓSITOS- ABRIL 1982 -Pré- fabricado-: António de Jesus Pacheco, foi presidente-ARA- em 1982/1983-
  • 1983- PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL- ANTÓNIO FRANCISCO BRANCO RODRIGUES: PROJECTO DO QUARTEL DA GNR
  • 1984: António Francisco Branco Rodrigues, foi presidente -ARA- em 1984/1985. - Hospital Concelhio e Centro de Saúde
  • 1985- ATO REALIZADO EM: 15/12/1985- ANTÓNIO FRANCISCO BRANCO RODRIGUES :1985-1986- ANTÓNIO DE JESUS PACHECO- 1986-1989
  • 1986:ANTÓNIO FRANCISCO BRANCO RODRIGUES- MORREU EM 25 OUTUBRO 1986- 1986/1987: ARA- 2ª DIVISÃO DA AFB
  • 1987: Escola C + S de Alfândega da Fé. 1ª DIVISÃO FUTEBOL- AFB- TREINADOR LUÍS JEREMIAS: JUNTA DE FREGUESIA
  • 1988: Manuel Cunha Silva, foi presidente- ARA- em 1987-1988-1989: TREINADOR QUIM BARROS
  • 1989- MANUEL CUNHA SILVA- Eleição Autárquicas- Acto realizado em: 17/12/1989
  • 1990:PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL: MANUEL CUNHA SILVA - PORTO SANTO: 1 de SETEMBRO 1989
  • 1993: PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL: MANUEL CUNHA SILVA: 2º MANDATO: PARLAMENTO EUROPEU
  • 1997: MANUEL CUNHA SILVA-3º MANDATO- ACTO REALIZADO EM 14/12/1997
  • 2001:PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL: JOÃO FIGUEIREDO SARMENTO
  • 2005: PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL: JOÃO FIGUEIREDO SARMENTO
  • 2009: PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL: BERTA FERREIRA MILHEIRO NUNES- 1º MANDATO
  • 2013: PRESIDENTE DA CÂMARA MUNCIPAL:- BERTA FERREIRA MILHEIRO NUNES- 2º Mandato de 2013- 2017 Eleições Autárquicas de 2013
  • 2017: PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL: BERTA FERREIRA MILHEIRO NUNES- 3º MANDATO- 1 DE OUTUBRO 2017
  • 2019-2021: PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL: EDUARDO MANUEL DOBRÕES TAVARES: 19 OUTUBRO 2019
  • 2021-2025: PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL: EDUARDO MANUEL DOBRÕES TAVARES: 26 SETEMBRO 2021
  • SEDES PARTIDÁRIAS: DO PCP- DO PS- DO PSD- DO CDS
  • ESCOLA
  • AUTARQUIAS: POLÍTICO PARTIDÁRIO
  • Verão Quente de 1975
  • FAMÍLIA ARAÚJO
  • RETORNADOS:– Os dias da Ponte Aérea, Angola, entre Julho e Novembro de 1975?
  • FUTEBOL
  • COOPERATIVA AGRICOLA
  • HOSPITAL
  • ANOS 90
  • LIVRO
  • MURAIS 25 de ABRIL
  • AUTOCOLANTES 25 de ABRIL
  • TEXTOS
  • DOCUMENTOS
  • DOCUMENTOS ESCRITOS
  • CARTAZES/POSTERS
  • JORNAIS DA ÉPOCA
  • FOTOGRAFIAS DO 25 DE ABRIL
  • CINEMATECA
  • CANTORES DE INTERVENÇÃO
  • TESTEMUNHOS
  • CAPITÃES DE ABRIL
  • CRONOLOGIA I- 1974
  • CRONOLOGIA II- 1975
  • CRONOLOGIA III- 1976
  • CRONOLOGIA; ALFÂNDEGA DA FÉ: PRESIDENTES DA CÂMARA MUNICIPAL
  • CRONOLOGIA: HISTÓRIA ALFÂNDEGA DA FÉ
  • CRONOLOGIA: PORTO: 25 DE ABRIL
  • 11 Março 1975
  • 25 de NOVEMBRO 1975
  • REFORMA AGRÁRIA- MARÇO e NOVEMBRO 1975
  • ANGOLA
  • MOÇAMBIQUE
  • GUINÉ
  • CABO VERDE
  • SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
  • TIMOR-LESTE
  • ESTADO NOVO: ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR (SALAZARISMO): MARCELLO CAETANO (MARCELISMO)
  • GUERRA COLONIAL
  • DESCOLONIZAÇÃO
  • PIDE/DGS: ESTADO NOVO
  • MOCIDADE PORTUGUESA
  • LEGIÃO PORTUGUESA: ESTADO NOVO
  • A ASSEMBLEIA NACIONAL: -ESTADO NOVO-
  • CENSURA
  • UNIÃO NACIONAL: ANP -ESTADO NOVO-
  • OPOSIÇÃO DEMOCRÁTICA
  • ELEIÇÕES
  • CONSTITUINTE: 25 ABRIL 1975
  • LEGISLATIVAS: 25 ABRIL 1976
  • PRESIDENCIAIS: 27 JUNHO 1976
  • AUTÁRQUICAS 12 DEZEMBRO 1976
  • Assembleia Legislativa Regional- Açores e Madeira REGIÕES AUTÓNOMAS 1976- 27 junho
  • ELEIÇÕES EUROPEIAS
  • PARTIDOS POLÍTICOS
  • LIDERES POLÍTICOS
  • CROMOS DA REPÚBLICA
  • Conselho da Revolução
  • DOCUMENTO DOS NOVE
  • LEGISLAÇÃO
  • Páginas:1974
  • Páginas:1975
  • Páginas:1976
  • MEMÓRIAS DA REVOLUÇAO: 1974/1975
  • MEMÓRIAS DA REVOLUÇÃO: PREC: 1975
  • COMUNICADOS
  • BAIRRO DA NORUEGA
  • BAIRRO DAS PENEDRAS
  • BAIRRO DO FOMENTO: VALETELHEIRO
  • BAIRRO DO PORTO
  • OCUPAÇÃO DE CASAS: 1975
  • BANCOS
  • CASAS SENHORIAIS
  • MILITANTES/SIMPATIZANTES
  • ALFÂNDEGA DA FÉ: DOCUMENTOS
  • REVISTA PORTUGUESA
  • CAMPANHAS DE DINAMIZAÇÃO CULTURAL : Outubro de 1974,
  • GOVERNADORES CIVIS E PRESIDENTES DA CÂMARA
  • MENSAGEIRO DE BRAGANÇA: 1974-1975-1976
  • ALFÂNDEGA DA FÉ- 2014
  • COMISSÕES ADMINISTRATIVAS E MDP/CDE
  • CARTAZES DE ALFÂNDEGA DA FÉ

1975- PREC- SEDE DO PCP FOI INCENDIADA EM ALFÂNDEGA DA FÉ-

1975- PREC- SEDE DO PCP FOI INCENDIADA EM ALFÂNDEGA DA FÉ- ANGOLA- Ponte Aérea 1975-António Gonçalves Ribeiro:- Angola, entre Julho e Novembro de 1975: "INSTITUTO DE APOIO AO RETORNO DE NACIONAIS" (IARN). -- 1975 - JUNHO :ELEIÇÕES (25/04/75) 1975- (CONSTITUINTES) LEGISLATIVAS: Os SUV - Soldados Unidos Vencerão foram constituídos em Agosto de 1975 pelo PRP.
1975
Janeiro de 1975
 (Janeiro de 1975,a partir da OCMLP), e o PUP (Dezembro de 1974), ou eram de fundação recentíssima como a UDP(Dezembro de 1974, por unificação dos CARPM-L, CCRM-L e URM-L), a FSP (Janeiro de 1975, cisão do PS) e o PRT (Janeiro de 1975).
2 de Janeiro
O Conselho Superior do MFA pronuncia-se, por unanimidade, a favor da unicidade sindical.
3 de Janeiro
A Assembleia Geral do Sindicato dos Bancários de Lisboa propõe ao Governo a nacionalização da banca.
6 de Janeiro

É fundado o Exército de Libertação de Portugal (ELP), organização que congrega elementos conotados com o Estado Novo e com a direita radical, e que será responsável por atentados bombistas e ataques a sedes de partidos de esquerda ao longo dos anos de 1975/76.
7 de Janeiro

Em artigo publicado no Diário de Notícias, Salgado Zenha, dirigente socialista, põe em causa a legitimidade da unicidade sindical. Está aberto o primeiro grande conflito entre o PS e o PCP.
9 de Janeiro
Criação da Frente Socialista Popular (FSP), chefiada por Manuel Serra
10 de Janeiro

Têm início em Alvor as conversações com vista à independência de Angola, com a presença de delegações dos três movimentos de libertação (FNLA, MPLA e UNITA).
11 de Janeiro
Os trabalhadores da refinaria da SACOR em Matosinhos decretam uma paralisação.
13 de Janeiro
O Conselho dos Vinte pronuncia-se a favor da unicidade sindical.

O CDS apresenta o pedido de legalização ao STJ.
14 de Janeiro
A Intersindical realiza, junto do Ministério do Trabalho, uma manifestação de apoio à unicidade sindical.
15 de Janeiro

São assinados os Acordos de Alvor, pelo Governo português e os movimentos de libertação angolanos, que estabelecem os termos do processo de independência de Angola, agendada para 11 de Novembro de 1975. Serão formalizados no dia 28 de Janeiro.

O Conselho de Ministros aprova a nova Lei de Imprensa que consagra em Portugal a liberdade de expressão, mas o Decreto Lei n.º 85-C/75 só será publicado a 26 de Fevereiro.

O PCP é o primeiro partido a ser formalmente legalizado por decisão do Supremo Tribunal de Justiça, a fim de cumprir a lei dos partidos.
16 de Janeiro

Em resposta à manifestação da Intersindical, o PS realiza um comício no Pavilhão dos Desportos, centrado na questão da unicidade.
17 de Janeiro
O Episcopado emite uma nota pastoral em defesa da liberdade sindical.

O PPD apresenta o pedido de legalização ao STJ.
18 de Janeiro
O PS entrega a candidatura à legalização formal para cumprimento da Lei dos Partidos
20 de Janeiro
O Conselho de Ministros aprova, por maioria, a unicidade sindical.

UDT e FRETILIN formam uma coligação para negociar com Portugal a independência de Timor.
21 de Janeiro
O III Governo Provisório aprova o diploma que consagra a unicidade sindical. O Conselho dos Vinte reafirma solenemente a sua promessa de realização de eleições para a Assembleia Constituinte em Abril.
22 de Janeiro
I Congresso do CDS, no Porto. Os congressistas e convidados estrangeiros são cercados por manifestantes de esquerda.
25 de Janeiro

O PPD, de Francisco Sá Carneiro, procedeu á sua inscrição no Supremo Tribunal de Justiça, a fim de cumprir a Lei dos Partidos.

O I Congresso do CDS, reunido no Palácio de Cristal, no Porto, é interrompido na sequência de incidentes provocados por grupos esquerdistas, que cercam o recinto, situação que requer a intervenção das Forças Armadas.
26 de Janeiro
O CDS foi legalizado por decisão do Supremo Tribunal de Justiça, a fim de cumprir a Lei dos Partidos. Foi o segundo partido a ser formalmente legalizado, a seguir ao PCP.
27 de Janeiro

Rosa Coutinho cessa as funções de Alto Comissário e de Presidente da Junta Governativa de Angola, que assumira em Novembro de 1974.
28 de Janeiro
A Assembleia do MFA aprova por maioria o princípio da unicidade sindical.

É publicado o Decreto-Lei nº 34/75, que nomeia o Brigadeiro Silva Cardoso Alto Comissário em Angola.
30 de Janeiro
É publicada a Lei nº 1/75, que estabelece o Estatuto Constitucional de Angola.

O MDP apresenta o pedido de legalização ao STJ.
MDP/CDE - Movimento Democrático Português / Comissão Democrática Eleitoral
Depois do 25 de Abril constitui-se como partido político, fazendo parte de todos os Governos Provisórios, com excepção do VI. Concorreu à eleição para a Assembleia Constituinte de 1975 sozinho, e a partir de 1976 em aliança com o PCP, integrando a APU. Em 1987, em dissidência com o PCP, já não participou na coligação eleitoral CDU, acabou por dar lugar ao movimento Política XXI que veio a integrar o Bloco de Esquerda.
31 de Janeiro

É empossado o Governo de Transição de Angola, chefiado por um Colégio Presidencial composto por um representante de cada um dos movimentos de libertação. O Governo será presidido pelo Alto-comissário, Brigadeiro Silva Cardoso, que se demitiria em 30 de Julho.
1 e 2 de Fevereiro
Tem lugar, na Figueira da Foz, o I Congresso do PDC.
1 de Fevereiro
Legalização do Partido Socialista com 6820 assinaturas
2 de Fevereiro
Comício do PCP em Bragança.

A extrema-esquerda revolucionária (UDP, PRP-BR, OCMLP e PUP),
Organização Comunista Marxista-Leninista Portuguesa
marxista-leninista-maoísta de esquerda (UDP, FEC (m-l) e PUP)

Em oposição às duas tendências maoístas de direita (MRPP e AOC)
4 de Fevereiro

O I Congresso do PDC, reunido na Figueira da Foz, é interrompido a pedido da Região Militar do Centro, em face do perigo de confrontos com elementos da extrema-esquerda.

O PPD formaliza o pedido de legalização a fim de cumprir a Lei dos Partidos
6 de Fevereiro
A Assembleia dos Duzentos decide a institucionalização do MFA.
7 de Fevereiro
O PPD foi formalmente legalizado por decisão do Supremo Tribunal de Justiça.
8 de Fevereiro

O Conselho de Ministros aprova o Plano de Política Económica e Social, vulgarmente designado Plano Melo Antunes.
9 de Fevereiro

Tem lugar a I Conferência dos Trabalhadores Agrícolas do Sul, que exigem uma reforma agrária que elimine os latifúndios e distribua as terras pelos assalariados rurais.
10 de Fevereiro
O Presidente da República marca as eleições da Assembleia Constituinte para o dia 12 de Abril desse mesmo ano, sendo contudo adiadas para 25 de Abril depois dos acontecimentos de 11 de Março.
12 de Fevereiro
O PS apresenta o pedido de legalização ao STJ.

Marcada a data das eleições dos deputados à Assembleia Constituinte.
13 de Fevereiro
É assinado pelo Governo português e pela Santa Sé o Protocolo Adicional à Concordata, que reconhece o direito ao divórcio civil aos casados catolicamente, até então proibido por força do seu artº 24º.
Portugal e o Vaticano assinam o Protocolo Adicional à Concordata (datada de 7 de Maio de 1940), que reconhece o direito dos católicos ao divórcio. O principal responsável pelas negociações é Salgado Zenha.

A UDP e o PDC apresentam o pedido de legalização ao STJ.

UDP - União Democrática Popular - foi um partido da extrema-esquerda portuguesa, que se destacou pela sua ideologia maoísta e identificação com o regime estalinista da Albânia.
Formou-se em 16 de Dezembro de 1974, a partir de 3 grupos marxistas-leninistas-maoístas, o Comité de Apoio à Reconstrução do Partido Marxista-Leninista (CARP ML), surgido depois de 1974, os Comités Comunistas Revolucionários Marxistas-Leninistas (CCRML), criados em 1970 a partir de uma cisão do CM-LP e que se assumiam como seus verdadeiros sucessores, e a Unidade Revolucionária Marxista-Leninista (URML), surgida em 1971, e que teve uma breve aproximação aos trotskistas.
Tem o seu I Congresso em 9 de Março de 1975. Elege um deputado para a Assembleia Constituinte em 25 de Abril de 1975, Américo Duarte, após Pulido Valente, um dos fundadores do CM-LP em 1964, ter sido barrado do cargo por ter visitado um preso político de então que fora seu amigo de infância e que por sinal era banqueiro.
Em 1976, nas eleições para a 1ª Assembleia Legislativa foi eleito como deputado Acácio Barreiros, um ex-estudante de engenharia que vinha dos CCRM-L e que mais tarde aderiria ao Partido Socialista de que viria também a ser deputado.
Deu origem mais tarde em 1999 em conjunto com o PSR e do Política XXI ao Bloco de Esquerda

O PDC procede à sua inscrição oficial no Supremo Tribunal de Justiça.
-O Partido da Democracia Cristã (PDC) foi um partido político português da direita política de princípios cristãos, criado em 10 de maio de 1974,1 sendo seu fundador o major José Sanches Osório.
15 de Fevereiro
O MRPP denuncia, em comunicado, os «entraves e manobras» para impedir a legalização no Supremo Tribunal de Justiça
Fundado em 18 de Setembro de 1970, o MRPP – Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado defendia que o Partido Comunista Português adoptara uma ideologia "revisionista", tendo deixado de ser o "partido do proletariado". Para a prossecução da revolução era necessário reorganizá-lo – daí o nome escolhido.
O MRPP de inspiração maoísta foi fundado em 18 de Setembro de 1970, numa casa da Estrada do Poço do Chão, em Benfica, Lisboa
17 de Fevereiro
O PPM apresenta o pedido de legalização ao STJ.
Cumprindo a lei dos partidos políticos, o PPM, de Gonçalo Ribeiro Teles, procede à sua inscrição no Supremo Tribunal de Justiça.
(O Partido Popular Monárquico (PPM) é um partido político português. Em 23 de Maio de 1974)
18 de Fevereiro
O MRPP apresenta o pedido de legalização ao STJ.
19 de Fevereiro

Tem início a greve dos trabalhadores da Rádio Renascença, em protesto pelo despedimento de trabalhadores em Setembro de 1974.
20 de Fevereiro

O Conselho dos Oito do MFA, composto por Vasco Gonçalves, Rosa Coutinho, Melo Antunes, Pinho Freire, Pereira Pinto, Vasco Lourenço, Almada Contreiras e Costa Martins, reune com os principais partidos políticos para debater a institucionalização do MFA.

O MES apresenta o pedido de legalização ao STJ.

Realiza-se a primeira reunião do MFA com os partidos políticos legalizados (PCP, PPD, PS, MDP/CDE e CDS), com vista à elaboração de uma plataforma de acordo constitucional (Pacto MFA-Partidos).
21 de Fevereiro

A Frente Eleitoral de Comunistas-Marxistas Leninistas (FEC-ML) e a Aliança Operário-Camponesa (AOC) apresentam o pedido de legalização ao STJ.
FEC (M-L)- Frente Eleitoral de Comunistas (Marxista-Leninista) - foi fundada em 1974.
A sua linha política defendia o combate ao imperialismo norte-americano e ao social imperialismo Soviético.
Em 1976 altera a sua designação e sigla para Organização Comunista Marxista Leninista Portuguesa, (OCMLP), e ainda nesse ano, une-se ao CMLP e à ORPC(ML) e fundam o PCP(R).

A AOC é formalmente inscrita no Supremo Tribunal de Justiça, para concorrer às eleições à Assembleia Constituinte, tendo sido criada a partir da "facção Vilar" do PCP (m-l) e por decisão do II Encontro Nacional do jornal A VOZ DO TRABALHADOR.

O CDS realiza, à porta fechada, na sua sede do Porto, a segunda sessão do I Congresso. Freitas do Amaral é eleito presidente.

É divulgado o Programa de Política Económica e Social, aprovado em Conselho de Ministros, que ficou conhecido por "Plano Melo Antunes".

O MES entrega o processo para a sua legalização como partido político.
22 de Fevereiro
O COPCON recebe um relatório secreto enviado pela Região Militar do Norte com a notícia da preparação de um golpe militar reaccionário e das actividades do ELP.
26 de Fevereiro
É publicado o Decreto-Lei nº 85-C/75, que regula a liberdade de imprensa.

A UDP é formalmente legalizada por decisão do Supremo Tribunal de Justiça.
(Organização política marxista, de natureza comunista, criada em Dezembro de 1974, impulsionada pelo Comité de Apoio à Reconstrução do Partido, pelos Comités Comunistas Revolucionários Marxistas-Leninistas e pela União Revolucionária Marxista-Leninista.)

Ocupação de terras em Grândola.

A Frente Eleitoral de Comunistas (Marxistas-Leninistas) – FEC (m-l), criada a partir da OCMLP, inscreveu-se oficialmente no Supremo Tribunal de Justiça, a fim de cumprir a Lei dos Partidos.

O CDS e o PDC decidem apresentar listas conjuntas às eleições para a Assembleia Constituinte.
27 de Fevereiro
O PUP – Partido de Unidade Popular, é oficialmente inscrito no Supremo Tribunal de Justiça, criado a partir da denominada "facção Mendes" do PCP (M-L), com a finalidade de concorrer às eleições para a Assembleia Constituinte.
PUP: O Partido de Unidade Popular (PUP) foi um partido político português, fundado em Dezembro de 1974. Era uma organização política de tendência maoísta.
PUP - Partido de Unidade Popular - foi um partido político português, fundado em Dezembro de 1974.
Era uma organização política de tendência maoísta, que provinham da chamada Facção Mendes do PCP (m-l).
 Depois das eleições legislativas portuguesas de 1975 retoma a designação inicial de CM-LP. Em 1976, com o ORPC (M-L) e com a OCMLP fundem-se no Partido Comunista Português (Reconstruído) e o partido extinguiu-se.

A FSP, liderada por Manuel Serra, herdeira do Movimento Socialista Popular e fruto duma cisão no PS, é oficialmente inscrita no Supremo Tribunal de Justiça.
Março de 1975
Assaltadas sedes do PDC, CDS e PPD

I Congresso da UDP
1 de Março

Decorre em Lisboa, o I Congresso da Liga de Unidade e Acção Revolucionária (LUAR), movimento fundado em Paris, em 1967, responsável, entre outras acções,  pelo assalto, em Junho daquele ano à dependência do Banco de Portugal na Figueira da Foz.

É adiado por ordem do General Spínola um golpe de Estado que os sectores que lhe eram afectos estavam a preparar.
3 de Março
A Liga Comunista Internacionalista (LCI) apresenta o pedido de legalização ao STJ
A Liga Comunista Internacionalista (LCI) foi um partido português fundado em 1973. Considera-se como secção portuguesa da IV Internacional, de cariz trotskista.
Em 1979 funde-se com o PRT no PSR
6 de Março

O Conselho de Estado é informado da existência uma conspiração golpista por parte dos sectores spinolistas.
8 de Março

Alertado pelos serviços de informação espanhóis de uma operação de captura e execução de implicados em iniciativas golpistas – que seria designada por “Matança da Páscoa” – o General Spínola precipita a execução do golpe de Estado que vinha sendo gizado, que terá lugar em 11 de Março.

Por todo o país circulam boatos de que o PCP, aliado a outras forças de esquerda e de extrema-esquerda, prepara uma "matança da Páscoa".

I Congresso da UDP, no Montijo. São aprovados os estatutos e eleita a Comissão Central.
11 de Março

O General Spínola, acompanhado de militares que lhe são próximos, deslocam-se nas primeiras horas da manhã à Base Aérea de Tancos.

11.45 – Aviões provenientes da Base Aérea de Tancos bombardeiam o Regimento de Artilharia 1 (RAL 1), cujas instalações são simultaneamente cercadas por elementos do Regimento de Caçadores Pára-Quedistas.

12.00 – Um grupo de oficiais da GNR, comandados pelo Major Freire Damião detém o Comandante-Geral, General Pinto Ferreira e militares fiéis ao MFA.

12.05 – As tropas estacionadas no RAL 1, comandadas por Diniz de Almeida, preparam-se para responder ao cerco. Entretanto, o COPCON inicia operações tendentes a pôr cobro ao golpe e ocupa o Aeroporto da Portela.

Contactados pelo General Spínola, Jaime Neves e Almeida Bruno recusam colaborar com o golpe, não mobilizando o Batalhão de Comandos da Amadora.

A Intersindical apela à mobilização popular contra o golpe, sendo organizados piquetes de trabalhadores em locais estrategicamente relevantes.

As sedes do CDS, do PDC e da CIP em Lisboa são assaltadas, assim como a sede do PPD no Porto. A vaga de assaltos prolongar-se-á noutras cidades do país ao longo do dia 12.

14.40 – Os elementos do  Regimento de Caçadores Pára-Quedistas de Tancos estacionados nas imediações do RAL 1 levantam o cerco, após negociações com elementos do MFA.

15.00 – O General Spínola admite o fracasso do golpe. Partirá ainda no dia 11 com destino ao exílio, em Espanha.

17.00 – Os militares revoltosos da GNR apresentam a rendição.

Golpe e contragolpe, tentativa fracassada de tirar Costa Gomes da Presidência da República

Durante a noite realiza-se, em Lisboa, uma Assembleia Extraordinária do MFA, onde se decide a institucionalização do Movimento, a constituição do Conselho da Revolução e a adopção de algumas medidas políticas, entre elas as nacionalizações e a Reforma Agrária; a Assembleia reafirma a intenção de realizar eleições para uma Assembleia Constituinte.
12 de Março
Intensificam-se as ocupações de empresas pelos trabalhadores e de casas devolutas por populares.
13 de Março
Reunião do Conselho de Estado, constituído somente por elementos militares, aprova a Lei Constitucional n.º 5/75 pela qual este órgão e a Junta de Salvação Nacional são dissolvidos passando os seu poderes para o Conselho da Revolução
14 de Março

É publicada a Lei nº 5/75, que institui o Conselho da Revolução e a Assembleia do MFA que, substituindo a Assembleia dos Duzentos, é alargada a elementos de patentes mais baixas.

São publicados os Decretos-Lei nºs 132-A e 135-A/75 que, de acordo com o decidido na Assembleia do MFA, determinam, respectivamente, a nacionalização dos sectores bancário e segurador.
17 de Março
É publicado o Decreto-Lei nº 137-A/75, que define a constituição do Conselho da Revolução.

É suspensa a actividade política do PDC, do MRPP e da AOC.
18 de Março

O Conselho da Revolução decide a suspensão do Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (MRPP), da Aliança Operária Camponesa e do PDC.

O Conselho da Revolução determina que a FEC (m-l), a FSP e a UDP alterem os seus símbolos devido a semelhanças com o de outros partidos queixosos. Ainda em torno da questão da simbologia.

Por força do Decreto-Lei n.º 137-E/75, são suspensas e proibidas as participações do PDC, do MRPP e da AOC nas próximas eleições para a Assembleia Constituinte, a fim de «assegurar a regularidade do processo eleitoral».

Conselho da Revolução determina que a FEC (m-l), a FSP e a UDP alterem os seus símbolos devido a semelhanças com o de outros partidos queixosos. Ainda em torno da questão da simbologia
20 de Março
É empossado o Conselho da Revolução.

O Conselho da Revolução aceita o novo símbolo da FSP.
O FSP utilizou o punho do PS, feito pelo Manuel Tito Matoso, ao qual adicionou a chave de fendas e o trigo… Assim sendo, temos uma simbologia bastante interessante, com o punho fechado, que simboliza a luta pelas melhores condições de vida e a resistência contra o fascismo; mais a espiga de trigo que, entre os antigos, sempre foi considerada um símbolo de fartura e abundância, pelo que ainda era a principal fonte de alimento nas regiões agrícolas.
Estes dois, mais a presença da chave de fendas, conseguem representar o homem português que trabalha em prol do país, bem como a luta pelos seus direitos, ideias que são reforçadas pelo conjunto de pessoas que surgem na base do cartaz
21 de Março
Decreto-Lei n.º 147-A/75, visto, aprovado e promulgado pelo Conselho da Revolução, autoriza que o CDS apresente novas listas de candidaturas à Assembleia Constituinte depois de ter sido desfeita a frente eleitoral com o PDC.
23 de Março
A FEC (m-l) promoveu uma concentração desfile da Praça Humberto Delgado ao Quartel-General, no Porto, para protestar contra a decisão do Conselho da Revolução de não aceitar o seu símbolo partidário, com vista às eleições, que pode confundir-se com o do PCP, tendo sido gritada a palavra de ordem “viva a foice e o martelo e a estrela de cinco pontas!”.
25 de Março
Conselho da Revolução aceita a 25 de Março de 1975 o novo símbolo da FSP.

O PRT – Partido Revolucionário dos Trabalhadores, é inscrito formalmente no Supremo Tribunal de Justiça. Defende os princípios do marxismo revolucionário

O Conselho da Revolução aceita os novos símbolos da FSP e da UDP e julga improcedente o recurso do PDC para concorrer ao acto eleitoral, para além de proibir a emissão de comunicados a grupo de militares, definindo os órgãos têm competência para fazê-lo.
26 de Março
Tomada de posse do IV Governo Provisório, chefiado por Vasco Gonçalves e composto por elementos do PS, PPD, PCP, MDP/CDE, ex-MES, militares e independentes.

Agudiza-se o confronto armado entre o MPLA e a FNLA, sendo decretado o recolher obrigatório em Luanda.
27 de Março
O Conselho da Revolução aprova o novo símbolo da FEC (m-l) e considera nula a inscrição do MRPP para actos eleitorais.
31 de Março

É criado o Instituto de Apoio ao Retorno de Nacionais (IARN), vocacionado para o auxílio aos cidadãos portugueses que, entretanto, regressam em número crescente dos antigos territórios ultramarinos, presidido por António Gonçalves Ribeiro.
O Decreto-Lei n.º 169/75 cria o IARN – Instituto de Apoio ao Retorno dos Nacionais, a fim de estudar e propor as «medidas necessárias para a integração na vida nacional de todos os cidadãos portugueses» ligados ao processo de descolonização

Ocorrem as primeiras ocupações de terras no Alentejo e em algumas zonas do Ribatejo.

Criação do subsídio de desemprego
2 de Abril

Tem início a campanha eleitoral para a Assembleia Constituinte.
Concorrem 14 formações partidárias.

O Conselho da Revolução propõe aos partidos uma plataforma de acordo constitucional, que estabeleça os poderes políticos do MFA.
4 de Abril
O filósofo Jean Paul Sartre, confesso admirador da revolução, inicia uma visita a Portugal.

Vasco Gonçalves propõe um entendimento entre o Patriarcado e os representantes dos trabalhadores da Rádio Renascença.

O embaixador Franck Carlucci dá uma conferência de imprensa no Palácio Foz para assegurar que a «CIA nunca teve nem terá qualquer ingerência na situação interna portuguesa».
7 de Abril

Decorre uma reunião da Assembleia do MFA, dirigida pelo Presidente da República, na qual se decide o seu alargamento a 240 membros e se definem as respectivas competências.

A AOC aconselha os seus membros a votar no PS.

Apedrejamento da sede do PPD
8 de Abril
Ronald Reagan, antigo governador da Califórnia, acusou a União Soviética de ter posto em causa a união da Europa Ocidental, ao impulsionar um regime esquerdista em Portugal.

Costa Gomes preside à 1ª reunião da nova Assembleia do MFA, onde se reafirma a "via socialista".
9 de Abril
Questão da forma de eleição do Presidente da República
11 de Abril

É assinada a Plataforma de Acordo Constitucional, vulgarmente conhecida como Pacto MFA/Partidos. São signatários do documento o PS, PSD, PCP, CDS, o Movimento Democrático Popular (MDP), a Frente Socialista Portuguesa (FSP). O PPM, convidado a assinar o Pacto, recusa.
13 de Abril

São estabelecidos em Madrid os primeiros contactos entre exilados portugueses e serviços de informações de diversos países, com o objectivo de constituição de um movimento de resistência aos avanços da revolução portuguesa, que seria materializado no Movimento Democrático para a Libertação de Portugal (MDLP), chefiado pelo General Spínola

Assinatura do primeiro pacto MFA - Partidos
14 de Abril
Decreto-Lei n.º 198-A/75 sobre a legalização de ocupações de casas em fogos devolutos «para fins habitacionais» e estabelece os contratos de arrendamento das casas ocupadas.
15 de Abril

O Conselho de Ministros anuncia a intenção de nacionalizar algumas das mais relevantes e estratégicas empresas portuguesas, entre as quais se contam a SACOR, a TAP, a Siderurgia Nacional, a Petrosul e empresas produtoras e distribuidoras de electricidade.
16 de Abril

O Conselho de Ministros decide expropriar as propriedades no sul do país com dimensão superior a 500 hectares e as propriedades rústicas com área superior a 50 hectares.

Decreto-Lei nº 205 G/ 75, nacionalizando as principais empresas dos sectores da industria, transportes e comunicações
17 de Abril
A emissão portuguesa da Rádio Vaticano apela aos católicos para não votarem em partidos marxistas.
18 de Abril
É publicado o Decreto-Lei nº 210-A/75, que institui o dia 25 de Abril como feriado nacional.
22 de Abril

São publicados os relatórios dos acontecimentos de 28 de Setembro de 1974 e de 11 de Março de 1975, com enumeração dos implicados.
25 de Abril

Eleições para a Assembleia Constituinte
Decorrem as eleições para deputados à Assembleia Constituinte, com uma participação próxima dos 92%. O PS vence o sufrágio com 37,9% dos votos, seguido do PPD, com 26,4%. O PCP obtém uma votação de 12,5% e o CDS 7,6%. O MDP atinge o resultado de 4,1% e a UDP 0,79%.

 
26 de Abril
São divulgados os resultados das eleições: PS, 37,9% – 116 deputados; PPD, 26,4% – 81 deputados; PCP, 12,5% – 30 deputados; CDS, 7,6% – 16 deputados; MDP/CDE, 4,1% – 5 deputados; FSP, 1,1%; MES, 1%; UDP, 0,8% – 1 deputado; FEC (m-l), 0,6%; PPM, 0,6%; PUP, 0,2%; LCI, 0,1%; ADIM (Macau), 0,0 – 1 deputado.

A Associação para a Defesa dos Interesses de Macau (ADIM) é uma associação política de matriz portuguesa e de cariz conservador e localista fundada em 1974 por um grupo de macaenses
30 de Abril

São publicados os Decretos-Lei nº 215, 215-B e 215-C/75. O primeiro consagra a unicidade sindical, reconhecendo a Intersindical como a única confederação sindical. Os demais decretos estabelecem as regras de organização das associações patronais e sindicais.
1 de Maio

Decorrem, em ambiente de tensão entre o PS e a Intersindical, as comemorações do Dia do Trabalhador. Mário Soares é impedido de subir à tribuna.
2 de Maio

Reagindo aos incidentes ocorridos no dia anterior, o PS organiza uma manifestação contra a Intersindical, que acusa de estar ao serviço do PCP.
5 de Maio
É formalmente criado o MDLP.

É formalmente criado o MDLP, presidido pelo General Spínola.
9 de Maio
São nacionalizadas as empresas cimenteiras e de celulose.
12 de Maio
O MPLA e a FNLA iniciam uma confrontação armada de larga escala.
14 de Maio
 Nacionalizados os sectores dos cimentos, celulose e tabacos.
18 de Maio
Decorrem, em Díli, as primeiras conversações para a descolonização de Timor.
19 de Maio

Decorre no Alfeite uma Assembleia do MFA, na qual são debatidos os resultados eleitorais e a situação económica. É deliberada a criação de um tribunal revolucionário para julgar os implicados na tentativa de golpe de 11 de Março.

Tem início o “Caso República”. O director do diário lisboeta, Raul Rego, acusado de estar ao serviço do PS, é afastado por trabalhadores e substituído por Belo Marques.

19 de Maio: Início da crise no jornal República entre trabalhadores e a direcção, encabeçada por Raul Rêgo. O PS reage violentamente. Mário Soares encabeça uma manifestação de protesto junto à sede do jornal, acusa o PCP de estar por detrás dos acontecimentos.
20 de Maio
Fechada a redacção do "República"

Os militares fazem evacuar o local do jornal e selam-no. Mário Soares denuncia a ilegalidade do fecho do jornal e ameaça abandonar o Governo do general Vasco Gonçalves, assim como os ministros do PS.
Regressam a 30 de Maio, após conversações com o Conselho da Revolução.
22 de Maio

Os ministros do PS decidem não participar nas reuniões governamentais enquanto a situação no República não for regularizada.
24 de Maio

Sá Carneiro abandona a chefia do PPD por motivos de saúde. Será interinamente substituído por Emídio Guerreiro.
26 de Maio

Decorre no Centro de Sociologia Militar uma reunião extraordinária da Assembleia do MFA. Em ambiente mais radicalizado, os militares dividem-se entre a prossecução de uma via eleitoral ou de uma via revolucionária.

O ELP leva a cabo a sua primeira acção violenta, com o assalto à sede do MDP/CDE em Bragança.
27 de Maio

A situação na Rádio Renascença agudiza-se com a ocupação, por trabalhadores, dos estúdios e do centro emissor da estação.

Lei do Divórcio

Fim da coligação UDT/FRETILIN
28 de Maio

O COPCON lança uma operação das sedes e prisão de militantes e simpatizantes do MRPP, de que resulta a detenção de cerca de 432 pessoas.
31 de Maio
A guerra civil em Angola
Junho de 1975
Contratação colectiva
2 de Junho
Abertura solene da Assembleia Constituinte, composta por 250 deputados. O socialista Henrique de Barros é eleito seu presidente.
Abertura solene, com a presença na Mesa do Presidente da República General Costa Gomes, do Primeiro-Ministro General Vasco Gonçalves e do representante do Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Vice-Almirante Pinheiro de Azevedo. Usaram da palavra o Presidente Interino da Assembleia Constituinte Henrique de Barros e o General Costa Gomes
4 de Junho
O Presidente da República desloca-se a França em visita oficial.

Portugal assina o tratado que reconhece a soberania da União Indiana sobre os territórios de Goa, Damão, Diu, Dadrá e Nagar Aveli, aprovado pelo Decreto-Lei nº 206/75, de 17 de Abril.
5 de Junho
Eleição da Mesa da Assembleia Constituinte, que ficou constituída pelos seguintes elementos: presidente Henrique Queirós de Barros (PS); vice-presidentes Vasco da Gama Fernandes (PS), Francisco Pinto Balsemão (PPD) e José Tavares Magro (PCP); secretários António Duarte Arnaut (PS), Carlos Coelho de Sousa (PPD) e José Nunes de Almeida (PCP); vice-secretários Alfredo Fernando Carvalho (PS) e Sebastião Dias Marques(PPD). O deputado Américo dos Reis Duarte (UDP) protesta contra a inclusão do nome de Pinto Balsemão por ter tido assento parlamentar no anterior regime

São nacionalizados o Metropolitano de Lisboa e as grandes empresas de transportes.
6 de Junho
Durante uma manifestação contra a esquerda em Bragança, são agredidos vários dirigentes locais do MDP/CDE, em especial Otílio Palheiros de Figueiredo, que dias antes criticara a inércia das autoridades «face às manobras da reacção»
7 de Junho

São criados os Comités de defesa da Liberdade, impulsionados pelo General Soares Carneiro, que difundem nos meios militares comunicados críticos do processo revolucionário.

Álvaro Cunhal declara em entrevista ao jornal italiano Europeo: "Asseguro-lhe que em Portugal não haverá qualquer Parlamento."
9 de Junho
São iniciados os trabalhos da Assembleia Constituinte. Henrique de Barros é eleito Presidente.
16 de Junho
Em Angola prosseguem os combates entre o MPLA e a FNLA, enquanto se intensifica o afluxo de retornados para Portugal.
18 de Junho
O COPCON manifesta o seu apoio aos trabalhadores do República.

Desselar das portas do "Republica" por elementos do COPCON

Decorre, junto ao Patriarcado, uma manifestação em defesa do controlo da Rádio Renascença pelos trabalhadores, convocada por diversos sindicatos e apoiada, entre outros, pela UDP e pelo MES. Simultaneamente, realiza-se no mesmo local uma contramanifestação, reivindicando a devolução da estação emissora à Igreja Católica. Dos confrontos entre manifestantes e contramanifestantes resultam cerca de quatro dezenas de feridos.
19 de Junho
É tornado público o Plano de Acção Política (PAP), aprovado pelo Conselho da Revolução, documento que redefine e amplia a missão do MFA, entendido como “movimento de libertação do povo português”.
23 de Junho

A Rádio Renascença transmite o teor de uma bênção apostólica enviada pelo Papa Paulo VI ao Cardeal Patriarca de Lisboa. Sem referir expressamente o conflito vivido na emissora católica, faz, porém, menção aos “tristes acontecimentos susceptíveis de criar tensões e de perturbar a serena coexistência dos membros da comunidade eclesial portuguesa, em particular do Patriarcado”.
25 de Junho

Realizam-se em Maputo, as cerimónias de proclamação da independência de Moçambique. Portugal é representado pelo Primeiro-ministro, assumindo Samora Machel a Presidência da República, em representação da FRELIMO.
30 de Junho

Decorre em Macau uma cimeira entre representantes do Governo português e dos movimentos de libertação timorenses, Associação Popular Democrática Timorense (APODETI) e a União Democrática Timorense (UDT).
A Fretilin recusa participar em protesto pela presença da APODETI, movimento favorável à integração na Indonésia.

Agrava-se a situação em Angola, com confrontos entre os três movimentos de libertação.
3 de Julho

Contrariando a posição do Primeiro Ministro, defensor da devolução da Rádio Renascença à Igreja Católica, o Conselho da Revolução decide a sua nacionalização.
5 de Julho

Têm lugar as cerimónias de independência de Cabo Verde, que contam com a presença do Primeiro-ministro Vasco Gonçalves.
8 de Julho

É aprovado em Assembleia do MFA o documento Aliança Povo-MFA, promovido pelo COPCON, que sustenta a instauração do poder popular.
10 de Julho

O diário República volta às bancas, sob a responsabilidade de uma Comissão Coordenadora de Trabalhadores. O PS abandona o Governo em protesto.
11 de Julho
O documento Aliança Povo-MFA é criticado pelo PS e PSD.

Arnaldo de Matos evade-se do Hospital Militar Principal, para onde tinha sido transferido da Prisão de Caxias.
12 de Julho

Têm lugar as cerimónias de independência de São Tomé e Príncipe. A delegação portuguesa é chefiada por Rosa Coutinho.
13 de Julho

São destruídas em Rio Maior as sedes do PCP e da FSP, fenómeno que se acentuará sobretudo no norte e centro do país ao longo dos meses seguintes.
É o início de uma série de acções violentas contra pessoas e organizações de esquerda e extrema-esquerda.

É publicada a Lei nº 7/75, que define o calendário da independência de Timor, apesar da impossibilidade de acordo entre os movimentos políticos do território.
15 de Julho
MPLA controla Luanda
17 de Julho

Saída dos deputados do PPD / PSD do Governo.
Queda do IV Governo Provisório
18 de Julho

É discutida em Assembleia Extraordinária do MFA a possibilidade de constituição de um Directório composto pelo Presidente da República, do Primeiro-ministro e por Otelo Saraiva de Carvalho, que teria por missão definir a orientação política a imprimir ao processo revolucionário.

Em face da radicalização da situação política, o PS organiza uma grande manifestação no Estádio das Antas. No dia seguinte, será realizada nova manifestação, desta feita em Lisboa, na Fonte Luminosa, tendo-se registado incidentes nas entradas de Lisboa.
19 de Julho

Manifestação do PS na Alameda D. Afonso Henriques, exigindo a demissão de Vasco Gonçalves
20 de Julho
O COPCON admite o recurso à força armada para travar o avanço do que designa de “reacção”.
23 de Julho

Tem lugar uma reunião de Delegados da Arma de Infantaria do MFA.
São alvo de críticas o Primeiro-ministro, Otelo Saraiva de Carvalho e a 5ª Divisão.
24 de Julho

Reúne em casa do Comandante Gomes Mota um pequeno grupo de militares moderados, composto por Melo Antunes, Vasco Lourenço, Vítor Alves, Costa Neves e Canto e Castro, apreensivos com a escalada revolucionária. Deste encontro nascerá o chamado Grupo dos Nove, proponente de uma solução democrática e pluralista para a revolução portuguesa.
25 de Julho

Tem início em Lisboa o I Congresso da Intersindical, que contará com a presença do Primeiro-ministro na sessão de encerramento.

Na Assembleia do MFA Vasco Lourenço opõe-se a Vasco Gonçalves e critica a acção da 5ª Divisão do EMGFA. Na mesma Assembleia é criado um Directório, que concentra o poder político e militar em Costa Gomes (Presidente da República), Vasco Gonçalves (Primeiro-Ministro) e Otelo Saraiva de Carvalho (comandante do COPCON).

São assaltadas no Norte do país várias sedes do PCP.
29 de Julho
É publicado o Decreto-Lei nº 406-A/75, que estatui a reforma agrária.
31 de Julho
A constituição do Directório é ratificada pelo Conselho da Revolução.

Ponte aérea de Angola
Julho
Início de atentados bombistas às sedes do PCP e do MDP /CDE
4 de Agosto

Em face da crise política e governamental causada pela demissão dos ministros do PS e do PPD, tem lugar no Quartel- General da RML uma reunião entre o Primeiro-ministro, o Presidente da República, Otelo Saraiva de Carvalho e os demais Conselheiros da Revolução com vista à criação de um novo Governo.
Otelo, pelo COPCON, recusa-se a dar apoio à solução proposta por Vasco Gonçalves.
7 de Agosto

O Grupo dos Nove, composto por Melo Antunes, Vasco Lourenço, Pezarat Correia, Vítor Alves, Sousa e Castro, Franco Charais, Canto e Castro, Vítor Crespo e Costa Neves, entregam ao Presidente da República um documento, que ficaria conhecido como “Documento dos Nove”, no qual expressam a recusa quer de soluções totalitárias, quer sociais-democratas na construção da sociedade socialista.

É publicada a Lei nº 9/75, que constitui um tribunal revolucionário para julgar os implicados na tentativa de golpe de 11 de Março.
8 de Agosto

É empossado o V Governo Provisório, presidido por Vasco Gonçalves, que não inclui elementos do PS e do PPD.

Mário Soares escreve uma carta aberta ao Presidente da República, na qual desafia o Chefe de Estado a demitir Vasco Gonçalves.

O Jornal Novo publica o "Documento dos Nove" (também conhecido por "Documento Melo Antunes").

É publicado o Documento dos Nove, subscrito pelo major Ernesto Melo Antunes, capitão Vasco Correia Lourenço, major José do Canto e Castro, capitão-de-fragata Vítor Crespo, major eng.º José da Costa Neves, major Vítor Rodrigues Alves, brigadeiro graduado Manuel Franco Charais, brigadeiro graduado Pedro Pezarat Correia e capitão Rodrigo de Sousa e Castro. Recebe adesão do tenente-coronel António Ramalho Eanes, coronel Amadeu Garcia dos Santos, major Aventino Alves Teixeira, major José Loureiro dos Santos, tenente-coronel Manuel Costa Brás, brigadeiro Vasco da Rocha Vieira, capitão Salgueiro Maia, tenente-coronel Adérito Figueira, tenente-coronel Castro Alves, tenente-coronel Fisher Lopes Pires, major Rebelo Gonçalves, major Gorda Lima, capitão-de-fragata Mário José de Aguiar, capitão Parente, capitão Lopes Camilo e capitão João Tomás Rosa.
10 de Agosto
Em Braga e Lamego ocorrem manifestações de apoio à Igreja Católica. Na primeira localidade, após discurso violento do Arcebispo Primaz, grupos de indivíduos assaltam a sede do PCP.
11 de Agosto
O Directório suspende de funções no Conselho da Revolução os signatários do “Documento dos Nove”.

Têm lugar em Braga e Lamego manifestações de apoio à Igreja Católica.

Publicação do Decreto-Lei n.º 406-A/75, datado de 29 de Julho, que ficou conhecido como a “Primeira Lei da Reforma Agrária”, que fixa as normas a que deve obedecer a expropriação dos prédios rústicos. Foi aprovado em Conselho de Ministros a 7 de Julho e datado de 29 de Julho.

A UDT faz um golpe de Estado em Timor.
12 de Agosto

Em resposta ao “Documento dos Nove”, o COPCON publica igualmente um documento, da autoria de Mário Tomé, inspirado em propostas de partidos políticos da extrema-esquerda.

Respondendo ao "Documento dos Nove", o COPCON divulga um documento intitulado "Autocrítica revolucionária do COPCON e proposta de trabalho para um programa político" ("Documento do COPCON").
14 de Agosto

Otelo Saraiva de Carvalho inicia uma ronda de contactos com membros do Grupo dos Nove, com vista à elaboração de um documento de convergência entre as duas tendências político-militares.
15 de Agosto
 No Norte e Centro do país agudiza-se a hostilidade em relação ao V Governo Provisório, ao PCP e aos partidos de extrema-esquerda.
Os assaltos e destruições das sedes destes partidos ocorrem um pouco por todo o lado.

O PS promove uma manifestação, em Belém, de apoio ao "Documento dos Nove".

O PCP, num comício realizado no Pavilhão dos Desportos, apela "à unidade dos democratas e antifascistas".
16 de Agosto

O PS e o PPD realizam uma manifestação de apoio ao “Documento dos Nove”. Simultaneamente, a 5ª Divisão manifesta o seu apoio ao “Documento do COPCON”.

Chegam a Portugal 250 refugiados oriundos de Timor.
19 de Agosto

São destruídas as primeiras sedes do PCP e de outros partidos de esquerda no arquipélago dos Açores.
20 de Agosto

Iniciam-se contactos com vista à formação de um novo Governo, de representatividade político-partidária mais ampla. Com esse objectivo, Melo Antunes, Vasco Lourenço e Vítor Alves reúnem com Carlos Fabião.

Organizações populares realizam uma grande manifestação de apoio ao “Documento do COPCON”.

Otelo Saraiva de Carvalho consuma a ruptura com Vasco Gonçalves. Em carta pessoal Otelo proíbe Vasco Gonçalves de visitar as unidades militares integradas no COPCON e pede ao general que "descanse, repouse, serene, medite e leia".

Manifestações em Lisboa de apoio ao Documento do COPCON.

No Porto, a sede do MDP/CDE e da União dos Sindicatos são atacadas.

Contragolpe da FRETILIM, que assume o controlo na generalidade do território. Criadas as Forças Armadas de Libertação de Timor-Leste (FALINTIL ).
24 de Agosto:
Manifestações em Leiria e Vila Real de apoio ao Episcopado.

Em Leiria são assaltadas as sedes de partidos de esquerda.

Apresentação do elenco do VI Governo Provisório, chefiado por Carlos Fabião.
25 de Agosto

Carlos Fabião recusa a chefia de um novo executivo, Pinheiro de Azevedo é indigitado para formar o VI Governo Provisório.

Em reunião do Directório com os Chefes de Estado-Maior, é decidida a nomeação de Vasco Gonçalves para o cargo de CEMGFA e a designação do Almirante Pinheiro de Azevedo para o o cargo de Primeiro-ministro, bem como a reintegração dos militares dos Grupo dos Nove no Conselho da Revolução.

É criada a Frente de Unidade Popular (FUP), plataforma de apoio ao “Documento do COPCON” e ao V Governo, que integra o PCP (que a abandonará dias depois), o MDP/CDE e diversos movimentos de extrema-esquerda.

É criada a Frente Unida Revolucionária (FUR), com a participação do PCP, do MDP/CDE, do MES, da FSP, da LUAR, da LCI e do PRP/BR.

Inicia-se a publicação do jornal A Luta.
26 de Agosto
O Governador de Timor, Lemos Pires e a administração portuguesa, saem de Díli para a Ilha de Ataúro.

O Conselho da Revolução suspende a 5.ª Divisão.
27 de Agosto
A 5ª Divisão é encerrada por ordem do Presidente da República.

As instalações da 5ª Divisão do EMGFA, um dos mais importantes apoios de Vasco Gonçalves, são encerradas por uma força militar chefiada por Jaime Neves.
30 de Agosto
Exoneração de Vasco Gonçalves por Costa Gomes
31 de Agosto
O coronel Jaime Neves e outros oficiais do Regimento de Comandos da Amadora são proibidos de entrar na unidade.

Portugueses abandonam Angola
1 de Setembro
É decidida a nacionalização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Reunião de dirigentes separatistas açorianos.
2 de Setembro
Queda política de Vasco Gonçalves na chefia do Executivo por Pinheiro de Azevedo

Era o chegar ao cabo da ruptura e o fim da efémera Frente Unitária Popular. Dos seus sobejos nasceu a FUR – Frente de Unidade Revolucionária.
5 de Setembro

Decorre, em Tancos, uma reunião da Assembleia do MFA, que se decide pela recomposição e reforço de competências do Conselho da Revolução. Saem deste organismo Vasco Gonçalves, que recusa igualmente a nomeação para CEMGFA, bem como os membros que lhe são próximos. O Grupo dos Nove vê-se, assim, reforçado.
6 de Setembro

É criado o movimento Soldados Unidos Vencerão (SUV), vocacionado para a “criação de um braço armado do poder dos trabalhadores”.

Demissão do V Governo, encabeçado por Vasco Gonçalves.
9 de Setembro
Forças da Polícia Militar recusam-se a embarcar para Angola.
10 de Setembro
Em Angola começa a ponte aérea; 1500 refugiados chegam a Lisboa.
13 de Setembro
Eurico Corvacho é substituído por Pires Veloso no comando da Região Militar Norte.
16 de Setembro

Os novos Estados de Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe são aceites como membros da ONU.
19 de Setembro

É empossado o VI Governo Provisório, chefiado pelo Almirante Pinheiro de Azevedo, contando no seu elenco com elementos designados pelo PS, PPD e PCP.

O Secretariado Provisório das Comissões de Trabalhadores da Cintura Industrial de Lisboa organiza uma manifestação no Terreiro do Paço.

Tomada de posse do VI Governo Provisório
21 de Setembro
Tem lugar, no Porto, a primeira manifestação dos SUV
23 de Setembro
Sá Carneiro regressa à actividade política (interrompida, por razões de saúde, desde Fevereiro de 1975).
24 de Setembro
É fundada a Acção Revolucionária dos Praças do Exército (ARPE).
25 de Setembro
Manifestação dos SUV's em Lisboa, com a libertação de soldados presos na Trafaria.

Independência da República Popular de Moçambique
26 de Setembro
O Governo retira ao COPCON competências no restabelecimento da ordem pública.

Morrem três operacionais do ELP quando tentavam fazer explodir um engenho junto da antena emissora da RTP em Monsanto

O Conselho da Revolução autoriza a criação de uma nova força militar para intervir, em substituição do COPCON, em casos de ordem pública. É denominado Agrupamento Militar de Intervenção (AMI).
28 de Setembro

Em reunião do Conselho Nacional do PPD, Sá Carneiro, crítico em relação à direcção do partido assumida por Emídio Guerreiro, retoma as funções de Secretário-Geral.
29 de Setembro
Pinheiro de Azevedo ordena a ocupação militar das emissoras de Rádio e Televisão.

Várias organizações de extrema-esquerda convocam uma manifestação de protesto junto do Ministério da Comunicação Social.
30 de Setembro
Em resposta à manifestação das forças de extrema-esquerda, o PS e o PPD organizam uma manifestação de apoio ao VI Governo.

PS e PSD realizam uma manifestação de apoio ao VI Governo.
Setembro
Início das expropriações
1 de Outubro
O Presidente da República inicia uma visita de quatro dias à Polónia e à URSS.

O Governo manda desocupar as emissoras de rádio e televisão, à excepção da Rádio Renascença.

O PS denuncia a preparação de um golpe de Estado de esquerda.

O jornal O Século publica o chamado "plano dos coronéis".
2 de Outubro
O Jornal Novo, que contém um comunicado do PS sobre uma tentativa de golpe de Estado, é impedido de sair.
5 de Outubro

Chega a Angola o primeiro contingente de tropas cubanas, com a missão de apoiar as operações militares do MPLA, designadamente a contenção do avanço das tropas sul-africanas no país.
7 de Outubro

Em face do agravamento da situação política e militar, o Presidente da República exorta os membros das Forças Armadas a absterem-se de fazer política.

São ocupadas as instalações da Emissora Nacional no Funchal, por elementos pertencentes à Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira (FLAMA).

Ocupação por forças da extrema-esquerda do Regimento de Artilharia da Serra do Pilar (RASP), no Porto.
8 de Outubro

O PS organiza uma manifestação de apoio a Franco Charais, responsável pela Região Militar do Centro. No Porto, o PPD realiza igualmente um comício em defesa de Pires Veloso, que termina com violentos confrontos nocturnos, designadamente, junto ao Quartel do RASP.
9 de Outubro
O PCP denuncia o que considera ser uma viragem à direita do VI Governo Provisório.

Os SUV manifestam-se em Coimbra.

PS, PPD e CDS acusam o PCP de controlar de forma totalitária os principais órgãos de informação.
11 de Outubro
Manifestações por todo o país de apoio ao VI Governo.
15 de Outubro
O Governo determina a selagem das instalações da Rádio Renascença.

Os SUV manifestam-se em Évora.
17 de Outubro

As Brigadas Revolucionárias, que tinham iniciado a sua actividade no período final do Estado Novo, tornam pública a decisão de regressar à acção clandestina, mantendo-se o PRP na legalidade.
21 de Outubro
Em substituição do Secretariado Provisório, é criada a Intercomissões da Cintura Industrial de Lisboa.

A Rádio Renascença é reocupada por elementos de extrema-esquerda.
22 de Outubro
Um grupo de manifestantes retira os selos das instalações da Rádio Renascença na Buraca.

O Presidente da República desloca-se em visita oficial à Jugoslávia e à Itália, avistando-se na Santa Sé com o Papa Paulo VI.

Nova onda de boatos sobre golpes de Estado e contragolpes.
25 de Outubro

Um grupo de cidadão oriundo de Angola manifesta-se, gritando palavras de ordem contra o MPLA. A concentração termina de forma violenta, com o assalto à Casa de Angola, reivindicado pelos Comandos Operacionais de Defesa da Civilização Ocidental (CODECO)
26 de Outubro
Mário Soares e Sá Carneiro participam, no Porto, numa manifestação de apoio ao Governo.
28 de Outubro

Em visita a Washington, Melo Antunes, na qualidade de Ministro dos Negócios Estrangeiros, obtém do Presidente norte-americano, Gerald Ford, um novo pacote de ajuda económica a Portugal.
1 de Novembro

Os ministros dos Negócios Estrangeiros português e indonésio reúnem-se em Roma. Adam Malik reconhece a Portugal o estatuto de potência administrante de Timor.
3 de Novembro

O Embaixador Franco Carlucci desloca-se ao norte do país, onde mantém contactos com as autoridades civis e eclesiásticas.
6 de Novembro

É transmitido pela RTP um debate entre Mário Soares e Álvaro Cunhal, revelador das profundas divergências entre os dois dirigentes políticos.
7 de Novembro
O emissor da Rádio Renascença é destruído por ordem do Conselho da Revolução.
9 de Novembro

O PS organiza uma manifestação de apoio ao Governo, no Terreiro do Paço, que conta com a presença do Primeiro Ministro, acompanhado por Mário Soares e Sá Carneiro.
10 de Novembro
Regressam a Portugal as últimas tropas estacionadas em Angola.
11 de Novembro

Na sequência dos Acordos de Alvor, registam-se em Angola três proclamações de independência, sendo a do MPLA em Luanda.
11-13 de Novembro
Cerco da Assembleia Constituinte por trabalhadores da construção civil, impedindo a saída dos deputados constituintes e do Primeiro-Ministro do Palácio de S. Bento. Após 36 horas o almirante Pinheiro de Azevedo é obrigado a ceder às reivindicações dos operários que exigiam aumentos salariais.
12 de Novembro

É publicada a Lei nº 13/75, que cria o Tribunal Militar Conjunto, responsável pelo julgamento dos crimes cometidos por antigos elementos da DGS e da LP.

Tem início a greve dos trabalhadores da construção civil. Em resposta à paralisação, o PS, o PPD e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), organizam uma concentração em Rio Maior.
13 de Novembro

A Assembleia Constituinte é cercada por largas dezenas de milhares de trabalhadores da construção civil, impedindo a livre circulação dos deputados, excepção feita aos representantes do PCP e da UDP.
14 de Novembro

A radicalização política vivida em Lisboa e a percepção da iminência de um golpe das forças da extrema-esquerda leva os dirigentes partidários do PS, PPD e CDS a deslocarem-se para o Porto para organizarem a resistência.
15 de Novembro

O Grupo dos Nove reúne com militares que lhe são afectos, entre os quais se contam Ramalho Eanes, Jaime Neves, Loureiro dos Santos, Tomé Pinto e Salgueiro Maia, que deliberam o reforço de posições do grupo, a nomeação de Vasco Lourenço como comandante da RML e a reafirmação do apoio ao VI Governo Provisório.
16 de Novembro
Manifestação de trabalhadores da cintura industrial de Lisboa e das UCP
17 de Novembro
Os dirigentes do PS, PPD e CDS regressam a Lisboa.
18 de Novembro
O Grupo dos Nove reúne com Mário Soares, que defende a suspensão de funções do Governo.

Em reunião com os chefes dos três ramos das Forças Armadas, Melo Antunes, Vasco Lourenço e Sousa e Castro, Otelo Saraiva de Carvalho afirma-se disposto a manter-se à frente da RML

O Primeiro-Ministro decide suspender o Governo, decisão apoiada pela totalidade dos ministros, excepção feita ao Ministro do Equipamento Social, Veiga de Oliveira, dirigente do PCP.
19 de Novembro

O Presidente da República recebe o embaixador americano. Por seu turno, o Primeiro Ministro reúne-se com o embaixador da União Soviética.
21 de Novembro

O Conselho da Revolução nomeia Vasco Lourenço comandante da RML, mantendo Otelo Saraiva de Carvalho à frente do COPCON. A esta decisão reagem diversos comandantes das unidades da capital, que se opõem ao nome escolhido para chefiar a Região Militar.

No RALIS é realizada uma cerimónia de juramento de bandeira revolucionário, que seria anulado após o 25 de Novembro.
22 de Novembro
Perante a falta de apoio de Otelo e dos militares que lhe são próximos, Vasco Lourenço não aceita a nomeação.
23 de Novembro

SUV – Soldados Unidos Vencerão! apoiam o “Manifesto de Oficiais Revolucionários”, declarando que «é hora de avançar» com a Revolução Socialista.

O PS realiza novo comício na Fonte Luminosa, no decurso do qual desfere um violento ataque ao Secretário-Geral do PCP e exige a clarificação da posição do Presidente da República perante o grave dilema com que o país se debate, a braços com a possibilidade de uma confrontação civil.
24 de Novembro

Agricultores de Rio Maior e militares afectos ao Grupo dos Nove bloqueiam as estradas de acesso a Lisboa, condicionando o acesso à capital de forças próxima dos sectores da extrema-esquerda.

Os SUV e a FUR fazem apelos à acção armada das massas populares e à instauração de um governo revolucionário.
25 de Novembro
Tentativa de golpe de estado militar, protagonizada por radicais de esquerda

Ao fim da madrugada, pára-quedistas de Tancos ocupam as bases aéreas de Tancos, Monte Real, Montijo e OTA, e o comando da 1.ª Região Aérea, em Monsanto, Lisboa, em protesto contra a extinção da Base-Escola de Tropas Pára-Quedistas, a substituição do general graduado Otelo Saraiva de Carvalho pelo capitão Vasco Lourenço e contestando os generais Morais da Silva e Pinho Freire.

06.00 – Militares do RALIS, designação que entretanto assumira o RAL1, tomam posição nos acessos à auto-estrada do Norte, ao Aeroporto de Lisboa e em Beirolas. Entretanto, tropas da Escola Prática de Administração Militar (EPAM) ocupam as instalações da RTP e controlam os acessos ao Aeroporto.

09.00 – O Presidente da República reúne de emergência com o Conselho da Revolução e os comandos militares.

14.00 – O Presidente da República convoca Otelo Saraiva de Carvalho ao qual anuncia a decisão de assumir directamente o comando do COPCON.

16.30 –  O Presidente da República declara o estado de sítio na região de Lisboa.

O Regimento de Comandos da Amadora, sob as ordens de Ramalho Eanes e Jaime Neves tomam posições em diversos pontos estratégicos, nomeadamente em Monsanto, RALIS, EPAM e no Regimento de Policia Militar.

17.00 – Forças do COPCON e da Polícia Militar ocupam a Emissora Nacional.

18.00 – Duran Clemente, da EPAM, apela à mobilização popular junto das estações de rádio e da televisão. O Sindicato dos Operários Metalúrgicos exorta à mobilização popular.

19.15 –  A unidade de Pára- Quedistas estacionada no Comando da Região Aérea nº 1, em Monsanto, rende-se a Jaime Neves. O Capitão Faria Paulino é detido.

21.10 – A intervenção de Duran Clemente na RTP, explicando os motivos do golpe das forças de esquerda, é interrompida, sendo a transmissão transferida para os estúdios do Porto e substituída por um filme de Danny Kaye.

Costa Gomes decreta o estado de sítio parcial na região abrangida pelo Governo Militar de Lisboa. O Regimento de Comandos da Amadora e Ramalho Eanes têm um papel decisivo na neutralização das tropas rebeldes.

Mário Soares, Manuel Alegre, Jorge Campinos e Mário Cardia saem clandestinamente de Lisboa, na tarde do dia 25, e seguem para o Porto, onde se apresentam no Quartel da Região Norte, a Pires Veloso e Lemos Ferreira.
26 de Novembro
Em intervenção perante as câmaras da RTP, Melo Antunes denuncia as tentativas de marginalização do PCP.
27 de Novembro
São enviadas para a prisão de Custóias algumas dezenas de militares detidos na sequência dos acontecimentos do 25 de Novembro.

Otelo Saraiva de Carvalho e Carlos Fabião demitem-se dos cargos que até aí ocupavam (comandante do COPCON e CEME, respectivamente); Ramalho Eanes é nomeado CEME interino; o COPCON é integrado no EMGFA.

Tenente-coronel António Ramalho Eanes é nomeado Chefe do Estado-Maior do Exército, a título interino.
28 de Novembro

Três dias após o golpe social-democrata de 25 de Novembro de 1975, terminados os alvores dos dias alegres, o Estado-Maior General das Forças Armadas informa que foram emitidos mandatos de captura contra o coronel Varela Gomes, o capitão Duran Clemente e vários dirigentes da LUAR, PRP-BR, MES e FSP.

O Governo retoma funções.

É suspensa a publicação dos jornais estatizados e afastadas as respectivas direcções, sob a acusação de terem colaborado no golpe.

A FRETILIN declara unilateralmente a independência de Timor-Leste. A UDT e a APODETI apoiam a integração na Indonésia.
29 de Novembro
O Governo não reconhece a declaração de independência de Timor.
30 de Novembro

Representantes da UDT, APODETI, COTA e Partido Trabalhista assinam, sob controlo indonésio, uma proclamação de integração ou Declaração de Balibó.

Em reconhecimento pelo seu desempenho nos acontecimentos de 25 de Novembro, o Presidente da República visita o Regimento de Comandos da Amadora.
2 de Dezembro

É publicado o Decreto-Lei nº 674-B/74, que declara o fim do estado de sítio, decretado em 25 de Novembro.

Na Assembleia Constituinte PS, PPD e CDS acusam o PCP de estar envolvido nos acontecimentos de 25 de Novembro.
Nacionalizadas a Radiotelevisão e todas as estações de rádio, com excepção da Rádio Renascença.
4 de Dezembro
O PS, o PPD e o CDS reclamam a revisão do Pacto MFA/Partidos.

Mário Soares acusa o PCP de envolvimento no golpe, instrumentalizando a extrema-esquerda.
6 de Dezembro

O Presidente norte-americano, Gerald Ford, acompanhado pelo Secretário de Estado Henry Kissinger, encontram-se com o General Suharto, Presidente da Indonésia, que lhes pede “compreensão” para uma “acção rápida e drástica” contra Timor-Leste.

Tem início o II Congresso (Extraordinário) do PPD, em Aveiro. Em divergência com Sá Carneiro, 21 deputados à Assembleia Constituinte passam à condição de independentes. Alguns destacados militantes abandonam o partido.
7 de Dezembro

A Indonésia lança, com recurso a forças aéreas, navais e terrestres, a operação de invasão de Timor-Leste. Portugal corta relações diplomáticas com o invasor. A ONU condena a invasão.

Num comício realizado no Campo Pequeno, Álvaro Cunhal reconhece a pesada derrota da esquerda em 25 de Novembro.
8 de Dezembro
Os responsáveis portugueses em Timor regressam a Lisboa.
9 de Dezembro

Ramalho Eanes e Vasco Lourenço tomam posse como CEME e comandante da RML, respectivamente.

Militares cercam sedes do PCP e da LUAR na Cova da Piedade, em busca de armamento.
11 de Dezembro

O Conselho da Revolução nomeia o Capitão Sousa e Castro para o cargo de presidente dos seus Serviços de Apoio, em substituição de Rosa Coutinho.  Determina igualmente o início da renegociação do Pacto MFA/Partidos.
12 de Dezembro

A Assembleia-Geral da ONU aprova uma Resolução, condenando a invasão indonésia de Timor-Leste, posição retomada por unanimidade pelo Conselho de Segurança a 22 de Dezembro.
17 de Dezembro
Tem início a renegociação do Pacto/MFA partidos.

É publicado o Decreto-Lei nº 701-D/75, que nacionaliza as empresas de transportes fluviais do Tejo, fundidas na empresa pública Transtejo

Os tribunais especiais são proibidos.
20 de Dezembro

Ramalho Eanes, na qualidade de CEME, demite Vasco Gonçalves do cargo de director do Instituto de Altos Estudos Militares.
23 de Dezembro

É publicada a Lei nº 15/75 que extingue o Tribunal Militar Revolucionário, devolvendo aos tribunais militares a competência do julgamento dos implicados no golpe de 11 de Março.
26 de Dezembro
É publicada a Lei nº 17/75, que define as bases da reforma das Forças Armadas.
28 de Dezembro
A Rádio Renascença é restituída à Igreja.
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DUAS VISÕES DISTINTAS SOBRE O PREC 
 Visão de Mário Soares sobre o processo revolucionário em 1974-1975 (debate televisivo – 6 de novembro de 1975) 
O PS tem defendido sempre a posição de que é vital alargar o bloco social de apoio à Revolução. [...] 
É necessário que os três maiores partidos do país, que têm estado desde o princípio associados ao processo iniciado com o 25 de Abril – o PS, o PPD e o PCP –, se mantenham ligados através de um projeto comum que vise a instauração da democracia em Portugal. [...] 
Depois do 25 de Abril, os comunistas foram recebidos de braços abertos por toda a parte. [...] Mas quando se viu a sua atuação prática, [...] incapazes de dialogar, incapazes de respeitar as regras da democracia, começou-se a gerar um grande antagonismo na população portuguesa. [...] 
O PS é um partido de esquerda, quer instaurar em Portugal uma sociedade socialista, uma sociedade sem classes, mas em liberdade, respeitando os direitos do homem, através da democracia e do consenso maioritário. E o PC deu provas, durante estes meses, de que quer transformar este país numa ditadura. [...]
 Sempre que o PC teve a possibilidade de se infiltrar, de uma maneira ou de outra, em órgãos de comunicação social, procedeu de maneira a esmagar todas as outras correntes de opinião e a fazer uma verdadeira manipulação da informação. [...] 
Temos de fazer com que os meios de imprensa, sobretudo aqueles que são estatizados, estejam abertos a toda a gente. [...] 
Nós somos partidários da Reforma Agrária! [...] Mas nós não queremos desorganizar a produção. [...] 
As expropriações quase nunca foram feitas por trabalhadores [...]; venderam os gados de qualquer maneira, venderam as alfaias agrícolas [...]. 
Vamos porventura assistir a esta situação: o produto agrícola anual era muito baixo em Portugal e temo que não vá aumentar este ano e, pelo contrário, vá diminuir. 

 Visão de Álvaro Cunhal sobre o processo revolucionário em 1974-1975 (debate televisivo – 6 de novembro de 1975) 
A Revolução portuguesa faz-se fundamentalmente em benefício das classes trabalhadoras [...]. A nossa responsabilidade histórica como partido da classe operária é em relação aos trabalhadores portugueses, à classe operária e às camadas laboriosas. [...] 
O PS tem neste momento uma grande responsabilidade histórica: ou vai com as forças progressistas, com as forças de esquerda, com as forças da Revolução, ou continua essa aliança com a direita. [...] 
O Partido Comunista, em todos os momentos capitais da defesa das liberdades em Portugal, antes e depois do 25 de Abril, tem mostrado o seu apego às liberdades [...]. 
Em Portugal, o ódio aos comunistas está a ser semeado em todo o lado. Não me consta que nos comícios do Partido Comunista se peça a morte dos socialistas e tão-pouco se vê, depois de uma manifestação do Partido Comunista, saírem homens com umas mechas e uns cocktails molotov para incendiarem as sedes do Partido Socialista. [...]
 O PS quer liberdades, mas socialismo é que não quer. [...] Nós queremos um Portugal democrático, e é em amplas liberdades democráticas que temos de realizar as reformas sociais, políticas e económicas que abram caminho para o socialismo. Portanto, não queremos a instauração de um regime unipartidário. [...] Mas o PS parece [...] querer um regime de democracia burguesa, que continuaria a ter o domínio dos monopólios ou do grande capital e dos agrários. [...] Um dos méritos da Revolução portuguesa foi a política de descolonização. No fundamental, a independência dos povos da Guiné-Bissau, de Moçambique, de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe foi o resultado da luta corajosa e heroica desses povos pela sua liberdade e pela sua independência. [...] Não vemos imparcialidade [...] nos sectores de informação do Estado onde o PS tem tido cargos proeminentes. [...] [Quanto à Reforma Agrária,] temos toda uma obra criadora e de transformação e diz-se que estão a desorganizar a produção agrícola. [...] Ninguém pode pôr em causa o espírito de sacrifício, o trabalho criador dos trabalhadores alentejanos na transformação dessa agricultura atrasada, rudimentar, de miséria, de desemprego, numa nova agricultura que, em algumas regiões, [...] já resolveu problemas como o desemprego [...], e a produção aumentou consideravelmente. 



  Visão de Mário Soares sobre o processo revolucionário em 1974-1975 (debate televisivo – 6 de novembro de 1975) 
 In Diário de Lisboa, 8 de novembro de 1975 (adaptado) 

 Visão de Álvaro Cunhal sobre o processo revolucionário em 1974-1975 (debate televisivo – 6 de novembro de 1975) 
 In Diário de Lisboa, 8 de novembro de 1975 (adaptado





CONCEITOS Poder popular: poder direto do povo, que toma em mãos a resolução dos seus problemas e a gestão dos meios de produção. 

Exerce-se, normalmente, através de conselhos ou comissões eleitas que agem em nome da população que representam. 
O poder popular é um conceito revolucionário, ligado à ideologia marxista. Nacionalização: apropriação pelo Estado de uma unidade de produção privada ou de um setor produtivo. 
Ao contrário de "estatização", a nacionalização não determina a perda da personalidade jurídica e da autonomia financeira. Portugal não acompanhou o processo de nacionalizações que se registou na Europa após a Segunda Guerra Mundial. 
Em contrapartida, na sequência do 25 de abril, foram nacionalizadas, num curto espaço de tempo, as instituições financeiras, as empresas ligadas aos setores económicos mais importantes, bem como grandes extensões de terra agrícola. Reforma agrária: processo de coletivização dos latifúndios do Sul do país, que decorreu entre 1975 e 1977. 
São traços característicos da reforma agrária a ocupação de terras pelos trabalhadores, a sua expropriação e nacionalização pelo Estado e a constituição de Unidades Coletivas de Produção (UCP).


Julho de 1975 
 Portugal vivia momentos difíceis de crise económica, de reivindicações de toda a ordem, face à nova realidade que resultou do 25 de Abril de 1974, e eis que surge um problema dramático: as ainda colónias portuguesas estavam a ferver com os movimentos políticos pró-independência que se digladiavam para marcar terreno. 
 Em Angola, face aos acontecimentos ocorridos no Lobito e em Benguela, as populações temiam ser mortas e fugiam para Luanda, auxiliadas pelas poucas forças armadas portuguesas ainda espalhadas pelo território. 
Por todo o país grassavam assaltos, roubos e violações. No aeroporto de Luanda, milhares de pessoas aguardavam, nas piores condições de salubridade, um lugar nos aviões Jumbo da TAP, que transportavam a um ritmo de mais de mil pessoas por dia as cerca de 250 mil que queriam regressar.
 Foi, por isso, necessária uma ponte aérea Luanda-Lisboa. 
A famosa 5ª Divisão do Estado-Maior General das Forças Armadas, num claro e dramático comunicado datado de finais de Julho, dizia: "As populações estão tremendamente traumatizadas, pelo que se afigura extremamente difícil manterem-se aqui".
 À chegada a Lisboa aguardava-os igual confusão. Sob os auspícios do IARN (um polémico organismo criado para o efeito), todos seriam espalhados pelo país. 


António Gonçalves Ribeiro, o mentor da Ponte Aérea em 1975 
Na altura, ele era tenente-coronel e estava em comissão de serviço em África, como secretário do alto comissariado de Portugal em Angola, organismo criado para ajudar o governo de transição a fazer a passagem de poderes de Portugal para Angola.
 Quando António Gonçalves Ribeiro se apercebeu que as pessoas queriam mesmo vir embora, teve noção de que os voos comerciais da TAP não eram suficientes para trazer tantas pessoas.
Veio então a Lisboa e disse ao FMA e ao Governo, na altura chefiado por Pinheiro de Azevedo, bem como ao Presidente da República, que era preciso fazer alguma coisa. “ó senhor tenente coronel não sei porque está tão preocupado. Se eles comeram a carne, agora que roam os ossos”.
António Gonçalves Ribeiro enfrentou o seu superior hierárquico e respondeu-lhe para ir ele a Angola dizer isso às pessoas.
 Embora a muito custo, conseguiu deste modo convencer o Presidente da República a pedir ajuda diplomática aos Estados Unidos.
Na época, o embaixador em Lisboa era Frank Carlucci, que entrou em contacto com a administração americana, conseguindo-se assim avançar com a Ponte Aérea. Até porque, do ponto de vista da política externa norte-americana, também interessava aos Estados Unidos ter alguma moeda de troca para tentar influenciar o regime português a não se encostar tanto à Esquerda e seguir mais o caminho do Grupo dos Nove (grupo de oficiais do MFA de tendência moderada, liderado por Melo Antunes).
António Gonçalves Ribeiro conseguiu não só o apoio norte-americano, que embora tenha começado só em Setembro, foi fundamental para trazer as pessoas, mas de outros países como a Inglaterra, a França, as duas alemanhas e a União Soviética. Luanda e Nova Lisboa eram, à época, campos de refugiados?
Sim, foram construídos autênticos campos de refugiados. 
Durante uma semana, antes da Ponte Aérea começar a fluir e os aviões a chegar com mais regularidade, as pessoas ficavam sempre dois ou três dias à espera, sobretudo quem vivia antes no interior ou a sul.
Dormiam no Quartel de Velas, de para-quedistas, com capacidade para 600 homens e que se via a braços com milhares, ou então na Feira Internacional de Nova Lisboa, de onde partiam em autocarros para o aeroporto.
Ficavam em gabinetes, no chão, em ginásios. Havia pessoas que tinham nascido em Angola, famílias que estavam lá radicadas há muitas gerações. E só muito em cima da hora aceitaram perder as suas vidas simpáticas e tranquilas, até do ponto de vista financeiro.
Não quer dizer que todos fossem ricos mas houve quem lá deixasse fortunas enormes.
Vieram todos apenas com os tais cinco mil escudos dados pelo Governo. O dinheiro de Angola cá não valia nada, chamava-se “dinheiro macaco”.
 A palavra “retornado” tornou-se estigmatizante. Qual a mais apropriada?
Nunca pensei nisso e não dou à palavra essa importância. É verdade que uma parte significativa dessas pessoas nasceu em África e portanto não estava a retornar. 
Mas isso é apenas um pormenor. 
Eles tinham tantas razões para ficar zangados com a forma como foram recebidos....
Não acho que a palavra seja o mais importante. 
Mas também acho outra coisa: quem veio das colónias tinha razões de queixa mas também percebo as razões de quem cá estava Muitas. 
É muito difícil alguém pôr-se na pele de uma pessoa que saiu de casa para ir levar a mulher ao aeroporto (o marido tentava ficar lá mais tempo para ver se dava) e, de repente, porque irrompe um tiroteio na pista do aeroporto, acabar em Lisboa sem documentos, sem dinheiro, sem roupa, sem nada.
O condutor do autocarro que transportava o casal assustou-se de tal maneira que mandou toda a gente para dentro do avião. 
Deu-se o ridículo deste funcionário do Banco de Angola não ter feito, sequer, a transferência dos tais cinco contos a que tinha direito. 
E cá já não tinha forma de o fazer.
Mas a história curiosa vem depois. Um dia, quando viajava entre o Estoril (onde o tinham hospedado), e Lisboa para tratar de documentos e conseguir provar que era retornado, na zona de Santos, olha pela janela do comboio e vê o carro dele estacionado, o mesmo que tinha ficado em Luanda mas que um amigo tinha enfiado num navio.
Por sorte, ainda tinha a chave no bolso. 
Saiu do comboio, abriu o carro e assim pode ir a Viseu reencontrar a filha e a mulher.
 Depois, há as fugas massivas... 
Sim, a fuga massiva da Gabela (cinco quilómetros de carros em peregrinação até Nova Lisboa) como de outras localidades, como por exemplo de Malange, em que toda a população teve de sair para não ser dizimada nos confrontos, depois de uma semana de negociações para conseguir que os movimentos angolanos os deixassem sair.
É que os brancos, de alguma maneira, serviam de protecção para os negros não se matarem tão depressa uns aos outros. 
Há ainda a história de uma senhora que ficou de tal maneira apavorada que se escondeu numa cave, enquanto não houve luz verde para sair.
Quando os militares a foram buscar não conseguia andar e tiveram que a trazer ao colo. 
Já em Nova Lisboa, um primo diz que os dentes dela batiam tanto que pareciam uma máquina de costura.
 À chegada a Lisboa foi directamente para a psiquiatria do Hospital Santa Maria.

Porque se lembrou de escrever o livro S.O.S Angola – Os dias da Ponte Aérea, sobre os 200 mil portugueses que abandonaram Angola, entre Julho e Novembro de 1975?


 "...Fui ter com Costa Gomes acompanhado de um administrador da TAP, o engenheiro Norton, que disse não ser possível aumentar a capacidade de transporte. O presidente e os que estavam com ele consideraram: «Pronto, foi feito tudo aquilo que podia ser feito, é impossível fazer mais.» Alguém até disse: «Não há aviões. Eles que comeram a carne que roam os ossos.» Não aceitei essa impossibilidade. E recoloquei a questão: tem de haver uma via, seja qual for ... In A Vertigem da Descolonização

 Diz que sem António Gonçalves Ribeiro, mentor da Ponte Aérea, muitos portugueses não teriam escapado de Angola com vida. Quem foi este homem?
Na altura, ele era tenente-coronel e estava em comissão de serviço em África, como secretário do alto comissariado de Portugal em Angola, organismo criado para ajudar o governo de transição a fazer a passagem de poderes de Portugal para Angola.
Foi ele que, no terreno, se foi apercebendo que havia muita, muita gente que se queria vir embora, depois dos primeiros voos da Ponte Aérea terem sido mantidos quase em segredo, para que não entrasse tudo em pânico. Quando António Gonçalves Ribeiro se apercebeu que as pessoas queriam mesmo vir embora, teve noção de que os voos comerciais da TAP não eram suficientes para trazer tantas pessoas.
Veio então a Lisboa e disse ao FMA e ao Governo, na altura chefiado por Pinheiro de Azevedo, bem como ao Presidente da República, que era preciso fazer alguma coisa. "
 No livro SOS Angola - Os dias da Ponte Aérea, a jornalista Rita Garcia relata a história dos chamados "retornados" e a importância da designada Ponte Aérea que, em 1975, salvou a vida a milhares de portugueses.
Foram a memória e o espólio de António Gonçalves Ribeiro, o mentor da Ponte Aérea em 1975 e sem a qual milhares de portugueses não teriam escapado de Angola com vida, que permitiram a Rita Garcia escrever este livro.
Apresentado de forma isenta e acessível, é um relato humano de um acontecimento que marcou a nossa História e a história de vida daqueles a quem chamaram de “retornados”
 Foi fácil convencer o governo português? Não, porque em pleno PREC (Processo revolucionário em Curso) as preocupações cá não eram com os que estavam em Angola.
Ainda por cima, por parte da Esquerda, não havia muito boa impressão de quem tinha ido para Angola. Mas ele chegou cá e disse que era preciso agir. Pinheiro de Azevedo respondeu-lhe com esta frase horrível: “ó senhor tenente coronel não sei porque está tão preocupado.
Se eles comeram a carne, agora que roam os ossos”. António Gonçalves Ribeiro enfrentou o seu superior hierárquico e respondeu-lhe para ir ele a Angola dizer isso às pessoas.
Embora a muito custo, conseguiu deste modo convencer o Presidente da República a pedir ajuda diplomática aos Estados Unidos.
Na época, o embaixador em Lisboa era Frank Carlucci, que entrou em contacto com a administração americana, conseguindo-se assim avançar com a Ponte Aérea.
Até porque, do ponto de vista da política externa norte-americana, também interessava aos Estados Unidos ter alguma moeda de troca para tentar influenciar o regime português a não se encostar tanto à Esquerda e seguir mais o caminho do Grupo dos Nove (grupo de oficiais do MFA de tendência moderada, liderado por Melo Antunes).
António Gonçalves Ribeiro conseguiu não só o apoio norte-americano, que embora tenha começado só em Setembro, foi fundamental para trazer as pessoas, mas de outros países como a Inglaterra, a França, as duas alemanhas e a União Soviética.
 Portugal já homenageou António Gonçalves Ribeiro?
 Que eu saiba não. Ainda está vivo, mora em Lisboa e foi fundamental para o meu livro. É um senhor extraordinário. Só um homem com coragem se presta a este esforço.
 Tenho os relatos das pessoas, mas do ponto de vista de fonte histórica solidificada, o seu arquivo com todos os documentos daquela época foi fundamental.
Possui relações dos voos, dos navios que faziam a ponte marítima para trazer as pessoas para Luanda, dos apoios prestados por outros países e pela Cruz Vermelha, bem como das quantidades de leite e de roupas disponibilizadas.
Curiosamente, António Gonçalves Ribeiro não chegou a Portugal de avião mas de navio.
Veio no último navio que saiu com toda a comitiva portuguesa. Luanda e Nova Lisboa eram, à época, campos de refugiados?
Sim, foram construídos autênticos campos de refugiados. Durante uma semana, antes da Ponte Aérea começar a fluir e os aviões a chegar com mais regularidade, as pessoas ficavam sempre dois ou três dias à espera, sobretudo quem vivia antes no interior ou a sul.
Dormiam no Quartel de Velas, de para-quedistas, com capacidade para 600 homens e que se via a braços com milhares, ou então na Feira Internacional de Nova Lisboa, de onde partiam em autocarros para o aeroporto.
Ficavam em gabinetes, no chão, em ginásios. Havia pessoas que tinham nascido em Angola, famílias que estavam lá radicadas há muitas gerações.
E só muito em cima da hora aceitaram perder as suas vidas simpáticas e tranquilas, até do ponto de vista financeiro. Não quer dizer que todos fossem ricos mas houve quem lá deixasse fortunas enormes.
Vieram todos apenas com os tais cinco mil escudos dados pelo Governo. O dinheiro de Angola cá não valia nada, chamava-se “dinheiro macaco”.
 Quantos portugueses morreram neste processo de descolonização?
Não sei quantas pessoas morreram e julgo que é difícil haver uma noção exacta, porque os tempos eram tão conturbados e a situação tão caótica que havia muita gente que desaparecia. Havia gente que se deslocava de uma cidade para a outra e nunca mais aparecia. Só se via mais tarde o seu carro na posse de um dos movimentos da guerrilha, mas da pessoa nunca mais se sabia nada. Há quem assemelhe a descolonização ao holocausto nazi...
Acho excessivo, com a minha distância em relação ao assunto, comparar esta descolonização com o holocausto nazi. É verdade que algumas pessoas morreram, é verdade que perderam tudo mas o holocausto fez seis milhões de mortos. Não se fala na mesma escala.
Apesar de tudo, as pessoas que conseguiram fugir, chegaram cá e embora com dificuldades refizeram as suas vidas. Comparando com colonizações de outros países, na nossa não havia uma relação tão difícil e opressiva com a comunidade negra.
Claro que a primazia era branca, os bons empregos eram dos brancos e não quer dizer que não houvessem maus tratos, aqui e ali, mas não era uma coisa concertada.
Havia muita gente que tinha boas relações com os trabalhadores negros, relações até de amizade. Muitos negros ficaram a chorar e com imensas saudades dos patrões.
Hoje, a verdade é que existe uma nova diáspora portuguesa e que os portugueses não são mal recebidos em Angola. Se tivesse ficado uma clivagem muito grande, isso não acontecia.
Pelo menos os portugueses que conheço, que têm estado em Angola, não me falam disso.
 “Não tenho conhecimento de que em Angola se dividisse uma sardinha por três”
A reportagem
Os anos dourados dos portugueses em África (praias, caçadas, luxo, vivendas com empregados, noitadas), publicada por si há um ano na Sábado, recebeu algumas críticas, nomeadamente no blogue Bravos “Retornados”, Espoliados, Deslocados, onde se alega que aquela era a vida de uma minoria.
Estas pessoas continuam ainda muito ressentidas?
Não quisemos fazer na Sábado um trabalho sociológico sobre todos os habitantes de Angola. Efectivamente, grande parte das pessoas com quem falámos (claro que algumas pertenciam a uma elite) não eram só gente rica, também havia funcionários públicos.
Era inegável que a vida das pessoas era, na altura, muito mais confortável que a de cá.
Não quer dizer que tivessem todos muito dinheiro mas tinham uma mente muito mais aberta. Acredito que houvesse pessoas com vidas muito diferentes das retratadas nesse trabalho jornalístico, mas pobres, pobres e a dividirem uma sardinha por três, como cá na metrópole, não tenho conhecimento.
O que não quer dizer que não houvesse. A palavra “retornado” tornou-se estigmatizante.
Qual a mais apropriada?
Nunca pensei nisso e não dou à palavra essa importância.
É verdade que uma parte significativa dessas pessoas nasceu em África e portanto não estava a retornar. Mas isso é apenas um pormenor.
Eles tinham tantas razões para ficar zangados com a forma como foram recebidos....
Não acho que a palavra seja o mais importante.
Mas também acho outra coisa: quem veio das colónias tinha razões de queixa mas também percebo as razões de quem cá estava.
O País estava a sair de 40 anos de ditadura, havia falta de emprego e de oportunidades.
E quem veio das colónias, tendo deixado lá vidas inteiras e com a injustiça que isso significou, teve aqui acesso a coisas que os da metrópole não tinham, como empréstimos e alojamento.
O que acho bem porque era preciso ressarcir as pessoas de alguma maneira.
Mas para os de cá, que não tinham acesso a nada disso, também havia essa sensação de injustiça.
Ou seja, os dois grupos tinham a sensação de desconforto.
 Mas a sua reinserção acabou por ser pacífica...
Sim, face ao que podia ter acontecido, devido a esse mal estar entre os dois grupos, acho que as coisas acabaram por se orientar.
Também porque quem vinha de Angola, onde havia um tecido empresarial muito forte, de um modo geral, trazia a escola comercial e industrial ou o liceu.
Como disse, eram pessoas de espírito aberto porque não tinham estado sujeitas a um peso tão grande da censura como cá.
Ouviam muito rádio e chegavam lá notícias de países livres.
A Pide apenas actuava para tentar controlar a força pela libertação dos territórios. Isso permitiu-lhes uma outra vivência e outra descoberta das coisas em relação às pessoas de cá, onde a vida era muito mais controlada. Mário Soares é para os “retornados” uma “persona non grata”?
A descolonização poderia ter sido feita de outra forma?
Não sei responder.
Claro que se o processo tivesse sido organizado com tempo, é possível alegar que a descolonização poderia ter sido feita como fizeram outras potencias colonizadoras em África, que preparam a saída dos seus colonos ao longo de vários anos. Agora, aquilo foi decidido de um momento para o outro, porque as coisas se precipitaram e ter de fazer sair aquelas pessoas todas...
Não sei se era possível antecipar o que ia acontecer e se os movimentos angolanos estariam disponíveis para prolongar mais a saída. É muito difícil fazer esse tipo de avaliações, à posteriori.
 Os que foram espoliados dos seus haveres, deveriam ser indemnizados?
Não vou falar sobre isso porque não tenho conhecimento ainda dessa realidade.
É o que vou estudar a seguir, porque é uma investigação que quero continuar a fazer.
Estas questões não têm sido muito estudadas e portanto nada está ainda sistematizado.
Por isso há respostas por onde não quero ainda entrar, porque também não sei.
Não gosto muito de falar daquilo que não conheço José Eduardo Agualusa diz, também na Sábado, que Portugal tem medo do governo angolano. Como interpreta esta suposta posição subalterna de Portugal em relação a Angola? Essa é a opinião do Agualusa.
Não sei o suficiente sobre as relações dos governos de Portugal e Angola para poder fazer uma afirmação desse tipo.
O que sei é que, do ponto de vista económico, Angola é neste momento uma grande oportunidade para os portugueses. Sobretudo, porque há cá muito desemprego e situações complicadas por causa da crise.
O que acho também, e quanto a isso congratulo-me, é que tenha ficado uma relação entre dos dois países que permita esta reaproximação.
Não quer dizer que seja perfeita mas já acho óptimo que ela se tenha conseguido fazer.
Agora as palavras de Agulusa são dele.
Ele é que é angolano e anda sempre a circular entre cá e lá e, portanto, conhece muito bem as duas realidades. O carro que veio à procura do dono Encontrou histórias pessoais marcantes ao escrever este livro?
Muitas.
É muito difícil alguém pôr-se na pele de uma pessoa que saiu de casa para ir levar a mulher ao aeroporto (o marido tentava ficar lá mais tempo para ver se dava) e, de repente, porque irrompe um tiroteio na pista do aeroporto, acabar em Lisboa sem documentos, sem dinheiro, sem roupa, sem nada.
O condutor do autocarro que transportava o casal assustou-se de tal maneira que mandou toda a gente para dentro do avião.
Deu-se o ridículo deste funcionário do Banco de Angola não ter feito, sequer, a transferência dos tais cinco contos a que tinha direito.
E cá já não tinha forma de o fazer.
Mas a história curiosa vem depois.
Um dia, quando viajava entre o Estoril (onde o tinham hospedado), e Lisboa para tratar de documentos e conseguir provar que era retornado, na zona de Santos, olha pela janela do comboio e vê o carro dele estacionado, o mesmo que tinha ficado em Luanda mas que um amigo tinha enfiado num navio.
Por sorte, ainda tinha a chave no bolso. Saiu do comboio, abriu o carro e assim pode ir a Viseu reencontrar a filha e a mulher.
 Depois, há as fugas massivas...
Sim, a fuga massiva da Gabela (cinco quilómetros de carros em peregrinação até Nova Lisboa) como de outras localidades, como por exemplo de Malange, em que toda a população teve de sair para não ser dizimada nos confrontos, depois de uma semana de negociações para conseguir que os movimentos angolanos os deixassem sair.
É que os brancos, de alguma maneira, serviam de protecção para os negros não se matarem tão depressa uns aos outros.
Há ainda a história de uma senhora que ficou de tal maneira apavorada que se escondeu numa cave, enquanto não houve luz verde para sair.
Quando os militares a foram buscar não conseguia andar e tiveram que a trazer ao colo.
Já em Nova Lisboa, um primo diz que os dentes dela batiam tanto que pareciam uma máquina de costura.
À chegada a Lisboa foi directamente para a psiquiatria do Hospital Santa Maria.
 “Ser jornalista não é o glamour da televisão” Rita Garcia, 32 anos, lisboeta, mãe de dois filhos pequenos, é licenciada em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa. Repórter da revista Sábado desde 2005 e autora do livro de reportagens INEM 25 anos, recebeu o 2º prémio Henrique de Barros, atribuído pelo Parlamento Europeu em 2003, e o Prémio de Jornalismo Novartis Oncology, em 2008.
Aos jovens que acalentam o sonho de ser jornalistas diz que é bom, ao escolherem esta profissão, que tenham noção que “isto não é o glamour da televisão”. Em relação à crise, limita-se a dizer:
“Nunca gasto mais do que aquilo que tenho. Nunca gastei. Os tempos que aí vêm vão ser complicadíssimos mas se se pensar que serão horríveis, é porque vão ser horripilantes. O que tento fazer é não ficar centrada nesta coisa da crise. Tenho o instinto de ir sempre para a frente”. Rita Garcia gosta de estar com os amigos, de cozinhar e de ler romances de Vargas Ilosa ou da escritora brasileira Patrícia Melo.
 Tem particular interesse na realidade brasileira do tráfico de droga. À pergunta se tem curiosidade em conhecer Angola, responde:
“Tenho curiosidade em conhecer o mundo inteiro”.
De África, conhece o Senegal, onde esteve uma semana, a convite da AMI, para participar no programa Aventura Solidária, para construir estruturas de apoio à população local. 
Textos e fotos: Graça Menitra 



HISTÓRIA ADMINISTRATIVA/BIOGRÁFICA/FAMILIAR
Na sequência da alteração do regime político, em 25 de Abril de 1974, e do processo de descolonização dos territórios ultramarinos que então se iniciou, a Presidência do Conselho de Ministros, através Decreto-Lei n.° 169/75, de 31 de Março, promoveu a criação do Instituto de Apoio ao Retorno de Nacionais (IARN). A este Instituto competia, em geral:

a) Estudar e propor superiormente as medidas necessárias para a integração na vida nacional de todos os cidadãos portugueses, como tal considerados pela lei de nacionalidade vigente em Portugal, que se deslocassem dos territórios ultramarinos para território nacional, com o fim de nele se fixarem, qualquer que fosse a sua proveniência, assegurando a disciplina do seu afluxo e a defesa dos seus direitos;

b) Dar parecer ou encarregar-se dos assuntos que superiormente lhe fossem cometidos e que dentro da sua esfera de acção pudessem estar directa ou indirectamente ligados ao processo de descolonização e ao possível retorno de emigrantes.

O Decreto-Lei 494/75, de 10 de Setembro, veio estipular depois que, até 31 de Dezembro de 1975, o IARN seria considerado em regime de instalação, período este renovável por iguais e sucessivos períodos de um ano.

Finalmente, pelo Decreto-Lei n.º 683-B/76, de 10 de Setembro, foi promovida a criação do Comissariado para os Desalojados sob cuja dependência ficou o IARN. Este Decreto estipulou ainda a criação das Comissões Regionais, Distritais e Concelhias a quem competia, designadamente, estudar, concretizar ou propor superiormente medidas adequadas ao apoio, orientação e prestação de auxílio aos desalojados e suas famílias, em particular por via de obtenção de postos de trabalho, crédito e fomento da habitação.

De acordo com estas orientações, foi constituída a Comissão Distrital de Leiria do Comissariado para os Desalojados, cuja primeira reunião foi a 6 de Janeiro de 1977 e que funcionava nas instalações do Governo Civil. Era presidida pelo Governador Civil, coadjuvado pelo Presidente da Câmara da sede do Distrito, pelo Delegado do IARN, pelo Director de Finanças e por mais três elementos representantes dos Desalojados propostos pelo Governador Civil. As Comissões Concelhias foram sendo constituídas a seguir, em função das necessidades.

A última acta exarada da Comissão Distrital de Leiria tem data de 7 de Setembro de 1979.





1974:
- No anos lectivo de 1974/75, quando o ensino secundário sofreu profundas mudanças, e sobretudo, uma enorme convulsão interna. No ensino liceal público registavam-se 8.200 professores e 122.354 alunos; no ensino técnico público, haviam 13.500 professores e 126.140 alunos;
- A separação entre o ensino liceal e o ensino técnico é alvo de uma enorme contestação, impondo-se rapidamente a exigência da sua unificação. A consequência imediata foi a transformação dos liceus e das escolas técnicas em escolas secundárias.
1975:
- A extinção do ensino técnico ( Junho) e a unificação do ensino secundário geram então um largo consenso social. Julga-se que desta forma se põe fim à descriminação social no ensino. Na prática prosseguiu-se a "lecialização" das escolas técnicas, timidamente iniciada em 1967.
1976:
Entra em funcionamento o 7º. ano unificado. No ano seguinte, o 8º ano, e só em 1978/79 o 9º. Ano. Muitos os seus objectivos iniciais e até matérias curriculares desde 1976 haviam sido sistematicamente alteradas.
1977:
- É criado o Ano Propedêutico, que começa a funcionar em regime de ensino à distância. Em consequência desta medida é extinto o Serviço Cívico. Foram então estabelecidos numerus clausus em Medicina, Medicina Veterinária e Psicologia. Esta medida, no ano seguinte, generaliza-se a todas as escolas superiores.
- Neste ano para o ingresso no ensino superior, os alunos deviam não apenas possuir o curso complementar dos liceus, mas também passar num exame nacional.
1979:
- Criação do 10º. e 11º. ano de escolaridade segundo o modelo unificado de ensino
1981:
- Criação do 12ª ano, que substitui o Ano Propedêutico.
- Entra também em funcionamento, o "12º. Ano- Via Profissionalizante", com 31 cursos de "formação pré-profissional" orientados para actividades específicas. Estes curso estavam articulados com a formação vocacional que era oferecida no 11º. e davam acesso ao ensino superior politécnico.
1983:
- Numa estratégia de diversificação das modalidades de ensino, é relançado o Ensino Técnico-Profissional (Despacho Normativo nº.194-A/83, de 21/10), assim como diversos cursos experimentais. No ensino secundário passam a existir 4 tipos de cursos: Cursos Gerais ( via de Ensino); Cursos Técnico Profissionais (10º.,11º e 12ª ano); Cursos Profissionais ( 10º. ano, seguido de um estágio); Cursos Complementares Liceais e Técnicos, em regime nocturno (10º. e 11º. ano).

SEDE DO PCP DE ALFÂNDEGA DA FÉ FOI INCENDIADA- 
QUEIMA DE PAPEL-FOLHAS
FECHO DA SEDE DO PCP

DIA DA FUMAÇA DE PINHEIRO DE AZEVEDO

Portugal 1975 Pinheiro de Azevedo



O 25 de Abril e o PREC

O PREC (processo revolucionário em curso) foi o período, política e socialmente, mais intenso da ‘Revolução de Abril’. O chamado ‘Verão Quente’ de 1975 foi uma experiência de cidadania inenarrável; recheada de acontecimentos demasiado emotivos para serem relatados fiel e completamente, em fria e distante escrita, passados 35 anos.
O início do PREC deu-se a 11 de Março de 1975; marcado por fracassado ataque ao RAL 1, na ‘saída – norte’ de Lisboa, por aviões da Base Aérea 3 e uma força de pára-quedistas de Tancos. O comando superior era assumido pelo General António Spínola que, derrotado, acabaria por fugir de helicóptero para Espanha. Nessa noite, o MFA, reunido em assembleia agitada, acabaria tomar decisões drásticas, entre as quais a nacionalização da banca e seguros.
Os tempos posteriores foram abrasadores, tal como o Verão então sentido. Os conflitos entre ‘revolucionários’ e ‘moderados’ agudizavam-se gradualmente; o protagonismo de Cunhal ao lado dos primeiros e de Soares em apoio dos últimos dividiu também a sociedade civil. O País vivia sob ameaças à paz civil e em equilíbrios precários e instáveis, impossíveis de manter indefinidamente. A 25 de Novembro de 1975, sob a direcção do ‘moderado’ General Ramalho Eanes, o PREC finou; o último acto público foi dado por abrupto corte de sinal da RTP, quando o ‘revolucionário’ Capitão Durand Clemente falava ao País. A emissão foi reiniciada, mais tarde, com um filme de Danny Kaye, a partir dos estúdios do Porto.
Tantas e tão profundas divergências acabaram por ser socialmente digeridas; livres de monolitismos ou unanimismos, podemos, uma vez mais, comemorar colectivamente o 25 de Abril e as conquistas proporcionadas. Pena é que ainda tivesse ficado muito por realizar, como reconheceu, há dias, o General Eanes. Pois é… mas como a data é festiva, devo saudar com entusiasmo: “Viva o 25 de Abril, sempre!”.   

Verão Quente de 1975

O período que ficou conhecido em Portugal por Verão Quente de 1975 teve a sua origem no chamado Caso República1 e como consequência crescentes tensões entre grupos de esquerda e de direita, que se confrontavam nessa época.
O general António de Spínola, como outros militares, teve um papel determinante nesse período. Durante o PREC, as facções de direita e a Igreja Católicareceavam uma evolução mais radical do processo político iniciado com a Revolução dos Cravos e actuaram para a impedir. Em resposta às expropriações e ocupações de terras promovidas pela esquerda no Sul do país 2 , foram assim perpetrados actos violentos, como o assalto a sedes de partidos de esquerda e atentados bombistas, que tiveram lugar em várias localidades, sobretudo no Norte3 . Como contra-resposta, as associações de esquerda incendiaram terrenos por todo o país perto das povoações, com o intuito de instituir medo nas populações rurais. Os interesses estratégicos dos EUA fizeram-se então sentir pela acção do seu embaixador Frank Carlucci, dirigente da CIA, nessa altura destacado para Lisboa, e pelos propósitos pouco pacíficos de Henry Kissinger, que não excluía a hipótese de uma intervenção armada norte-americana, de que foi dado sinal pelo envio do porta-aviões Saratoga, que fundeou no Tejo. Mário Soares, ao lado de Carlucci, teve papel importante nesse processo4 .
Como consequência disso, seguiu-se a demissão do IV Governo Provisório, coligação entre partidos de esquerda e direita, dando azo à crise governamental que levaria à queda deste Governo e, logo a seguir, à contestação ao V Governo Provisório e à demissão de Vasco Gonçalves5 .
Outro dos eventos que marcou o Verão Quente, foi o caso que ficou conhecido por "O saneamento dos 24", situação que envolveu o despedimento de 24 jornalistas do Diário de Notícias - metade da redacção do Jornal- no seguimento de os mesmos terem entregue à direcção um abaixo assinado em que defendiam a revisão da linha editorial. Um dia depois, na recusa da sua publicação no DN, o abaixo assinado foi publicado no Expresso e enviado à BBC6 .

"O diário é do povo, não é de Moscovo!" 
O slogan, gritado por manifestações frequentes à porta do Diário de Notícias, entrava pelas janelas do edifício onde José Saramago exerceu as funções de director adjunto. 
A breve mas marcante passagem pelo jornal ocorreu entre 9 de Abril de 1975 e 25 de Novembro, até onde se estendeu o "verão quente", que exaltava e dividia os ânimos da sociedade portuguesa e da própria redacção. 
Uns absolutamente envolvidos com o processo revolucionário em curso (PREC), na linha do PCP - caso do Nobel- outros que pugnavam por maior pluralismo. A entrada de José Saramago no DN dá-se em pleno "gonçalvismo", quando Vasco Gonçalves chefiava o primeiros governos provisórios e mudou a administração do jornal, nomeando Luís de Barros director e José Saramago adjunto. 
"No início, não mexeu muito na redacção e havia até pessoas de direita que eram enviadas ao Parlamento para cobrir a Constituinte", lembra José David Lopes, ex-jornalista do DN. Mas, "o clima político começou a ficar muito extremado, a redacção profundamente dividida e aí as coisas come- çaram a agudizar-se, com um maior intervencionismo da direcção". Como recorda o escritor e jornalista Mário Zambujal - então no DN - "a verdade é que apesar de ser o Luís de Barros o director, era o Saramago que mandava". 
É neste contexto que se escreve uma das páginas mais polémicas da vida de Saramago e do próprio DN, conhecida como "o saneamento dos 24", que, ainda recentemente, o escritor negava como tendo sido obra sua. 
Um grupo de 30 jornalistas - metade da redacção - entregou à direcção um abaixo assinado em que defendia a revisão da linha editorial e exigia a sua publicação. Um dia depois, o abaixo assinado apareceu publicado no Expresso e tinha sido enviado à BBC. "Isto deixou-o muito irritado", explica José David Lopes. Saramago narra o episódio em entrevista ao DN: " O Luís de Barros estava de férias no Algarve, portanto, eu era o responsável, e um dia entram três ou quatro jornalistas no meu gabinete com um papel onde manifestavam em nome de 30 jornalistas a sua discordância com a linha editorial. E exigiam a publicação no dia seguinte de um comunicado. Um pouco insólito, não é?". 
Provocador como sempre, Saramago pergunta: "Gostaria de saber se esses mesmos jornalistas se estivessem agora no DN o fariam ou se há no DN jornalistas com coragem suficiente para entrar no gabinete do director (...) com um papel a dizer que não estão de acordo com a linha editorial a exigir que se publique essa discordância no dia seguinte no próprio órgão. Gostaria eu de saber se pode acontecer isso"? 
Outros tempos. Saramago diz que para decidir tinha de convocar o Conselho Geral de Trabalhadores e nessa mesma noite foi decidida, em plenário, a suspensão dos 24 jornalistas, após uma sua intervenção "eloquente". Mas antes de Saramago, já o DN tinha sido alvo de outro "saneamento" pela mão da direcção anterior, afecta ao PS.
 No governo seguinte, o primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo, estrangula financeiramente o jornal. Em 25 de Novembro, o jornal foi suspenso e Saramago afastado. O escritor só voltou ao DN 23 anos depois, já laureado, a convite do então administrador Luís Silva e do director Mário Bettencourt Resendes. 
Foi um homem sereno e pacificado com o passado o que percorreu um jornal que já atravessou três séculos de lutas. 25 de Novembro de 1975: um dia final que não foi inteiro nem limpo Publicado em Novembro 25, 2013 por Raquel Varela Alguns historiadores, e certamente a maioria da população, consideram que o regime democrático-representativo tem origem na revolução portuguesa de 1974-1975. 
Esta visão confunde, cremos, aquilo que é a revolução com a contra-revolução, dois momentos distintos de um mesmo processo histórico. Esta visão omite que existe um período de regime distinto entre o fim da ditadura – a 25 de Abril de 1974 – e o início do regime democrático, cuja construção se inicia a 25 de Novembro de 1975. Trata-se de um período marcado por aquilo que se designa historicamente como formas de democracia directa ou como a existência de um duplo poder, um poder paralelo ao Estado assinalado pelo protagonismo dos trabalhadores, diversos sectores/fracções desta classe social. Confesso que acho o equívoco, não para o senso comum, mas entre historiadores, pesado. Porque ele confunde formas de Estado, Regime e Governo. 
Houve vários Governos em Portugal desde sempre. O Estado foi sempre, mesmo em crise, um Estado capitalista (nunca houve um Estado Socialista em Portugal mas um Estado em crise marcado pela existência de poderes paralelos, em 1974-1975). 
Mas houve vários regimes dentro do Estado: ditadura, os regimes que perduraram durante a revolução, o regime democrático-representativo. Está por discutir, e não o fazemos aqui, qual a natureza dos regimes, se é que houve mais do que um, durante o biénio 1974-1975. Teria sido dominante um regime kerenskista durante este biénio, por alusão ao regime de Kerensky depois de Fevereiro de 1917 na Rússia? Há um regime semi bonapartista depois de 11 de Março de 1975, primeiro pressionado pelo PCP (Documento Guia Povo-MFA) e depois pelo PS e a direita (IV Governo)? Independentemente dos regimes que vigoraram no biénio 1974-1975, a revolução tinha um curso, passo a tautologia, influenciado e influenciante dos regimes. Mas ainda assim um curso independente marcado pelos organismos de duplo poder. Neste sentido, compreende-se que é reducionista considerar que a democracia é filha da revolução. A democracia-directa é filha da revolução, a democracia representativa é filha da contra revolução. Muitas vezes esta expressão é de imediato alvo de críticas que consideram que ela acarreta mais uma visão ideológica do que histórica. É uma pressão injusta porque a outra visão, que omite ou desvaloriza a existência de uma situação de duplo poder, é muito mais alvo da pressão ideológica de um país que não ainda fez contas – e por isso tem mais dificuldades em fazer história – com um estranho passado: 
1) Um passado em que os mesmos militares que fizeram uma guerra terrível contra povos indefesos em África, alguns deles, corajosamente, derrubaram a ditadura a 25 de Abril de 1975. 
2) Um país onde muitos destes militares (Grupo dos 9) que derrubaram a ditadura se juntaram numa ampla frente para pôr fim ao duplo poder, à revolução, num golpe de Estado a 25 Novembro de 1975, que termina com a prisão em massa dos militares afectos às perspectivas revolucionárias que pugnavam por um deslocamento do Estado e não só do regime (a maioria naquilo que se chamou então teorias «terceiro-mundistas»). 
3) Um país onde a democracia liberal encaixou os Partidos que são a constituinte do regime desde então, num amplo pacto social, que implicou desmantelar a origem da pressão para o deslocamento do Estado, isto é, a dualidade de poderes nos lugares de trabalho (comissões de trabalhadores), no espaço de moradia, na administração local e reprodução da força de trabalho (comissões de moradores) e finalmente, a partir de 1975, aquilo que Mário Soares designou como a «sovietização do regime», isto é, a dualidade de poderes emergente nas Forças Armadas. 
4) É ainda uma memória que pesa porque o Partido que teve um papel heróico contra a ditadura – o PCP – aceitou não resistir ao 25 de Novembro assumindo publicamente, pela mão do seu líder de então, Álvaro Cunhal, que a esquerda militar se tinha tornado um fardo para o PCP porque a sua actuação punha em causa o equilíbrio de forças com os 9 e os acordos de coexistência pacífica entre os EUA e a URSS. Foi a partir de 25 de Novembro de 1975 que se inicia um novo regime – paulatinamente é verdade, uma vez que a revolução leva mais de 10 anos a ser derrotada e a força de trabalho flexibilizada (a partir de 1986-89), a contra-reforma agrária a ser feita bem como a progressiva erosão do Estado Social com as privatizações. Mas foi nesta data que se dá o retorno à disciplinarização da produção para a acumulação de capital, aliás reconhecida publicamente no discurso do chefe militar do golpe, Ramalho Eanes, nas celebrações do segundo aniversário do 25 de Novembro de 1975. Mas o papel dos historiadores não é fazer a história da memória nem arrumar a escrita da história na gestão das relações de forças sociais do momento. Existe ainda hoje uma intensa polémica à volta do que foi o 25 de Novembro – e há dados que ainda não estão totalmente esclarecidos – porém é indiscutível que esta data marca o início do fim da revolução e a consolidação daquilo que António de Sousa Franco, insuspeito apoiante do PSD, economista e cientista social, chamou a «contra revolução democrática» e que, fruto da força ideológica dos vencedores é hoje apelidado de «normalização democrática». 
Há porém algo que ninguém pode questionar. Independentemente das tendências bonapartistas levadas a cabo pelo PCP no IV Governo e exactamente nas mesmas tendências dominantes no VI Governo, liderado pelo PS (o V Governo a contrario do veiculado é dos mais moderados nas medidas, e instáveis), ambos reflectindo uma acirrada disputa pelo Estado, estava em curso um processo revolucionário. 
Estava em curso a maior revolução da história da Europa do pós guerra e uma das mais belas do século XX, belas é mesmo o termo, em que o Estado tinha que negociar sistematicamente com organismos de duplo poder (organizados de facto ou não, até maio de 1975, e a partir daí coordenados regional ou sectorialmente). Historicamente existem várias formas de revoluções e várias de contra-revolução.
 Da mesma forma que uma revolução é um processo histórico que não se resume a um golpe militar, uma quartelada, a contra-revolução não é um processo histórico que possa ser resumido a um golpe violento que instaura uma ditadura. Na verdade nasce a contrario do exemplo português, e seguindo o sucesso de Espanha desse ponto de vista, um laboratório de processos contra-revolucionários que nada têm a ver com o modelo Chileno (um golpe contra revolucionário feito sob as botas de uma ditadura militar). Este modelo «pacífico» de contra-revolução (hoje enquadrado pelo conceito teleológico de «transições para a democracia») será adoptado pelos EUA para sua política externa, a célebre teoria Carter – e aplicado depois nas ditaduras latino-americanas. Um modelo que se centra na ideia de pôr fim às revoluções ou evitá-las criando uma base social eleitoral, no quadro do regime democrático-representativo, isto é, uma transição para uma democracia liberal, que evite a ruptura revolucionária.
 Em 25 de Novembro de 1975 não começou um país mítico de sonho, de igualdade e justiça, alicerçado num Pacto Social duradouro. Começou o fim de um sonho, de gentes pobres, quantas analfabetas, estudantes, intelectuais, trabalhadores de diversos sectores que não acreditavam só utopicamente numa sociedade mais igual, acreditavam, e essa é a história da Revolução de Abril, que podiam ser eles a fazê-la, a construi-la, em vez de delegar nos outros esse poder.
 Dossier 
A revolução de Abril 25 DE NOVEMBRO 
 O golpe militar que encerrou processo revolucionário em curso 11 abril 
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 Apesar da imensa bibliografia publicada sobre a data que estabilizou o nosso sistema político, ainda se mantêm imensas dúvidas. Ano e meio após o 25 de Abril de 1974 - e oito meses de PREC (Processo Revolucionário em Curso), desencadeado após o fracassado golpe de direita, a11 de Março - a facção militar que acreditava na democracia parlamentar derrotou a que apostava no poder popular.
 E, assim, no 25 de Novembro de 1975 ficou definido o modelo político português como o conhecemos. Numa descrição simplista, pode dizer-se que as forças que obedeciam ao moderado Grupo dos Nove (e, nessa altura, também ao Presidente da República, Costa Gomes) bateram as alinhadas com a extrema-esquerda otelista e as próximas do PCP. 
Mas, apesar da vasta bibliografia já editada, ainda há inúmeras perguntas que vão tendo respostas diferentes conforme as paixões por cada lado da barricada ideológica. Quem fez sair os pára-quedistas, alinhados com a extrema-esquerda? Porque o acompanharam tão poucas unidades? 
Foi um golpe comunista ou o PCP, fiel aliado de Moscovo, nunca cometeria a imprudência de prejudicar os Acordos de Helsínquia, subscritos, a 1 de Agosto, por Brejnev e Gerald Ford? Por que motivo Melo Antunes, um dos vultos do Grupo dos Nove, teve o cuidado de dizer, logo após a vitória da sua facção político-militar, que o PCP era indispensável? A operação militar dos vencedores foi coordenada por Ramalho Eanes, que estava a chefiar as operações no Regimento de Comandos (a unidade de Jaime Neves), ou por Vasco Lourenço, que se encontrava no Palácio de Belém? O Porto, com Pires Veloso, foi essencial? As unidades mais à esquerda tinham maior poder bélico que as dos moderados? Otelo não quis ir para o confronto? E que papel tiveram os oficiais ligados ao PCP? Além das G3 dos militantes dos partidos esquerdistas, também havia muitas armas distribuídas ao PS e PSD? A cumplicidade do PS, nessa época, chegou até à extrema-direita, incluindo os clandestinos ELP e MDLP? Haveria realmente apoio de governos europeus, nomeadamente do britânico, se Lisboa caísse nas mãos dos mais revolucionários e os moderados tivessem de contra-atacar a partir do Porto? 
 4. Discurso de Salgado Zenha no Pavilhão dos Desportos contra a “unicidade sindical” (16 Janeiro 1975). 
O discurso de Zenha foi o primeiro sinal público da resistência do PS à constituição de organizações frentistas pelos comunistas que detivessem a hegemonia do espaço partidário (MDP) e sindical (Intersindical). 
5. Legalização do divórcio nos casamentos religiosos com a alteração da Concordata. Responsável: Salgado Zenha (15 de Fevereiro de 1975). 
6. Golpe e contra-golpe do 11 de Março. Responsáveis: Spínola e a ala militar ligada ao PCP no MFA (11 de Março de 1975). 
7. Nacionalizações a seguir ao 11 de Março. Responsável: ala militar ligada ao PCP no MFA. Das chamadas “conquistas da Revolução” – nacionalizações, reforma agrária e controle operário – a terceira nunca existiu de facto, a segunda deixou uma marca profunda no Alentejo, a primeira moldou o destino da economia e da sociedade portuguesa até aos dias de hoje. 
8. Eleições para a Assembleia Constituinte que deram vitória aos partidos que se opunham ao PREC (25 de Abril de 1975). A vitória eleitoral do PS e do PSD, o fracasso do MDP, do PCP e do “voto em branco no MFA” reforçou a legitimidade da componente democrática no PREC. 
9. Incêndios e destruições das sedes do PCP no Centro e Norte do país (a partir de fins de Maio de 1975). A resistência ao PREC fora de Lisboa e Porto, e em particular no Centro e Norte, radicalizada num anticomunismo “orgânico” e em organizações clandestinas como o ELP, revelou uma componente social e política distinta da do PS, em que a Igreja e as “bases” do PPD tiveram um papel. 
10. Comício da Fonte Luminosa em Lisboa, ponto alto da resistência ao PREC dos socialistas (19 de Julho de 1975). Três sub-factos poderiam ser incluídos neste movimento: as sequelas do assalto ao jornal República (19 de Maio), o “documento dos nove”, (discutido entre os militares em Julho e divulgado a 9 de Agosto) e o debate entre Soares e Cunhal, um raro momento mediático no PREC do “olhe que não, olhe que não (6 de Novembro de 1975). 11. Independência de Angola a 11 de Novembro que marcou o efectivo fim do império colonial e "retorno" dos portugueses de África (anos de 1975-7), assim como o início da guerra civil e da intervenção estrangeira (cubana e sul-africana), cujas sequelas duraram mais de 25 anos e muitos milhares de mortos. Em nenhuma outra antiga colónia o processo foi tão sangrento, mas o padrão da acção dos antigos movimentos nacionalistas foi semelhante. 
12. O 25 de Novembro, fim da expressão militar do PREC (25 de Novembro de 1975). 
O crescendo para o 25 de Novembro deu-se essencialmente no verão “quente”, onde avultaram os incidentes ligados à constituição da FUR, um raro momento de hegemonia da extrema-esquerda sobre o PCP, a pretexto do “documento do COPCON, e o cerco á Assembleia Constituinte a 12 de Novembro. 
13. Declarações de Melo Antunes impedindo a ilegalização do PCP depois do 25 de Novembro (26 de Novembro). Ao fazê-las Melo Antunes impediu uma deriva autoritária do 25 de Novembro que seria inevitável caso se tentasse forçar o PCP de novo à clandestinidade. 14. Aprovação da Constituição em 25 de Abril de 1976 que garantia os direitos fundamentais de uma democracia, mas mantinha na sua parte económica e em muitos outros aspectos a linguagem e o adquirido do PREC. Uma das suas consequências duradouras foi a criação das Autonomias regionais na Madeira e nos Açores.



 SEDE DO PCP DE ALFÂNDEGA DA FÉ FOI INCENDIADA por folhas queimadas, 
SEDE FECHADA NO DIA DO SERENO DE PINHEIRO AZEVEDO 



LEI DA REFORMA AGRÁRIA
 DECRETO-LEI N.° 406-A/75, DE 29 DE JULHO
 Os latifundiários e, nas últimas décadas, os grandes capitalistas agrícolas constituíram o estrato social dominante no campo durante o fascismo. Esse domínio, de que constituiu veículo e garante fundamental o aparelho de estado fascista, assentou na exploração desenfreada da massa dos operários agrícolas e na espoliação e submissão dos pequenos agricultores. A liquidação do fascismo e das suas bases implica, no campo, a destruição do poder económico e social daquelas camadas que, embora desapossadas do poder de Estado e do controle de largas áreas do seu aparelho pelo processo político iniciado em 25 de Abril de 1974, continuam, sob várias formas, a exercer o seu domínio sobre as camadas populares rurais. Com efeito, a detenção da grande propriedade da terra e dos meios fundamentais de produção agrícola por parte daqueles estratos sociais, mesmo num contexto político transformado, não só representa o prolongamento da exploração e da espoliação, como acarreta a reprodução das próprias condições do seu domínio social e ideológico. Se a reforma agrária que se pretende desencadear responde a uni imperativo de libertação das forças produtivas relativamente aos estrangulamentos produzidos por formas de propriedade da terra e dos meios de produção que passaram a contrariar o desenvolvimento daquelas forças, importa não esquecer, por um momento, que hoje, em Portugal, essa reforma agrária começa por ser, concretamente, um processo político fundamental de liquidação dos grandes agrários, de liquidação das camadas sociais que têm até agora dominado o campo.* A liquidação do domínio dos grandes agrários é parte integrante e essencial do processo de destruição do fascismo e das suas bases sociais e surge, como condição fundamental, no caminho da libertação e emancipação dos operários agrícolas e dos pequenos agricultores no caminho da construção de uma sociedade democrática. Este processo não constitui, no entanto, no que tem de profundo e essencial, um facto ou uma iniciativa do poder de Estado: é de todo em todo irredutível a um quadro de medidas administrativas e legais por cujos carris se ambicionasse fazer seguir linearmente uma reforma agrária comandada pela Administração Central. Tem de constituir - e em larga medida constitui-o já - obra do poder de iniciativa, de imaginação, de organização, de luta e de trabalho dos operários agrícolas e dos pequenos agricultores. E é de justiça elementar reconhecer, no preâmbulo de um diploma como o presente, a importante contribuição que estas camadas têm dado para o avanço e aceleração do processo de reforma, já depois de 25 de Abril de 1974, na linha das lutas históricas travadas pelos assalariados rurais do Alentejo contra os grandes agrários e o fascismo, e que tiveram o seu ponto mais alto no inicio da década de 60. Os dispositivos legais contidos no presente diploma constituem apenas um quadro geral de ataque à grande propriedade e à grande exploração capitalista da terra. Resultado político da tradição de luta, das iniciativas e das conquistas de operários e pequenos agricultores, pretendem colocar-se agora, como instrumento e como estímulo, ao serviço dessas camadas. Momento estatal num processo social de que são protagonistas principais as classes dominadas do campo e cuja dinâmica é eminentemente local, importa saber ver, portanto, neste diploma, por um lado, uma síntese parcelar de experiências e conquistas e, por outro, um apelo e um quadro para que a iniciativa popular se desenrole e implante, na base de múltiplas assembleias locais, a quem competirá impulsionar a própria reforma - sem prejuízo, aliás, do imprescindível concurso das associações de classe e de outros órgãos específicos. Enquanto momento estatal, deve sublinhar-se ainda o carácter deliberadamente parcelar do presente diploma, já que se limita, praticamente, a prever e regular o processo de desapossamento da grande propriedade da terra e da grande exploração capitalista dos estratos até agora dominantes e seus agentes mais poderosos. Embora se aponte desde já para a institucionalização de formas embrionárias de iniciativa e organização social local, com papel a desempenhar na dinâmica de liquidação dos grandes agrários e de construção de novas formas de produção e de vida, relega-se para próximos diplomas quer o regime das novas formas de organização da produção, quer a definição de um novo estatuto jurídico da terra, da, água e da floresta em que se discipline a respectiva atribuição, uso, posse e circulação. É que esse regime e esse estatuto também não podem, nem devem, brotar unilateralmente do Estado: têm de nascer, eles também, em larga medida, das iniciativas e das lutas locais, da vontade das assembleias que, pelo campo fora, de aldeia em aldeia, forem assinalando o controle do processo produtivo pelas classes trabalhadoras. Nestes termos: Usando da faculdade conferida pelo artigo 3.°, n.° 1, alínea 3), da Lei Constitucional n.° 6/75, de 26 de Março, o Governo decreta e eu promulgo, para valer como lei, o seguinte:
 ARTIGO 1.° Picam sujeitos a expropriação, nos termos previstos no presente diploma, os prédios rústicos que se encontrem nalguma das seguintes situações: a) Pertençam a pessoas singulares, sociedades ou pessoas colectivas de direito privado, ainda que de utilidade pública, que sejam proprietárias, no território nacional, de prédios rústicos que, no seu conjunto, mediante aplicação da tabela anexa a este diploma, se verifique corresponderem a mais de 50000 pontos ou, independentemente desse requisito, ultrapassem a área de 700 ha; b) Pertençam a pessoas singulares, sociedades ou pessoas colectivas de direito privado, ainda que de utilidade pública, que tenham incorrido em qualquer das situações previstas, como fundamento de intervenção, no Decreto-Lei n.° 660/74, de 25 de Novembro e legislação complementar; c) Estejam incultos ou não alcancem os níveis mínimos de aproveitamento estabelecidos e a estabelecer por portaria do Ministro da Agricultura e Pescas.
 ARTIGO 2.º 1. Aos proprietários atingidos pela expropriação que não se encontrem abrangidos pelas alíneas b) ou c) do artigo anterior é garantido o direito de reservar a propriedade de uma área de terra, a demarcar em função do ordenamento global das explorações a estabelecer, até ao limite equivalente a 50000 pontos, de harmonia com a tabela anexa a este diploma, desde que preencham, cumulativamente, os requisitos seguintes: a) Explorem directamente a terra de que são proprietários; b) Retirem exclusiva ou predominantemente da exploração agrícola directa os seus meios de subsistência e de sua família; c) Não tenham já exercido o direito de reserva previsto em qualquer outro diploma legal. 2. O desaparecimento superveniente de algum dos requisitos exigidos nas alíneas a) e b) do número anterior sujeitará a expropriação a área reservada. 3. Não gozam de direito de reserva as pessoas colectivas, quer se trate de sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, fundações ou outras associações. 4. A propriedade resultante do exercício do direito de reserva só pode ser transmitida, por sucessão, a favor de herdeiros legítimos ou, mediante negócios entre vivos, a favor do Estado.
 ARTIGO 3.° 1. O direito de reserva previsto no artigo anterior caduca se não for exercido, através de declaração escrita enviada ao Instituto de Reorganização Agrária, no prazo de quinze dias a contar da notificação, para o efeito, do proprietário ou de quem o represente. 2. Independentemente da notificação referida no número anterior, o direito de reserva caduca no prazo de vinte dias a contar da afixação de editais nas juntas de freguesia e câmaras municipais em cuja área se situem os prédios expropriados. 3. A declaração de exercício do direito de reserva deverá ser acompanhada, sob pena de ineficácia, de uma outra de que conste a relação dos prédios rústicos e urbanos de que o reservante é proprietário, tendo em conta o disposto nos artigos 15.° e 16.° deste diploma. 4. Tanto a notificação referida no n.° l deste artigo como a declaração de exercício de direito de reserva serão efectuadas através de carta registada com aviso de recepção.
 ARTIGO 4.º Sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes, com a expropriação cessam todos os direitos e ónus reais ou outros encargos que incidam sobre os respectivos prédios.
 ARTIGO 5.° As regras a utilizar na fixação das indemnizações a atribuir aos proprietários ou outros titulares de direitos ou ónus reais atingidos pelas medidas de expropriação ou de requisição serão definidas em decreto-lei a publicar no prazo de cento e oitenta dias a contar da entrada em vigor deste diploma. ARTIGO 6.º 1. São respeitados os direitos dos que, a qualquer título, que não o de propriedade perfeita, explorem uma área dos prédios expropriados que, acrescida de todas as outras que a qualquer título também explorem no momento da expropriação, não exceda a pontuação referida na alínea a) do artigo 1.° 2. Aos que, a qualquer título que não o de propriedade perfeita, explorem uma área dos prédios expropriados que, acrescida de todas as outras que a qualquer título também explorem no momento da expropriação, exceda a pontuação referida na alínea a) do artigo 1.°, é garantido, com referência à sua posição contratual, um direito de reserva análogo ao atribuído aos proprietários e a exercer nas mesmas condições de fundo e de processo.
 ARTIGO 7.º 1. No conjunto do território nacional ninguém, seja pessoa singular, pessoa colectiva, sociedade ou agrupamento de facto, poderá ser proprietário ou explorar, directa ou indirectamente, a qualquer título, uma área de terra que exceda a pontuação referida na alínea a) do artigo 1.º 2. Os negócios jurídicos celebrados contra o disposto no número anterior são, na medida da violação, total ou parcialmente ineficazes. 3. Considera-se abrangida pela proibição estabelecida no n.° 1 a posição de sócio de uma sociedade, ainda que apenas de facto, ou pessoa colectiva. 4. São excluídos da proibição constante do n.° 1 o Estado, as pessoas colectivas de direito público e as cooperativas que venham a ser reguladas por legislação especial.
 ARTIGO 8.° A expropriação ou as medidas de reajustamento das explorações, nos termos dos artigos anteriores, são decretadas por portaria do Ministro da Agricultura e Pescas, sob proposta do Instituto de Reorganização Agrária, dos Conselhos Regionais de Reforma Agrária ou de assembleias locais cuja composição e funcionamento serão regulados por diploma posterior.
 ARTIGO 9.º A publicação do acto de expropriação tem por efeito imediato a nacionalização da área abrangida e a investidura do Instituto de Reorganização Agrária na posse administrativa da mesma, independentemente de prévia fixação ou pagamento de indemnizações.
 ARTIGO 10.º As acções ou omissões, intencionais ou negligentes, de proprietários, arrendatários, outros empresários agrícolas e seus comissários que afectem o bom aproveitamento da terra, infra-estruturas e equipamentos ou conduzam à diminuição, destruição ou perda da produção, para além da extinção do direito de reserva e de quaisquer outros por via dele adquiridos, e de outras sanções que por lei sejam aplicáveis ao caso, importarão, segundo a gravidade, redução ou eliminação da indemnização a que houver lugar, em termos a definir no diploma referido no artigo 5.° deste decreto-lei.
 ARTIGO 11.º O Instituto de Reorganização Agrária poderá requisitar aos proprietários, arrendatários e demais afectados por medidas de expropriação o equipamento mecânico e industrial, gado e outros componentes das respectivas explorações excedentários em relação à área que fiquem a cultivar, gozando, em qualquer caso, de direito de preferência, com eficácia real, em todas as alienações por aqueles efectuadas ARTIGO 12.º No ano agrícola subsequente à expropriação, poderá o Instituto de Reorganização Agrária tomar compulsivamente de arrendamento a área reservada, sem a consequência prevista no n.° 2 do artigo 2.°.
 ARTIGO 13.º Compete ao Instituto de Reorganização Agrária, através dos Centros Regionais de Reforma Agrária, onde existam: a) Promover e apoiar a instalação de unidades de produção nas áreas expropriadas; b) Coordenar, controlar e apoiar, técnica e financeiramente, a exploração das áreas expropriadas; c) Proceder à demarcação das áreas reservadas, nos termos dos artigos 2.°, 3.° e 6.°; d) Inventariar as benfeitorias, equipamentos, gado e outros bens existentes nas explorações situadas nas áreas expropriadas e proceder às requisições que julgar justificadas. ARTIGO 14.° Dos actos provenientes da aplicação deste diploma de que resulte ofensa ilegítima aos direitos dos proprietários, arrendatários e demais interessados cabe recurso, com efeito meramente devolutivo, para os Conselhos Regionais de Reforma Agrária, e da decisão destes, ou quando estes ainda não estiverem constituídos, para o Ministro da Agricultura e Pescas.
 ARTIGO 15.º 1. Para efeitos de aplicação das medidas estabelecidas neste diploma são declarados ineficazes os actos praticados desde o 25 de Abril de 1974 que, por qualquer forma, impliquem diminuição da área do conjunto de prédios rústicos de cada proprietário e de que sejam beneficiários ou tenham aproveitado parentes ou afins, podendo ser declarados ineficazes, na portaria de expropriação, todos os demais praticados desde aquela data. 2. São ineficazes os contratos de arrendamento ou quaisquer outros que envolvam cedência do uso da terra celebrados em data posterior a 15 de Abril de 1975 por proprietários ou outros empresários abrangidos pelas medidas de expropriação previstas neste diploma.
 ARTIGO 16.º Para efeitos do presente diploma, os cônjuges não separados judicialmente de bens ou de pessoas e bens, os comproprietários, a herança indivisa e outros patrimónios autónomos ou agrupamentos de facto semelhantes são tratados como um único proprietário, arrendatário ou empresário agrícola.
 ARTIGO 17.º 1. As dúvidas surgidas na interpretação e execução do presente diploma, e designadamente na aplicação da tabela a ele anexa, serão resolvidas por portaria do Ministro dia Agricultura e Pescas. 2. A tabela a aplicar nos concelhos não compreendidos na tabela anexa será aprovada e publicada através de portaria do Ministério da Agricultura e Pescas.
ARTIGO 18.° Este diploma entra imediatamente em vigor. Visto e aprovado em Conselho de Ministros. - Vasco dos Santos Gonçalves - Álvaro Cunhal - Francisco José Cruz Pereira de Moura - Joaquim, Jorge Magalhães Mota - Mário Luís da Silva Murteira - José Joaquim Fragoso - Fernando Oliveira Baptista.
 Promulgado em 29 de Julho de 1975.
 Publique-se. O Presidente da República, Francisco da Costa Gomes.




CARLOS ARAÚJO MDP/CDE
PCP
L A
-C M A
- M J A
-D A
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M C
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A F
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J L
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RETORNADOS que queimam a sede do PCP de SAMBADE dirigem-se para a sede de ALFÂNDEGA DA FÉ


O frente-a-frente durou 3 horas e quarenta minutos, e permanece na memória dos portugueses. 
A 6 de Novembro de 1975, Cunhal e Soares eram líderes de dois dos grandes partidos portugueses, numa altura em que a sociedade se radicalizava entre esquerda e direita. 
Helena Matos 
Para muitos os retornados surgiram em 1975, eram brancos e vieram na ponte aérea. Mas não: os primeiros chegaram no Verão de 74. Boa parte deles não eram brancos e muitos nunca tinham saído de África. Partilhe É uma história longa e complexa, a dos retornados. Três fugiram de bicicleta. 
Outros arriscaram atravessar o oceano em simples traineiras. Milhares embarcaram em paquetes para uma viagem que eles sabiam não ser de retorno nem ter retorno. Existem ainda aqueles que ao volante de camiões ou de simples automóveis inventaram rotas de fuga pelo continente africano. Por fim, a maior parte, chegou às centenas de milhar numa ponte aérea que parecia interminável. 
 Chamaram-lhes retornados. 
Como se o seu drama fosse uma fatalidade histórica: quem retorna volta ao sítio onde pertence. Mas esse não era o seu caso. Não só muitos deles tinham nascido em África como, ao contrário dos emigrantes, que então partiam para a França e a Alemanha, eles não tinham vindo fazer casas na terra nem cantavam saudades da aldeia que tinham deixado no território a que hoje chamamos Portugal e a que eles chamavam Metrópole ou Portugal Europeu. Quando deixaram África essa Metrópole não era tanto a sua terra – alguns nem sequer cá tinham vindo alguma vez e a maior parte deles já não se reconhecia na pequenez do país e muito menos no acanhamento dos seus costumes – mas sim o porto possível de abrigo para onde se precipitaram na esperança de escapar às consequências duma tragédia cuja dimensão os ultrapassava.
Embarque no porto de Luanda 
Seja na versão oficial ou no imaginário de cada um de nós, os retornados são um fenómeno de 1975. De facto são de meados de 1975 as imagens dos caixotes junto ao Padrão dos Descobrimentos e das crianças sentadas no chão do aeroporto de Lisboa. 
É também em 1975 que começa oficialmente a ponte aérea que traria centenas de milhar de portugueses de África.
 E, finalmente, é em 1975 que perante a evidência da catástrofe se arranjou um termo politicamente inócuo susceptível de nomear essa massa humana de gente que só sabia que não podia voltar para trás.
 Arranjar um nome para esse extraordinário movimento transcontinental de milhares e milhares de portugueses foi difícil não porque as palavras faltassem mas sim porque os factos sobravam. Retornados foi a palavra possível para que militares, políticos e o país pudessem salvar a face não apenas perante eles, mas sobretudo perante a História. 
 Contudo não só eles não eram retornados como surgiram muitos meses antes de a palavra retornado ter conseguido chegar às primeiras páginas dos jornais portugueses.
 Desde Junho de 1974 que encontramos notícias sobre a fuga dos colonos, dos brancos, dos africanistas, dos europeus, dos ultramarinos, dos residentes e dos metropolitanos. 
Enfim de pessoas que residiam em Angola, Moçambique, Guiné, Timor e Cabo-Verde. Chamaram-lhes desalojados, regressados, repatriados, fugitivos, deslocados ou refugiados. Finalmente, em meados, de 1975 tornar-se-ão retornados. 
O nome colou-se-lhes. 
Ficaram retornados para sempre. 
Como se estivessem sempre a voltar. Nenhum destes termos é verdadeiramente apropriado para descrever o que eles de facto eram mas a desadequação dos sinónimos foi breve pois dentro de poucos meses eles deixam de ser definidos em função dessa África onde foram colonos, brancos, africanistas, europeus, ultramarinos, residentes ou metropolitanos e passam a ser definidos em função da própria fuga.
 Então passarão a ser desalojados, regressados, repatriados, fugitivos, deslocados ou refugiados. Finalmente, em meados, de 1975 tornar-se-ão retornados. O nome colou-se-lhes. Ficaram retornados para sempre. Como se estivessem sempre a voltar. Não fosse o povo ter chamado bairro dos retornados a alguns conjuntos de habitação social, geralmente pré-fabricada, para onde muitos deles foram residir e não se encontraria outra referência nas nossas ruas à sua existência. 
 Deles o poder, político e militar, falou o menos possível. A comunicação social tão ávida de histórias demorou anos a interessar-se por aquilo que eles tinham para contar. E os poucos que passaram a papel as memórias desse tempo dificilmente conseguiram romper o universo restrito das edições de autor. Perceber o percurso que nos leva dos “brancos racistas em fuga” de Julho 1974 ao “retornado ressentido” de 1976 é o objectivo desta série de artigos. Cabo-verdianos, o contingente esquecido “Continuam a chegar à cidade da Praia grupos de trabalhadores cabo-verdianos que se encontravam na metrópole.
 Para muitos deles, o regresso ao arquipélago é definitivo pois foram abrangidos pela vaga de despedimentos que se regista em vários sectores, especialmente na construção civil” informava a 21 de Julho de 1974 a RTP. Pouco mais se sabe sobre estes homens, mas lendo o que quase um ano depois, a 3 de Abril de 1975, escreve o jornal “Alavanca”, editado pela Intersindical, ficamos a saber algo mais sobre eles.
 Ficamos, por exemplo, a saber que muitos recusavam retornar a África: “Após o 25 de Abril começaram-se a verificar alguns regressos a Cabo Verde. Numa média de cerca de 500 por mês. Estes trabalhadores regressavam com passagens pagas pelo Governo português. Contudo, muitos deles, chegados a Cabo Verde, voltavam a embarcar para Lisboa”. Na origem deste embarque, no Verão de 1974, dos cabo-verdianos com destino ao seu arquipélago de origem, devem ter pesado informações como esta que a 26 Junho de 1974 chegava à mesa do ministro da Administração Interna, tenente-coronel Costa Braz, sob a forma de Relatório Confidencial do Comando Geral da PSP: “no sector da construção civil estão a ser despedidos no Algarve, centenas de operários, grande parte deles cabo-verdianos. Paralelamente continuam a afluir ao Algarve vários oriundos de Cabo-Verde que não vêm por intermédio do Serviço Nacional de Emprego (…). 
A crise que se desenha na construção civil está a reflectir-se ainda nas Finanças, onde desde 25 de Abril passado não têm sido tiradas SISAS.” Os cabo-verdeanos provenientes de Luanda, a fazer fé nas declarações do então Governador de Cabo-Verde, estão famintos e “maltratados, mal dormidos, preocupados com a sua vida.” O embarque em Portugal destes homens com destino a Cabo-Verde não suscitou à época qualquer atenção, tal como meses depois também não gerou qualquer interesse ou estranheza que no aeroporto do Sal um avião levantasse voo in extremis antes do então presidente do Zaire e a sua comitiva aterrarem. 
Nesse voo que partira de forma precipitada viajavam cabo-verdeanos que estavam a chegar ao Sal em dois voos diários provenientes de Luanda. Evitar que nesse dia 14 de Setembro de 1974 Mobutu, e também Spínola que ali o aguardava, se confrontassem com tão incómoda presença levou o Governador de Cabo-Verde, almirante Henrique Afonso da Silva Horta, a dar ordem para que fossem enviados para outras ilhas do arquipélago. Por contraste o pequeno grupo que se manifestava a favor do PAIGC teve livre circulação no aeroporto tendo até viajado para o Sal no mesmo avião que o Governador. 
 Ao contrário dos homens idos de Lisboa, estes cabo-verdeanos provenientes de Luanda, a fazer fé nas declarações do então Governador de Cabo-Verde, estão famintos e “maltratados, mal dormidos, preocupados com a sua vida.
” A este problema há ainda que juntar a cólera que então existia em Cabo-Verde. Em Luanda há um sentimento crescente de insegurança que se materializa perante duas mortes: um enfermeiro negro é morto numa rixa num bar e, na noite de 10 para 11 de Julho de 1974, no musseque do Rangel, descobre-se o cadáver de um branco. Fora degolado. Chamava-se António Augusto Saldanha e era motorista de táxi. Como é que estes cabo-verdeanos ali tinham chegado? Mais uma vez as palavras do almirante Henrique Afonso da Silva Horta são eloquentes: “O meu amigo Rosa Coutinho telefonou-me a dizer: «Eh pá, vou mandar-te os cabo-verdianos. Eles estão aqui na Ilha (de Luanda). 
Se isto continua muito tempo não consigo garantir a segurança deles. 
Vou repatriá-los.
 Vou-te mandar os cabo-verdianos que cá estão, tantos por dia (eram dois Jumbos) para o Sal e depois tu dizes o que precisas de dinheiro que eu dou-te. Eu, na altura, não precisava de dinheiro: precisava era de os tirar do Sal onde nem água tinham para beber, chegando cerca de 700 gajos por dia. (…) 
O Rosa Coutinho tinha outros problemas em Angola e tinha de despachar aquele. Para mim, o grande problema era tirá-los do Sal e, à falta de outra solução, voltarem para as ilhas a que pertenciam, tinham lá família. 
Os primos, os tios recebem-nos. Têm onde ficar, têm de comer; mal, mas têm.” (1) medo irreversível Os jornais de Lisboa começavam a refletir o que se passava nas colónias, em especial em Luanda Para perceber porque tinham viajado em condições tão precárias de Luanda para o Sal é necessário recordar alguns acontecimentos desse mês de Julho de 1974 na capital angolana, onde após um motim e fuga de presos de delito comum, é alargada a Angola a amnistia decretada para a então metrópole. 
De repente ficam nas ruas mais de mil condenados. Uma rua onde a insegurança cresce e onde o governador-geral, Silvino Silvério Marques tem cada vez menos meios para impor a ordem, pois no início de Junho o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Costa Gomes, retirara ao governador-geral de Angola competência sobre a PSP e a Organização Provincial de Voluntários de Defesa Civil.
 Na cidade do asfalto avolumam-se milhares de pessoas que recusam voltar às suas casas, aliás muitas delas entretanto queimadas, nos musseques. Querem sair de Luanda. Vão ser eles os primeiros retornados de Angola. 
Em Luanda há um sentimento crescente de insegurança que se materializa perante duas mortes: um enfermeiro negro é morto numa rixa num bar e na noite de 10 para 11 de Julho de 1974, no musseque do Rangel, descobre-se o cadáver de um branco.
 Fora degolado. 
Chamava-se António Augusto Saldanha e era motorista de táxi. Tenha sido esta última morte o resultado de um acto de banditismo ou de uma estratégia com vista a acicatar os ânimos que já andavam inquietos, a verdade é que Luanda nunca mais teve calma: os confrontos nos musseques sucedem-se. 
 No chão térreo dos musseques ficam cadáveres e um rasto de destruição. No ar desses bairros de arruamentos labirínticos multiplicam-se os papagaios de papel que visavam impedir a visibilidade e o voo dos helicópteros de onde os militares davam instruções e orientação às patrulhas que em terra procuravam acudir aos focos de problemas. Na cidade do asfalto avolumam-se milhares de pessoas que recusam voltar às suas casas, aliás muitas delas entretanto queimadas, nos musseques. 
Querem sair de Luanda. Vão ser eles os primeiros retornados de Angola. “Exemplos típicos de agressão ideológica reaccionária” Em Lisboa os acontecimentos de Luanda são encarados com o embaraço constrangido de quem no meio de uma festa assiste a um comportamento menos conveniente. 
Equacionar em Portugal, em Julho de 1974, que aquilo que hoje se designa de forma mais ou menos consensual como o drama dos retornados pudesse vir sequer a acontecer era entendido como uma atitude anti-democrática e desleal para com o país novo que se celebrava e a descolonização perfeita que se garantia e naturalmente desejava. 
 No Verão de 1974 a inquietação de que os portugueses residentes em África – Portugal regia nesta época a nacionalidade pelo princípio do solo, pelo que eram portugueses todos aqueles que tivessem nascido em qualquer parcela do solo nacional – vão dando sinal era, no caso dos brancos, imediatamente apresentada como algo de marginal, quase sempre resultado de manobras reacionárias “duma minoria teimosa e egoísta, que se recusa a reconhecer as perspectivas de futuro”, como a define Vasco Gonçalves a 24 de Julho a uma televisão alemã. 
 No Verão de 1974, Portugal já não tinha exame prévio mas estava longe de ser um país sem coação sobre a pouca imprensa que questionava a verdade oficial e, sobretudo, os desejos dos governantes em matéria de descolonização. 
Uma minoria que, inevitavelmente, é acusada de pretender aquilo que se designava como “independência branca”. Ou que, numa versão mais paternalista, padece de um infundado alarmismo, como explica a 5 de Maio de 1974 Almeida Santos, ministro da Coordenação Interterritorial: “Receiam alguns que as negociações ponham em risco aquilo que são, que têm, ou de que dependem. 
Afligem-se sem lógica, e o mais das vezes sem razão.” Quanto àqueles que não eram brancos, não se concebia que manifestassem algo que não fosse uma enorme alegria. Nesta fase só publicações de circulação muito restrita, como a revista “Economia & Finanças”, ou de carácter regional, como o “Jornal da Bairrada”, dão espaço a opiniões dissonantes nesta matéria, atitude que rapidamente lhes vai valer a acusação de “agressão ideológica reaccionária” por parte da Comissão Ad-Hoc para o “controlo da Imprensa, Rádio, Televisão, Teatro e Cinema”. Sofrerão também as severas penalizações que essa comissão, criada a 20 de Junho de 1974, na dependência da Junta de Salvação Nacional, atribuiu durante a sua existência: em Junho de 1974 foi imposta uma multa de 150 mil escudos à revista “Economia & Finanças”, o que corresponde à multa mais elevada atribuída de Junho a Setembro de 1974 por esta comissão. 
A causa desta penalização foi “estar em presença de exemplos típicos de agressão ideológica reacionária”.
 Em Agosto e Setembro de 1974, feita a ressalva a duas multas de 5 e 25 mil escudos atribuídas respectivamente a “O Raio” (ofensa a um membro do Conselho de Estado) e ao “Expresso” (notícia sobre a passagem forçada à reserva de 105 oficiais da Armada), todas as demais multas resultam de notícias sobre a descolonização. Ao “Bandarra” 150 mil escudos de multa por a comissão entender que este jornal colocava “em causa a legalidade do processo de descolonização”. 
Ao jornal “Resistência” multa de 100 mil escudos por colocar em causa “a isenção e o patriotismo das mais altas instâncias do regime vigente”. 
 A suspensão da publicação era outra das condenações atribuídas e que na prática comprometia a sobrevivência destes títulos: “Tempo Novo” suspensão de 60 dias por ter publicado “um artigo intitulado «Carta Aberta ao Brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho» a propósito das negociações de Lusaca. A Comissão considera que o artigo contém ofensas ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Mário Soares, e ao citado oficial”. 
Opiniões dissonantes sobre a descolonização levaram também à suspensão do “Proletário Vermelho” (60 dias) e do “Jornal de Famalicão” (30 dias). Não era a primeira vez que em Portugal se expulsavam jornalistas. 
O que mudara após Abril de 1974 é que agora nem em Portugal nem fora dele se ouviram quaisquer protestos. No Verão de 1974, Portugal já não tinha exame prévio mas estava longe de ser um país sem coação sobre a pouca imprensa que questionava a verdade oficial e, sobretudo, os desejos dos governantes em matéria de descolonização. Mas o mundo que até Abril de 1974 condenara veementemente a censura vigente em Portugal mostrava agora uma silenciosa complacência com actos que até há alguns meses causavam indignação. Basta recordar que no final de Julho de 1974 é expulso de Moçambique o jornalista John Bruce Edlin.
 É-lhe também proibida qualquer tentativa de regresso. 
Porquê? 
Porque, dizem as autoridades, este jornalista fundamentava “a maior parte das suas notícias em boatos e em opiniões particulares, deturpando, assim, a verdadeira imagem da vida interna em Moçambique”. Não era a primeira vez que em Portugal se expulsavam jornalistas. O que mudara após Abril de 1974 é que agora nem em Portugal nem fora dele se ouviram quaisquer protestos. “Um grave problema de congestionamento” Do ponto de vista informativo, os retornados enfrentarão vários muros de silêncio e preconceito. Mas se não forem brancos e sobretudo se a viagem dita de retorno não se fizer no sentido África-Europa então, tal como sucede com as pessoas que em Julho de 1974 fogem dos musseques de Luanda para o interior de Angola, não passam de uma breve e fugaz referência, no meio de extensos e exaltantes parágrafos sobre a descolonização. 
Assim: “Começou a registar-se ontem a debandada de centenas de comerciantes dos musseques, na medida em que as suas vidas e haveres passaram a correr perigo eminente a toda a hora” – escreve o Diário Popular, a 16 de Julho de 1974, numa referência igual na sua brevidade às que saem nos outros jornais nesse e nos dias seguintes. Nos meses seguintes “os colonos”, “os fazendeiros que fogem por medo”, “os deslocados”, como então os designava a imprensa, chegarão às centenas de milhar. E contudo serão raríssimas as suas fotografias na imprensa portuguesa até, que em meados de 1975, os seus caixotes e os seus corpos deitados no chão do aeroporto da Portela os tornam incontornáveis. Os cabo-verdianos, proprietários de muitos dos comércios nos musseques, tornam-se num alvo fácil para a violência que aí se instala. Mas não são os únicos e nem sequer o grupo mais numeroso.
 Este último é constituído por angolanos. 
Negros.
 Fogem com as famílias dos musseques e a sua presença na cidade do asfalto torna-se incontornável, sobretudo quando muitos deles, num movimento silencioso mas imparável, se instalam junto ao palácio do Governo. Em poucas horas o seu número cresce e já ocupam os largos e jardins vizinhos. Silvino Silvério Marques foi empossado a 11 de Junho como Governador-Geral de Angola. 
Quer ele quer Henrique Soares de Melo, nomeado na mesma data, Governador-Geral de Moçambique, rapidamente constatarão não ter condições para o exercício desses cargos silverio Para os tirar de Luanda aumenta-se o número de carreiras. Mas não só a resposta é insuficiente como muitos deles, num sinal das tensões étnicas instaladas, só aceitam ser transportados em veículos militares e conduzidos por militares brancos. E, como recorda o então tenente-coronel Gonçalves Ribeiro, que haveria de ser em 1975 o homem por trás da ponte aérea Luanda-Lisboa, quando não existiam transportes militares, caso dos troços de viagem que foram feitos de barco, houve que embarcar marinheiros da Armada nos barcos civis para que as famílias negras aceitassem também elas embarcar.
 As mesmas desconfianças étnicas e tribais estarão também presentes quando, já em Setembro de 1974, acontece a fuga dos trabalhadores das roças do Uíge – bailundos na sua maioria – em direcção às suas terras no planalto central (2). Num tempo em que a linguagem dos jornalistas e políticos se enche de termos para designar os brancos então residentes em África – colonos, brancos, africanistas, europeus, ultramarinos, residentes, metropolitanos, minoria branca…. – os negros, apresentados sob o termo unificador “africanos”, estavam longe de ser uma entidade unitária. 
 “Vi morrer o meu maior amigo, ali assim ao meu lado” 
 Por fim, nesta leva dos primeiros retornados, temos aqueles, maioritariamente brancos, que rumam a Lisboa. Quem, no dia 12 de Agosto de 1974, abrisse o Diário de Notícias ficaria a saber que o Aeroporto da Portela estava a registar uma invulgar afluência de passageiros. Desta vez não eram mais cientistas e bailarinas dos então países de Leste que por cá estavam a desembarcar às dezenas nesse Verão. 
Estes passageiros provinham de Luanda e contam aos jornalistas o que os trouxe a Lisboa: “Vi morrer o meu maior amigo, ali assim ao meu lado. 
E o mesmo não me aconteceu por ter conseguido esconder-me”. “Não está tão mau como se diz” – afirmou uma estudante que declara ter vindo “por causa da confusão que reina no meio estudantil. Ficar para quê? Os liceus estão fechados”.
 Uma mãe explica: “Não, não foi por mim que vim, mas pelas crianças”. retornados 3 A reportagem do Diário de Notícias de 12 de Agosto de 1974 no aeroporto de Lisboa
 Estas histórias nada têm de invulgar. Aliás, nas semanas e meses seguintes outras muito mais dramáticas se ouvirão. 
O que existe de invulgar nesta notícia de 12 de Agosto de 1974 é o facto de ela ser acompanhada por uma fotografia dos recém-chegados ao aeroporto da Portela e de os jornalistas os terem entrevistado. Nos meses seguintes “os colonos”, “os fazendeiros que fogem por medo”, “os deslocados”, como então os designava a imprensa, chegarão às centenas de milhar. 
E contudo serão raríssimas as suas fotografias na imprensa portuguesa até, que em meados de 1975, os seus caixotes e os seus corpos deitados no chão do aeroporto da Portela os tornam incontornáveis. Mas voltemos a este Diário de Notícias de 12 de Agosto de 1974. Quem o lesse até ao fim ficaria a saber que, na véspera, “mil colonos”, maioritariamente provenientes de Moçambique, haviam chegado no paquete Infante D. Henrique. 
O surto grevista nos portos, caminhos-de-ferro, fábricas e empresas agrícolas de Moçambique, as manifestações cada vez mais exaltadas quer contra, quer a favor da independência, e o facto de tudo parecer encaminhar-se para o reconhecimento da FRELIMO como único interlocutor do Estado português são responsáveis pela decisão de muitos deles em embarcar. Mas o que eles não sabem é que, ao mesmo tempo que pisam terra em Lisboa, outros em Moçambique vivem horas de terror: com os militares e parte da administração civil a retirar de zonas importantes do território, as populações de cidades como António Enes ficavam entregues a si mesmas. 
 Segundos os jornais, vindos não se sabe donde surgem grupos de saqueadores e o terror começa: “Foi um pânico brutal e desorientado que lançou para as estradas milhares de foragidos brancos, os mais ameaçados por uma vaga de ódio racial inconcebível há três meses nestas velhas terras de colonização portuguesa, mas explicável pela enorme disparidade entre o proletário negro e o pequeno burguês branco, confortavelmente instalado neste paraíso perdido” – escreve o Diário Popular de 13 de Agosto. Uma vez chegados a Nampula, os refugiados atravessam a cidade fazendo soar as buzinas dos seus automóveis, empunhando cartazes em que apelam aos jornais de Moçambique para que “Digam a verdade!”. Exigem às autoridades que reponham a segurança para que possam voltar às suas casas e terras. 
Mas nem o aparato da luta de classes transportado para as questões raciais consegue contornar o óbvio: entre aqueles que em carros, carroças e a pé fogem para Nampula, cidade onde os militares se mantinham, contam-se muitos negros e a quase totalidade dos asiáticos – paquistaneses, indianos e chineses –, comunidades muito presentes até então em António Enes graças ao comércio de caju e amendoim. Uma vez chegados a Nampula, os refugiados atravessam a cidade fazendo soar as buzinas dos seus automóveis, empunhando cartazes em que apelam aos jornais de Moçambique para que “Digam a verdade!”. 
Exigem às autoridades que reponham a segurança para que possam voltar às suas casas e terras. 
Mas como muitos deles não tardarão a descobrir, a única viagem que os militares vão fazer é a que os trará a Lisboa. 
Deixar primeiro as suas casas e depois Moçambique é assim o percurso que muitos moçambicanos começam a cumprir.
 Como se fosse um destino. 
 Rapidamente o ambiente político degradou-se e começou a haver graves problemas de segurança 
Dessa viagem, a que se chamará mais tarde “retorno de nacionais”, vamos tendo notícias não tanto porque elas sejam objecto de interesse jornalístico, mas sim porque, no meio dos extensos textos dedicados à problemática da descolonização, se refere que na Guiné há problemas no comércio porque os donos dos estabelecimentos – muitos deles libaneses – já deixaram o território, que em Luanda e Lourenço Marques não pára de aumentar a procura de bilhetes de avião e barco; que à excepção dos casos de doença e de viagens relacionadas com o “fomento da produção e da exportação”, foram suspensas quaisquer transferências cambiais ou que nos portos e aeroportos de Luanda e Lourenço Marques se vive “um grave problema de congestionamento”, tanto mais que em alguns casos começam a ser levantados entraves a esses embarques: “Estivadores africanos do porto de Lourenço Marques recusaram-se ontem a carregar barcos de carga destinados a Lisboa com bens pertencentes a colonos brancos que regressam a Portugal. 
Segundo anunciaram, respondem assim a um apelo lançado pela Frelimo no sentido dos residentes brancos permanecerem no território, ajudando ao seu desenvolvimento. Todavia na capital moçambicana a tensão aumentou nos últimos dias, devido a uma série de deflagrações (…) que devem ser obra de extremistas das direitas.” – informava a RTP do dia 21 de Junho de 1974. O que pretendem embarcar estas pessoas? Bens que querem colocar em segurança para o que der e vier ou a panóplia habitual de objectos transportados nas viagens sazonais de reencontro com os familiares e de apresentação dos filhos aos parentes que tinham na então metrópole? Nas notícias não encontramos referências a esse assunto, mas o poder político e militar, esse, sabia bem o que podia acontecer e procurou antecipar-se. Dois a oito anos de prisão é a pena em que incorrem todos aqueles que fora do estritamente previsto na lei promovam, executem ou de algum modo facilitem transferências superiores a 3.000$00 entre os diversos territórios nacionais. 
Na mesma pena incorrem os que pratiquem a compra ou venda de notas de outro território nacional. Logo uma semana após o 25 de Abril saiu o decreto-lei o 181/74 que dificultava e penalizava as já de si difíceis transferências cambiais dos territórios ultramarinos para Lisboa. Quando se lê este decreto-lei (tal como o 189/74 que dias depois o corrige), constata-se que se reforça autoritariamente o novelo legislativo constituído pelos trinta decretos-lei, sete decretos, duas portarias e alguns avisos do Banco de Portugal que, em 1974, regiam o mercado de câmbios, a actividade bancária e o regime de transferências para o exterior (3). Sobretudo estes dois decretos-lei revelam como a fuga de capitais que se procura estancar não é apenas, como mediaticamente se anunciava em Lisboa, a dos capitalistas que todos os dias os jornais garantiam estar a levar os seus bens para a Suíça, mas sim e muito particularmente a transferência de bens de qualquer natureza entre os territórios ultramarinos e entre estes e a metrópole. Notas-de-Angola-1973-500-e-1000-00 O dinheiro deixou de poder ser transferido para a Metrópole 
 Dois a oito anos de prisão é a pena em que incorrem todos aqueles que fora do estritamente previsto na lei promovam, executem ou de algum modo facilitem transferências superiores a 3.000$00 entre os diversos territórios nacionais. 
Na mesma pena incorrem os que pratiquem a compra ou venda de notas de outro território nacional. É também muito dificultada a exportação ou saída por qualquer forma, para outro território nacional, de notas, moedas metálicas, divisas, ouro, prata, outros metais e pedras preciosas, títulos de crédito ou outros valores, nomeadamente antiguidades, quadros e objectos de arte.
 Mesmo a Lotaria começa a ser encarada com suspeição pelas autoridades, pois os prémios dos bilhetes comprados em Angola e Moçambique eram garantidos em Lisboa, naturalmente em escudos. Depois de o sistema fiscal e aduaneiro do Estado Novo os ter pressionado a investir nos territórios onde residiam, os portugueses do Ultramar ficavam, desde Maio de 1974, reféns desses bens que tinham adquirido.
 É que mesmo que os conseguissem vender isso de nada lhes serviria, pois não poderiam trazer consigo quaisquer proventos. “Poderão pois estar tranquilos…” – até quando? O voluntarismo dos decretos-lei 181/74 e 189/74, tal como as declarações enfáticas que os militares e responsáveis políticos produzem no Verão de 1974 sobre a sem razão das preocupações manifestadas pelos residentes nos territórios ultramarinos, são uma espécie de síndroma do dia seguinte que frequentemente se instala após os golpes de Estado. Num país que desenvolvia operações em três territórios, para mais situados num outro continente, um Estado-Maior não pode ir para casa pois entretanto há homens que morrem, outros que são feridos, há transportes que têm de ser realizados, abastecimentos a garantir… 
Os golpistas e os revolucionários têm o arrojo de enfrentar as situações mas quando, passados os momentos de euforia, lhes cai em cima o imenso peso do quotidiano, exigem que o povo se mantenha tranquilamente suspenso à espera que eles decidam, aprendam e resolvam tudo aquilo que de essencial subestimaram antes de, num ímpeto, terem querido mudar a História. Mas como eles e o país aprenderão de forma dolorosa, os golpes de estado não acontecem em “países em branco” e as revoluções não se fazem em “copos de água”. Isso mesmo explicou, logo a 25 de Abril de 1974, o general Pedro Cardoso, um dos militares presentes no Estado-Maior do Exército, perante a ordem aí acabada de chegar proveniente do quartel-general do MFA, na Pontinha: quem estivesse com a revolução ficava onde estava, no caso contrário iria para casa. (4) Num país que desenvolvia operações em três territórios, para mais situados num outro continente, um Estado-Maior não pode ir para casa pois entretanto há homens que morrem, outros que são feridos, há transportes que têm de ser realizados, abastecimentos a garantir… Neste contexto, os retornados vão ser um enorme embaraço, quase um estorvo, para umas Forças Armadas profundamente divididas sobre o destino do Ultramar, mas unânimes na disposição de fazerem o que for preciso para defender a sua imagem. Jornal Luta Popular_ 
Luta Popular, o jornal do MRPP que era dirigido por Saldanha Sanches 
 Assim, enquanto em África membros das Forças Armadas Portugueses, à revelia do Governo, do Presidente da República ou da hierarquia das Forças Armadas, estabelecem contactos directos com vista à entrega de armas, aquartelamentos e informações à FRELIMO e ao PAIGC e enviam para Lisboa telegramas onde, com mais ou menos variações, se lia “Ou assinam os acordos de paz, ou rendemo-nos todos”, a Junta de Salvação Nacional ordenava a prisão de um jovem civil dirigente do MRPP, Saldanha Sanches, por este ter apelado no jornal do seu partido à deserção com armas. Ou determinava a suspensão das reportagens de Roby Amorim na Guiné, que relatavam a decisão de vários oficiais das Forças Armadas Portuguesas de entregar aquartelamentos ao PAIGC, isto muito antes da independência e numa fase em que as mais altas patentes militares e o Governo mantinham negociações com aquele movimento. No Verão de 1974 já não estavam tranquilos nem os africanos, nem os europeus. Nem os civis, nem os militares. 
E em diversos pontos de África estava a começar o que haveria de ser o maior êxodo de portugueses: entre Maio e Junho de 1974, 5 mil portugueses deixaram Moçambique e 9 mil partiram de Angola. Nos dois meses seguintes a TAP terá transportado entre Luanda e Lisboa 35 mil passageiros. Mas, alheios aos considerandos dos jornalistas, à censura dos políticos e ao embaraço dos militares, os factos corriam. 
E corriam de modo a que em Portugal, África e Timor os acontecimentos tinham ultrapassado há muito a Proclamação da Junta de Salvação Nacional (JSN) lida por Spínola às 1h 30m do dia 26 de Abril de 1974, proclamação cujo primeiro ponto garantia que a JSN “assume o compromisso de garantir a sobrevivência da Nação como Pátria soberana no seu todo pluricontinental”. 
 Por essa altura, em África, já não passavam de letra morta as garantias dadas por Spínola quando a 11 de Junho dera posse aos novos governadores de Angola e Moçambique, Silvino Silvério Marques e Henrique Soares de Melo: “Poderão pois estar tranquilos os africanos que se mantiveram neutros, porque não lhes será negado, por essa razão, o direito de optar. Poderão estar tranquilos os africanos que se nos confiaram e ao nosso lado combateram, tendo já feito a sua opção. 
E poderão estar tranquilos os europeus que chamam à África a sua terra e ali se sentem cidadãos como quaisquer outros; não os abandonaremos na cobarde procura do fácil e na demagógica busca da popularidade. Poderão também estar tranquilos quantos vêm lutando pelo direito à autodeterminação, pois que a sua vontade será respeitada pela vontade das maiorias. A todos garantiremos que nessa hora grande serão chamados, sem excepção, a dar o seu voto. Essa hora já não vem longe, mas até lá teremos de percorrer aceleradamente o caminho que devíamos ter percorrido nos últimos 50 anos. 
Assim nos entendam e nos ajudem o mundo, e os portugueses de sã consciência e recta intenção.” No Verão de 1974 já não estavam tranquilos nem os africanos, nem os europeus. Nem os civis, nem os militares. E em diversos pontos de África estava a começar o que haveria de ser o maior êxodo de portugueses: entre Maio e Junho de 1974, 5 mil portugueses deixaram Moçambique e 9 mil partiram de Angola. Nos dois meses seguintes a TAP terá transportado entre Luanda e Lisboa 35 mil passageiros. Nesse mesmo período, 40 mil pessoas deslocaram-se dos musseques para o interior de Angola e mais de mil cabo-verdeanos protagonizaram a primeira ponte aérea do retorno…
 E sobretudo, no Verão de 1974, já ninguém em Portugal pode garantir tranquilidade àqueles que por agora ainda são designados como colonos, brancos, africanistas, europeus, ultramarinos, residentes e metropolitanos, mesmo quando são negros, mulatos, asiáticos ou brancos que nunca tinham saído de África. 
 Mais tarde vão chamar-lhes retornados. Como se estivessem sempre a voltar. 

 NOTAS

 (1) Estudos Gerais da Arrábida, A DESCOLONIZAÇÃO PORTUGUESA, Painel dedicado a Cabo Verde
 (2) Gonçalves Ribeiro, “A vertigem da Descolonização – da agonia do exôdo à cidadania plena”, Editorial Inquérito, 2002. 
(3) A quantificação sobre o quadro legislativo que até ao 25 de Abril de 1974 regia as transferências do então Ultramar e Metrópole é feita por Ângelo Soares membro da AEMO – Associação dos Espoliados de Moçambique.
(4) A expressão “revolução a fazer-se num copo de água” é usada pelo general Pedro Cardoso no testemunho que deu a Manuel Amaro Bernardo, in Memórias da Revolução”, Prefácio, 2004 
(5) “A Descolonização Portuguesa. Aproximação a um Estudo” vol. II, Instituto Amaro da Costa, 1982 e “A vertigem da Descolonização – da agonia do exôdo à cidadania plena”, Editorial Inquérito, 2002, são a par da imprensa a fonte utilizada para quantificar o número de deslocados.











1975 (Constituinte) - 1976 - 1979 (Intercalar) - 1980 - 1983 - 1985 - 1987 - 1991

1995 - 1999 - 2002 - 2005 - 2009 - 2011



Assembleia da República - 25/04/1975
Informação Detalhada - Resultados Nacionais


 Resultados Nacionais
InscritosVotantesAbstençõesBrancosNulos
TotalPercent.TotalPercent.TotalPercent.TotalPercent.
6231372571182991,66%5195438,34%00,00%3967656,95%


 Votação por Partido - Resultados Nacionais
PSPPDPCPCDSMDPFSPMESUDPFECPPMPUPLCIADIMCDM
Total216297215072827119354348792363186630758248448773318532526131381083516221030
Percent.37,87%26,39%12,46%7,61%4,14%1,16%1,02%0,79%0,58%0,57%0,23%0,19%0,03%0,02%
Mandatos1168130165001000010


PS:2162972( 37,87%)116
PPD:1507282( 26,39%)81
PCP:711935( 12,46%)30
CDS:434879( 7,61%)16
MDP:236318( 4,14%)5
FSP:66307( 1,16%)0
MES:58248( 1,02%)0
UDP:44877( 0,79%)1
FEC:33185( 0,58%)0
PPM:32526( 0,57%)0
PUP:13138( 0,23%)0
LCI:10835( 0,19%)0
ADIM:1622( 0,03%)1
CDM:1030( 0,02%)0

Abstenção:8,34%
Freguesias apuradas: /

III República - Partidos, Coligações, Movimentos e Agremiações políticas ( inclui os partidos fundados antes de 1974 e que solicitaram a sua legalização após 25-04-1974)


1974


ADIM - Associação de Defesa dos Interesses de Macau (1974)


AOC - Aliança Operária Camponesa (1974)


CARP (M-L) – Comité de Apoio à Reconstrução do Partido (Marxista-Leninista) (1974)


CBS - Comissões de Base Socialistas (1974)


CDM - Centro Democrático de Macau (1974)


CDS - Partido do Centro Democrático Social (1974). - fundado em 19 de Julho - Renomeado mais tarde em Partido Poular e finalmente em CDS-PP


CIC - Comités pela Independência Imediata e Incondicional das Colónias (1974)


CLAVA - Comissões de Luta Anti-Imperialista e Vigilância Antifascista (1974)


CRS - Comités Revolucionários de Soldados (1974)


FLA - Frente de Libertação dos Açores (1974)


FDU - Frente Democrática Unida (1974) - coligação dos Partido do Progresso, Partido Liberal e Partido Trabalhista


FLAMA - Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira (1974)


FSMR - Frente dos Soldados e Marinheiros Revolucionários (1974)


FSP - Frente Socialista Popular (1974) Integrou a coligação FEPU com o PCP e o MDP


LCI - Liga Comunista Internacionalista (1973). Em 1979 funde-se com o PRT no PSR


LUAR - Liga de Unidade e Acção Revolucionária (1967)


MAP - Movimento de Acção Portuguesa (1974)


MARP - Movimento para a Autogestão Revolucionária do Proletariado (1974)


MDP/CDE - Movimento Democrático Português (1974) - proveniente da CDE de 1969


MEC - Movimento Ecológico Português (1974)


MES - Movimento de Esquerda Socialista (1974)


MFP - Movimento Federalista Português (1974)- Existiu só entre 6 de Maio e 28 de Setembro de 1974


MJT - Movimento da Juventude Trabalhadora (1974)


MLM - Movimento de Libertação das Mulheres (1974)


MPP - Movimento Popular Português (1974)


MPP - Movimento Popular Português (1974)


MRPP - Movimento Reorganisativo do Partido do Proletariado (1970)


MUT - Movimento para a Unidade dos Trabalhadores (1974)


MUT - Movimento para a Unidade dos Trabalhadores (1974). Originário do POUS, em 1999 retomou a denominação original POUS


NRE - Núcleos Revolucionários do Exército (1974)


PCP - Partido Comunista Português (1921)


PCP (m-l) - Partido Comunista de Portugal (marxista-leninista) (1970)


PCSD - Partido Cristão Social Democrata (1974) - nunca se legalizou


PDC - Partido da Democracia Cristã (1974)


PL - Partido Liberal (1974)- dissidentes da Convergência Monárquica


PNP - Partido Nacionalista Português (1974)


PP - Partido do Progresso (1974)


PPD - Partido Popular Democrático (1974) - fundado a 6 de Maio ex-Ala Liberal . Renomeado PSD (Partido Social Democrata) em 1977


PPM - Partido Popular Monárquico (1957)


PRP-BR - Partido Revolucionário do Proletariado (1973)


PS - Partido Socialista (1973)


PSDI - Partido Social Democrata Independente (1974)


PSDP - Partido Social-Democrata Português (1974)


PTDP - Partido Trabalhista Democrático Português (1974)


PTDP - Partido Trabalhista Democrático Português (1974) - 1º partido a ser fundado pós 25 de Abril a 3 de Maio - nunca se legalizou


PUP - Partido de Unidade Popular (1974)


RPAC - Resistência Popular Anti-Colonial (1974)


UDP - União Democrática Popular (1974)


UPM - União do Povo da Madeira (1974)


URML - Unidade Revolucionária Marxista-Leninista (1974)


1975


CDCR - Comissão Dinamizadora dos Conselhos Revolucionários (1975)


CDL - Comités de Defesa da Liberdade (1975)


CRAC - Cruzada Renascida Anti-Comunista (1975)


CRAMO - Comissões Revolucionárias Autónomas de Moradores Ocupantes de Lisboa e Arredores (1975)


CRARA - Comissão Revolucionária de Apoio à Reforma Agrária (1975)


CRTSM - Conselho Revolucionário de Trabalhadores, Soldados e Marinheiros (1975)


CVRFA - Comissão de Vigilância Revolucionária das Forças Armadas (1975)


ELP - Exército de Libertação de Portugal (1975)


FAP - Frente de Acção Popular e Antifascista (1975)


FEC(m-l) - Frente Eleitoral dos Comunistas (marxistas-leninistas) (1975). Em 1976 altera a sua designação e sigla para OCMLP


FERP - Frente Eleitoral da Resistência Popular (Anti Social-Fascista e Anti-Fascista) (1975)


FMU - Frente Militar Unida (1975), criada para neutralizar os SUV


FUR - Frente de Unidade Revolucionária (1975)


LIM - Liga Internacionalista Maoista


MARP - Movimento dos Africanos Residentes em Portugal (1975)


MDFA - Movimento democrático das Forças Armadas (1975)


MDLP - Movimento Democrático para a Libertação de Portugal (1975)


MOSNA - Movimento de Salvação Nacional (1975)


OCMLP - Organização Comunista Marxista-Leninista Portuguesa (1975)


OCP(MB)P - Organização Comunista Proletária (Marxista Bolchevique de Portugal (1975)


ORPC (m-l) - Organização para a Reconstrução do Partido Comunista (marxista-leninista) (1975)


ORS - Organização Revolucionária de Sargentos (1975)


PC(R) - Partido Comunista (Reconstruído) (1975)


PRT - Partido Revolucionário dos Trabalhadores (1975). Em 1979 funde-se com a LCI no PSR


SUV - Soldados Unidos Vencerão (1975)


TUV - Trabalhadores Unidos Vencerão (1975)


UCML - União Comunista Marxista Leninista (1975)


UCRP - União Comunista para a Reconstrução do Partido (1975)


UCRP (M-L) - União Comunista para a Reconstituição do Partido (Marxista-Leninista) (1975), fusão das 2 uniões anteriores.


URAP - União de Resistentes Antifascistas Portugueses (1975)


1976


FEPU - Frente Eleitoral Povo Unido - (Coligação entre o PCP, o MDP e a FSP) (1976)


GDUP's - Grupos Dinamizadores de Unidade Popular (1976)


PCTP – Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (1976), ex MRPP


POUS - Partido Operário de Unidade Socialista (1976)


URAP - União de Resistentes Antifascistas Portugueses (1976)


1977


PCTP/MRPP - Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses/MRPP (1977), ex PCTP


1978


APU - Aliança Povo Unido - (Coligação entre o PCP e o MDP) (1978)


PSR - Partido Socialista Revolucionário (1978)


UEDS - União da Esquerda para a Democracia Socialista (1978)


1979


AD - Aliança Democrática - (Coligação entre o PPD/PSD, o CDS e o PPM) (1979)


ASDI - Acção Social Democrata Independente (1979)


MIRN/PDP - Movimento Independente para a Reconstrução Nacional / Partido da Direita Portuguesa (1979)


PT - Partido Trabalhista (1979). Resultante da alteração da denominação da AOC


1980


FUP - Força de Unidade Popular (1980)


MCDF - Movimento Cristão para a Defesa da Família (1980)


PST - Partido Socialista dos Trabalhadores (1980)


1982 - 1999


BE - Bloco de Esquerda (1998)


CDU - Coligação Democrática Unitária (1987)


FER - Frente da Esquerda Revolucionária (1989), proveniente da alteração da denominação da LST


LST - Liga Socialista dos Trabalhadores (1983). em 1989, alterou a sua donominação para FER


MAD - Movimento para o Aprofundamento da Democracia (1983)


MAN - Movimento de Acção Nacional (1985)


MPT - Partido da Terra (1993)


PDA - Partido Democrático do Atlântico (1983)


PEV - Partido Ecologista "Os Verdes" (1982)


PG - Partido da Gente (1995)


PH - Partido Humanista (1999)


PPR - Partido Português das Regiões (1995)


PRD - Partido Renovador Democrático (1985)


PSN - Partido da Solidariedade Nacional (1990)


PXXI - Política XXI (1994). Ex-membros do PCP e MDP/CDE


2000 - 2011


FEH - Frente Ecologia e Humanismo (2009) (MPT+PH)


MEP - Movimento Esperança Portugal (2008)


MMS - Movimento Mérito e Sociedade (2007)


PND - Nova Democracia (2003)


PNR - Partido Nacional Renovador (2000)


PPV - Portugal pro Vida (2009)


PTP - Partido Trabalhista Português (2009)


PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza (2011)


PLD - Partido Liberal Democrata (2011) - resultado da mudança de nome do MMS fundado em 2007


Partidos, Coligações, Movimentos  e Agremiações Políticas, sem os anos de fundação


ACO - Acção Católica Operária


ADS - Acção Democrato-Social


ADS - Aliança de Democracia Socialista


AL - Acção Libertária


ARMD - Associação Revolucionária de Militares na Disponibilidade


ARPE - Acção Revolucioária das Praças do Exército


ARS - Aliança Republicano-Socialista


ASD - Acção Social Democrata


ASJ - Aliança Socialista da Juventude


ASP - Acção Socialista Portuguesa




BAP - Brigadas de Agitação e Propaganda


BASE-FUT - Base-Frente Unitária de Trabalhadores


BRAP - Birgadas Revolucionárias de Agitação e Propagandas


BRIMA - Brigadas Revolucionárias da Independência da Madeira




CAAF - Comité de Acção Antifascista


CAF - Comité Antifascista


CALO - Comités de Apoio às Lutas Operárias


CALP - Centro de Apoio às Lutas Populares


CCR - Comités Comunistas Revolucionários


CCR(ML) - Comités Comunistas Revolucionários (Marxistas-Leninistas)


CEM - Comissão Eleitoral Monárquica


CEOC - Comissões Eleitorais de Operários e Camponeses


CES - Centro de Esquerda Socialista


CLMRP - Comité de Ligação dos Militantes Revolucionários Portugueses


CLN - Comité de Libertação Nacional


CML de P - Comité Marxista-Leninista de Portugal


CMLP - Comité Marxista-Leninista Português


CO (ML) - Círculos Operários (Marxistas Leninistas)


CO - Comissões Operárias


CO - Comités Operários


CP25A - Centros Populares 25 de Abril


CPLAI - Comité Português de Luta Anti-Imperialista


CPML - Comités de Propaganda Marxista-Leninista


CPS - Cristãos pelo Socialismo


CPV - Comité "O Proletariado Vencerá"


CR - Conselho das Repúblicas


CRAE - Comités Revolucionários Anti-Eleitorais


CRAMOS - Comissões Revolucionárias Autónomas de Moradores


CRCFPML - Comité Revolução Comunista pela Formação do Partido Marxista-Leninista


CTV - Comités Toupeira Vermelha


CUAI - Comissão Unitária Anti-Imperialista


CUALRG - Comissão Unitária de Apoio à Libertação de Rui Gomes


CUAM - Comissão de Unidade Antifascista do Metro


CUEMCF - Comissão de Unidade dos Ex-Militares Contra o Fascismo


CULIC - Comités Unitários para a Libertação Imediata das Colónias


CUM - Comissão de Unidade Militar


CUM - Comissões Unitárias de Mulheres


CUO - Comissões de Unidade Operária


CUOCC - Comissão de Unidade Operária da Construção Civil


CUOM - Comissão de Unidade Operária Metalúrgica


CUP - Comissão de Unidade Popular


CUR - Comissão de Unidade Revolucionária


CURAF - Comando de Unidade Revolucionária Antifascista


CUT - Comissão Unitária de Trabalhadores


CVA - Comités de Vigilância Armada


CVAF - Comités de Vigilância Antifascista


CVRFA - Comité de Vigilância Revolucionária da Força Aérea




EDE - Esquerda Democrática Eleitoral


EDE - Esquerda Democrática Estudantil


ER - Esquerda Revolucionária




FAF - Frente Antifascista


FAI - Federação Anarquista Ibérica


FAO - Federação das Associações Operárias


FAP - Frente de Acção Patriótica


FAPAP - Frente de Acção Popular dos Artistas Plásticos


FAPE - Federação dos Anarquistas Portugueses Exilados


FAPIR - Frente dos Artistas Populares e Intelectuais Revolucionários


FAPLE - Frente Antitotalitária de Portugueses Livres no Exílio


FARP - Federação Anarquista da Região Portuguesa


FARP - Forças Armadas Revolucionárias do Povo (Guiné)


FAU - Frente de Acção Universitária


FCR - Frente Comunista Revolucionária


FDT - Força Democrática do Trabalho


FEAR - Frente Estudantil de Acção Revolucionária


FEM - Frente dos Estudantes Nacionalistas


FEML - Federação dos Estudantes Marxistas-Leninistas


FERP - Frente Eleitoral da Resistência Popular


FIA - Frente Independente Alentejana


FIJL - Federação Ibérica das Juventudes Libertárias


FLOC - Frente de Libertação Operária e Camponesa


FLU - Frente de Libertação e Unidade


FN - Frente Nacionalista


FNR - Frente Nacional Revolucionária


FO - Força Operária


FO - Fraternidade Operária


FP-25A - Forças Populares 25 de Abril


FPAC - Frente Patriótica Anti-Comunista


FPL - Frente Portugal Livre


FPN - Frente Patriótica Nacional


FPOLN - Frente Portuguesa de Libertação Nacional


FRAP - Frente Revolucionária Antifascista e Patriótica em Portugal


FREP - Federação Revolucionária dos Estudantes Portugueses


FREP - Frente Revolucionária dos Estudantes Portugueses


FRS - Frente Revolucionária Socialista


FSMR - Fracção Sindical dos Metalúrgicos Revolucionários


FSN - Frente de Salvação Nacional (depois: MDLP)




GAAC - Grupos de Acção Anti-Comunista


GAAF - Grupo de Ação Antifascista


GAAFAI - Grupo de Acção Antifascista e Anti-Imperialista


GAB - Grupos de Acção de Base


GAC - Grupo de Acção Cultural "Vozes na Luta"


GAC - Grupos de Acção Comunista


GADAF - Grupos de Acção Directa Antifascista


GAF - Grupos Antifascistas


GAFUPC - Grupo de Apoio à Formação de Uniões Populares Camponesas


GAP - Grupos de Acção Popular


GAR - Grupo Autónomo Revolucionário


GCA - Grupos de Consciência Antifascista


GCB - Grupos Cristãos de Base


GCI - Grupo Comunista Internacionalista


GDA - Grupos de Dinamização da Armada


GDE - Grupos de Dinamização do Exército


GDFA - Grupos de Dinamização da Força Aérea


GDMLM - Grupo de Divulgação do Marxismo-Leninismo-Maoismo


GDUP - Grupo Dinamizador de Unidade Popular


GEACAI - Grupos de Estudantes Anti-Colonialistas e Anti-Imperialistas


GIS - Grupo de Intervenção Socialista


GMAO - Grupo Monárquico de Acção Operária


GMAU - Grupo Monárquico de Acção Universitária


GMES - Grupo Monárquico do Ensino Secundário


GMR - Grupo Marxista Revolucionário


GOUMP - Grupo Operário pela Unidade do Movimento Popular


GPVAF - Grupo Popular de Vigilância Antifascista ( Catarina Eufémia)


GQI - Grupo Quarta Internacional


GRAI - Grupo para a Reflexão, Acção e Intervenção


GRS - Grupo Revolução Socialista


GSAL - Grupo de Solidariedade com a América Latina


GTL - Grupo Trabalhadores em Luta


GVAAF - Grupo de Vigilancia e Acção Antifascista


GVAF - Grupos de Vigilância Antifascista




JAC - Juventude Agrária Católica


JAP - Junta de Acção Patriótica


JAPE - Juntas de Acção Patriótica de Estudantes


JAPPA - Junta de Acção Patriótica dos Portugueses de Argel


JAR - Juventude Autónoma Revolucionária


JARC - Juventude Agrária Rural Católica


JC - Juventude Centrista


JC(ML) - Juventudes Comunistas (Marxistas-Leninistas)


JCAC - Junta Central de Acção Patriótica


JCP - Juventude Comunista Portuguesa


JCR - Juventude Comunista Revolucionária


JD - Juventude Democrática


JEC - Juventude Escolar Católica


JECI - Juventude Escolar Católica Internacional


JEM - Junta de Estudantes Monárquicos


JILN - Junta Independente de Libertação Nacional


JM - Juventude Monárquica


JMI - Junta Militar Independente


JMR - Juventude Monárquica Revolucionária


JOC - Juventude Operária Católica


JONS - Juntas de Ofensiva Nacional-Sindicalista


JP - Junta Patriótica


JPC - Junta Patriótica Central


JPEPE - Junta Patriótica de Estudantes Portugueses no Estrangeiro


JR - Junta Revolucionária


JS - Juventude Socialista


JSD - Juventude Social Democrática


JSN - Junta de Salvação Nacional


JSR - Juventude Socialista Revolucionária


JUC - Juventude Universitária Católica




LAG - Liga dos Antigos Graduados (da Mocidade Portuguesa)


LC - Luta Comunista


LCPR - Liga para a Construção do Partido Revolucionário


LCR - Liga Comunista Revolucionária


LDP - Liga dos Democratas Portugueses


LDS - Liga Democrática Socialista


LOC - Liga Operária Católica


LP - Legião Portuguesa


LLPM - Liga Popular Monárquica


LPP - Liga dos Patriotas Presos


LST - Liga Socialista dos Trabalhadores




MA - Movimento Associativo


MAC - Movimento Anti-Colonialista


MAD - Movimento para o Aprofundamento da Democracia


MAI - Movimento Académico Independente


MAN - Movimento de Acção Nacional


MAP - Movimento Anticomunista Português


MAP - Movimento de Acção Portuguesa


MAPA - Movimento Açoriano Para a Autonomia


MAPA - Movimento de Autonomia do Povo Açoriano


MAPOS - Movimento Alargado de Praças, Oficiais e Sargentos


MAPRU - Movimento de Agricultores por uma Melhor Previdência Rural


MARP - Movimento para a Autogestão Revolucionária do Proletariado


MAUD - Movimento Académico de Unidade Democrática


MCI - Movimento Comunista Internacional


MCPV - Movimento Cristão Pró-Voto


MD - Movimento Democrático


MDE - Movimento Democrático Eleitoral


MDED - Movimento Democrático das Empregadas Domésticas


MDT - Movimento Democrático do Trabalho


MEFD - Movimento Emancipador Feminino Democrático


MEP - Movimento Ecologista Português


MFP - Movimento Federalista Português


MICP - Movimento Independente dos Cristãos Portugueses


MIJARC - Movimento Internacional da Juventude Agrária Rural Católica


MIP - Movimento Igualista Português


MJC(ML) - Movimento da Juventude Comunista (Marxista-Leninista)


MJP - Movimento Jovem Portugal


MJT - Movimento da Juventude Trabalhadora


MJT - Movimento de Jovens Trabalhadores


MLM - Movimento de Libertação da Mulher


MLP - Movimento Libertário Português


MMLP - Movimento Marxista-Leninista Português


MNAF - Movimento Nacional Antifascista


MND - Movimento Nacional Democrático


MNF - Movimento Nacional Feminino


MNI - Movimento Nacional Independente


MNJD - Movimento Nacional da Juventude Democrática


MODEF - Movimento de Defesa das Explorações Familiares


MOP - Movimento Operário Português


MP - Mocidade Portuguesa


MPAC - Movimento Popular Anti-Colonial


MPAR - Movimento Para a Autogestão Revolucionária


MPAR - Movimento Popular de Acção Revolucionária


MPM - Movimento Popular Monárquico


MPP - Movimento Popular Português


MRML - Movimento Revolucionário Marxista-Leninista


MRP - Movimento Republicano Popular


MSD - Movimento Social Democrata


MSU - Movimento Socialista Unificado


MUP - Movimento de Unidade Popular


MURPI - Movimento Unitário dos Reformados Pensionistas e Idosos


MUV - Milicianos Unidos Vencerão


MV - Movimento Vanguardista




OCPO - Organização Comunista Política Operária


ORA - Organização Revolucionária da Armada


ORE - Organização Revolucionária do Exército


ORFA - Organização Revolucionária das Forças Armadas


ORPC - Organização para a Reconstrução do Partido Comunista


ORSM - Organização Revolucionária de Soldados e Marinheiros


OSV - Organização Sindical Vermelha


OURSM - Organizações de Unidade Revolucionária dos Soldados e Marinheiros


OURTI - Organização de Unidade Revolucionária dos Trabalhadores da Informação




PC de P (ec) - Partido Comunista de Portugal (em Construção)


PC de P - Partido Comunista de Portugal


PC de P(ML ) - Partido Comunista de Portugal (Marxista-Leninista)


PC(ML)P - Partido Comunista (Marxista-Leninista) de Portugal


PDP - Partido da Direita Portuguesa


POS - Partido Operário Socialista


PP-MFP - Partido do Progresso-Movimento Federalista Português


PSDP - Partido Social Democrata Português




UAC - Unidade Anti Colonial


UAP - União Anarquista Portuguesa


UC - Unidade Comunista


UCDC - União do Centro Democrata Cristão


UCML - União Comunista Marxista-Leninista


UEC - União dos Estudantes Comunistas


UEC(ML) - União dos Estudantes Comunistas (Marxistas-Leninistas)


UJC - União da Juventude Comunista


UJCP - União da Juventude Comunista Portuguesa


UJCR - União da Juventude Comunista Revolucionária


UJEC(ML) União da Juventude Estudantil Comunista (Marxista-Leninista)


UMAR - União das Mulheres Antifascistas e Revolucionárias


UMC(ML) - União das Mulheres Comunistas (Marxista-Leninista)


UNAF - Unidade Nacional Antifascista


UON - União Operária Nacional


UOR - União Operária Revolucionária


UP - Unidade Popular


UPM - União do Povo da Madeira pela Democracia Popular


UPM - União Popular da Madeira


URML - Unidade Revolucionária Marxista-Leninista


US - União Socialista


USD - União Social Democrata


USR - União Socialista Revolucionária


 Siglas dos partidos concorrentes às primeiras eleições democráticas no nosso país



 Foram estes os partidos concorrentes às primeiras eleições livres e democráticas no nosso país, em Abril de 1975, para se elegerem os primeiros deputados que iriam redigir, também, a primeira Constituição democrática (1976).
 Concorreram doze partidos:
CDS - Centro Democrático Social, 
FEC (M-L) - Frente Eleitoral Marxista Leninista, 
 FSP - Frente Socialista Popular, 
LCI - Liga Comunista Internacional, 
MDP/CDE - Movimento Democrático Português, 
MES - Movimento da Esquerda Socialista, 
PCP - Partido Comunista Português, 
PPD - Partido Popular Democrático, 
PPM - Partido Popular Monárquico, 
PS - Partido Socialista, 
PUP - Partido da Unidade Popular, 
UDP - Unidade Democrática Popular e, ainda, a 
ADIM - Associação para a Defesa dos Interesses de Macau.



O PPD (atual PSD), foi o primeiro a fazer colagem de cartazes, e o PS fez o primeiro comício, com Mário Soares, em Faro.
 A participação do povo português foi notável: 91% de eleitores, a maioria, votou pela primeira vez na vida, e os resultados da votação foram os seguintes, em percentagens e número de deputados eleitos: 
 PS 37,87% (116 deputados), 
PPD 26,39% (81), 
PCP 12,46% (30), 
CDS 7,61% (16), 
MDP 4,14% (5), 
UPD 0,79% (1), 
ADIM 0,03% (1).


Onze de março de 1975 
 Onze de março de 1975 Foi uma tentativa falhada de golpe militar, organizada pelo general António de Spínola, ex-presidente da República.
Este incidente político teve na base o clima de afrontamento que se vivia no interior das estruturas das Forças Armadas: de um lado estava o projeto do general Spínola e seus partidários, que exigiam uma concentração do poder político na Presidência, bem como a reestruturação imediata da hierarquia das Forças Armadas, em moldes tradicionais; do outro lado, a persistência, por parte do grupo de capitães mais vanguardistas que estiveram diretamente envolvidos na revolução de 25 de abril de 1974, em não abdicarem de exercer o controlo sobre o processo de democratização, incluindo a independência das colónias de África.
Este clima de tensão, agudizando-se cada vez mais, resultou na tentativa de execução do golpe por parte das forças políticas mais conservadoras. 
No entanto, a movimentação dos partidos políticos (entre eles o PS, o PCP e o MDP/CDE), a atuação do Comando Operacional do Continente (COPCON) e a firmeza dos oficiais da Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas (MFA) rapidamente neutralizariam o golpe.Spínola fugiu para Espanha, juntamente com dezassete outros oficiais implicados, e depois para o Brasil, vindo a fundar o Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), com o intuito de influenciar o decurso dos acontecimentos políticos no País. 
Só seria de novo autorizada a entrada do general após o triunfo do 25 de novembro de 1975.



CDS

O cerco ao Palácio de Cristal durante o I Congresso do CDS em 1975 manteve 700 pessoas reféns e necessitou da intervenção do COPCON. Um episódio que pôs o Mundo a olhar para a Portugal.

As manchetes de dia 26 e 27 de janeiro de 1975













  • INÍCIO
  • O DIA DA VOTAÇÃO
  • EU FUI VOTAR
  • TEMPOS DE ANTENA
  • MEMÓRIAS DA REVOLUÇÃO

























O DIA DA VOTAÇÃO













boloco1

Emissão RTP (1975) – parte 1

Reveja aqui a primeira parte da emissão da RTP em 1975, retransmitida pela RTP Memória, 40 anos depois.













bloco2

Emissão RTP (1975) – parte 2

3boloco

Emissão RTP (1975) – parte 3

boloco4

Emissão RTP (1975) – parte 4

bloco5

Emissão RTP (1975) – parte 5

bloco6

Emissão RTP (1975) – parte 6

primresult

Primeiros resultados oficiais

emissaoTV

A primeira noite eleitoral da RTP em democracia

costagomesvota

General Costa Gomes saúda populares antes de votar

arnaldo

Arnaldo Matos detido na véspera da votação

1975-1

Discurso do Presidente da República Gen. Costa Gomes

1975-3

Longas filas para votar

vascogon

Vasco Gonçalves vota em Lisboa

cobertradio

Cobertura das eleições na rádio

berlengas

Voo frustrado para as Berlengas

cs estrangeira

As eleições vistas pela imprensa estrangeira

- See more at: http://media.rtp.pt/eleicoeslivres40anos/dia-da-votacao/#sthash.cW2TQnPY.dpuf
aaaaaa

SOLDADOS UNIDOS VENCERÃO! ...E OS CREDORES EXTERNOS TAMBÉM!

Depois de os termos visto mais abaixo a pontapear reaccionários e aqui embuçados numa conferência de imprensa, é pertinente recordarmos ao que se propunham os membros daquela organização de Soldados Unidos Vocacionados para Vencer. Para isso recuperemos o manifesto com que eles se apresentaram em Setembro de 1975 ao povo trabalhador. Hoje, a redacção dada ao manifesto será capaz de nos fazer sorrir, mas o alerta para esse tipo de incompreensão foi uma das passagens mais interessantes da entrevista que o Papa Francisco deu recentemente à SIC Notícias: o conselho para que nos obriguemos a ler os textos considerando a hermenêutica da época que os viu nascer.

SOLDADOS UNIDOS VENCERÃO (S.U.V)
MANIFESTO
1 – Soldados Unidos Vencerão (SUV) é uma frente unitária anti-capitalista e anti-imperialista que aparece no momento em que a reacção fascista se organiza de novo, aproveitando-se das hesitações e das divisões introduzidas no seio dos trabalhadores assim como da política dos governos que não souberam nem quiseram defender as justas reivindicações das lutas dos operários e camponeses dos quais, nós, soldados, fazemos parte.
2 – Considerando que já por diversas vezes fizemos cedências à burguesia nomeadamente ao submetermos a nossa luta à aliança com o MFA, movimento de oficiais das Forças Armadas, que por causa das suas contradições e hesitações no passado, e de hoje estar ao serviço de elementos contra-revolucionários, nos tem valido não só o afastamento e hostilidade de camadas importantes da população (especialmente os nossos irmãos camponeses), como também a desmoralização de numerosos combatentes das nossas fileiras e o adormecimento perante a ofensiva reaccionária dentro e fora dos quartéis,
S.U.V. propõe-se levar a cabo uma ofensiva autónoma com carácter de classe- Para lutar por uma vida democrática nos quartéis (impondo eleições e funcionamento democráticos das ADU´s, a livre circulação de imprensa e propaganda operária e popular, e a realização de plenários de soldados quando e sempre nós o queiramos);
- Para lutar pela constituição de comissões de soldados, órgãos de poder dos trabalhadores fardados nos quartéis, eleitas e revogáveis a todo o momento em plenários de soldados;
- Para incentivar e aprofundar a ligação dos órgãos de poder popular (comissões de trabalhadores, conselhos de aldeia e comissões de moradores), fortalecendo o poder dos explorados através de Assembleias Populares;
- Pela expulsão dos oficiais reaccionários;
- Contra todas as tentativas de afastamento de militares progressistas;
- Pela melhoria das condições de vida dos soldados (contra o pré de miséria, pelos transportes gratuito, pelo rancho comum, contra a disciplina militarista).
3 – Soldados Unidos Vencerão (S.U.V.) luta com todos os trabalhadores, pela preparação de condições que permitam a destruição do exército burguês e a criação do braço armado do poder dos trabalhadores: o Exército Popular Revolucionário.

SEMPRE, SEMPRE AO LADO DO POVO É O NOSSO LEMA
OPERÁRIOS, CAMPONESES, SOLDADOS E MARINHEIROS – UNIDOS VENCEREMOS    

S.U.V.          SOLDADOS UNIDOS VENCERÃO Setembro/1975
Em pleno PREC quem escrevia e quem lia aquilo que consta do manifesto levava-se muito a sério, com uma seriedade que actualmente, 39 anos depois, pensando em muitos dos que foram intervenientes directos daqueles acontecimentos, talvez nem interesse que os outros compreendam… Como quem cá ainda estiver em 2050 há-de troçar com o mesmo distanciamento de toda esta conversa ideológica actual de termos vivido para além das nossas possibilidades e das virtualidades de implementar uma austeridade ainda mais severado que a proposta pelos representantes do sindicato dos nossos credores externos…

Mau grado a retórica, a estratificação das classes não desapareceu e os países prosseguem depois das bancarrotas.
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POEMA 25 de ABRIL 1974

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Cartaz «Liberdade» comemorativo do 10.º aniversário do 25 de Abril de 1974

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Vieira da Silva 1984

Portugal 25 Abril 1974

Portugal 25 Abril 1974
Lisboa, 1974 - Biblioteca Nacional Digital purl.pt 140 × 196Pesquisar por imagens Portugal 25 Abril 1974 / [foto.] Sérgio Guimarães. - Lisboa : S. Guimarães, 1974 ([Lisboa]: : Tip. Anuário). - 1 cartaz : color. ; 69x48 cm

J-João Nunes: Escola B+2,3 de Alfândega da Fé

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J-1987-1988- Em Cima- Esquerda para direito: Sara Afonso- Lucinda Silva- Anabela Afonso- Cristiana Relhas- Catarina Araújo- Luísa Ferreira- Em Baixo- 1ª fila-Susana Pinheiro- Paula Couraceiro- Susana Duque Dias- Teresa Vitor

AL: TABERNA DA CHIQUINHA E PCP

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P-DOSSIER 2ª REPÚBLICA * José - Pedro Gonçalves Edições AFRODITE 1976

P-DOSSIER 2ª REPÚBLICA * José - Pedro Gonçalves Edições AFRODITE 1976
DOSSIER 2ª REPÚBLICA (OS 2 VOLUMES) José-Pedro Gonçalves Capa: Henrique Manuel Colecção Documentos Edição, Arranjo gráfico e direitos de Fernando Ribeiro de Mello / Edições Afrodite Brochado, Lisboa 1976 Conteúdos: Leis Constitucionais / Legislação Ordinária / Discursos Oficiais / Acordos / Notas Oficiosas / Comunicados / Proclamações / Decisões 1.º Volume – 25/4/74 – 25/4/75 2º Volume - 25/4/75 - 25/11/75

P-Greves e Conflitos Sociais em Portugal no Século XX

P-Greves e Conflitos Sociais em Portugal no Século XX
Coordenação: Joana Dias Pereira, Raquel Varela, Ricardo Noronha

25 de ABRIL 2015: ALFÂNDEGA DA FÉ

25 de ABRIL 2015: ALFÂNDEGA DA FÉ
Carvalho da Silva e Carla Franco

25-A CANTIGA É UMA ARMA

25-A CANTIGA É UMA ARMA
A CANTIGA É UMA ARMA VOZES NA LUTA - VL-1 003 A Cantiga É Uma Arma (José Mário Branco) - Viva A Guiné-Bissau Livre e Independente (José Mário Branco)

25- Maria Helena Vieira da Silva,

25- Maria Helena Vieira da Silva,
Maria Helena Vieira da Silva, “A Poesia Está na Rua II”, 1975, têmpera sobre papel, 105×79,5 cm, Museu da Fundação Arpad-Szenes-Vieira da Silva, Lisboa Nota: Esta é a segunda de três obras que Maria Helena Vieira da Silva criou para celebrar a Revolução dos Cravos, na sequência de um pedido feito por Sophia de Mello Breyner Andresen.

25-O FACHO

25-O FACHO
O FACHO ESTÚDIO - EEP 50340 O facho (Fernando Tordo/José Niza) - Venham Mais Cinco (José Afonso) - O Povo Em Marcha (Ary dos santos/Braga santos) - A Vitória É Difícil (José Jorge Letria) Arranjos e direcção de orquestra e coros de Shegundo Galarza. Capa de Jorge Rosa.

25-CANÇÕES DE ABRIL

25-CANÇÕES DE ABRIL
FACE A Terras De Garcia Lorca (Ary dos Santos/Nazareth Fernandes) - País Irmão (Ary dos Santos/Braga Santos) - O Povo Em Marcha (Ary dos Santos/Braga Santos) - Cravos Da Madrugada (Mário Castrim/Nazareth Fernandes) - Bandeira Da Vitória (Mário Castrim/Nazareth Fernandes) - Cantaremos/Lutaremos (G. Preto/Braga Santos) FACE B Soneto Do Trabalho (Ary dos Santos/Fernando Tordo) - Somos Livres (Ermelinda Duarte) - Portugal Ressuscitado (Ary dos Santos/Pedro Osório) - Obrigado Soldadinho (Ary dos Santos/popular) - Hino Do Trabalho (António Feliciano de Castilho/Shegundo Galarza) - Já Chegou A Liberdade (Ary dos Santos/popular) Arranjos e direcção de Jorge Palma. Vozes de João Henrique, Waldemar Ramalho, Henrique Tabot, Jorge Palma, Tonicha e Fernando Tordo. Participação de Jorge Palma (piano), Mike Sergeant (violas), Luís Duarte (baixo) e Vítor Mamede (bateria e percussão), entre outros.

25-LIBERDADE

25-LIBERDADE
UNIVERSAL - 2014 Foi Aos 25 Dias de Abril (Sérgio Godinho/Jorge Constante Pereira) - Já Joguei ao Boxe - O Acesso Bloqueado - Liberdade - Foi A Trabalhar - Maré Alta - Fotos Do Fogo - Lisboa Que Amanhece - Maçã Com Bicho (Sérgio Godinho/João Cardoso/Nuno Rafael) - Na Rua António Maria (José Afonso) - O Fugitivo - Etelvina - Tem O Seu Preço - Que Força É Essa - A Noite Passada - Liberdade As três novidades (quase) absolutas: "Foi Aos 25 Dias de Abril", tema com letra minha e música do Jorge Constante Pereira, apenas figurou num cd-rom infantil publicado nos 25 anos da data fundadora. Achei por bem abrir o concerto com palavras tão simples e abrangentes como a alegria desse dia. "Na Rua António Maria" é uma canção do Zeca Afonso que ele nunca gravou e percebe-se porquê: feita na altura da mudança d nome da PIDE para DGS, um inútil branqueamnto da sua função, teria sido imediatamente proibida, desde já por nomear no título a rua da sede da "primaz instituição". Finalmente, "Tem O Seu Preço" é um fado-marcha composto em Janeiro de 2014 para "Tropa-Fandanga", do Teatro Praga; uma revisitação renovada dos códigos da revista à portuguesa, posta em cena com enorme êxito no Teatro Nacional D. Maria II. Sérgio Godinho nas notas do álbum

25-PORTUGAL RESSUSCITADO

25-PORTUGAL RESSUSCITADO
PORTUGAL RESSUSCITADO ZIP ZIP - 30 052/S Portugal Ressuscitado (Ary dos Santos/Pedro Osório) - In-Memoriam (Ary dos Santos) - Canção Combate (Ary dos Santos/Fernando Tordo) Este é um dos primeiros discos surgidos após o 25 de Abril. A participação do Grupo In-Clave, Fernando Tordo e Tonicha, arranjos e direcção de Pedro Osório. No lado A “Portugal Ressuscitado”, poema de José Carlos Ary dos Santos para música de Pedro Osório. No lado B Ary dos Santos recita o poema “In-Memoriam” seguindo-se a “Canção Combate”, poema de Ary dos Santos para música de Fernando Tordo. O estribilho de “Portugal Ressuscitado” diz: Agora o povo unido Nunca mais será vencido Nunca mais será vencido No dia 06 de Setembro de 1974, no Pavilhão dos Desportos, em Lisboa, realizou-se um grande comício, presidido por Ruy Luís Gomes, de apoio à luta do povo chileno contra a ditadura de Pinochet. Um jornalista chileno, em reportagem, e enquanto todo o pavilhão gritava: “O Povo unido jamais será vencido!”, comentou para um jornalista do “Diário Popular” que isso o encheu de suores frios, pois já ouvira aquele mesmo grito nas ruas de Santiago. Sabemos como acabou. Foto da capa de Cipriano Dourado Estúdios Musicorde Uma produção da Sassetti, S.A.R.L. Colaboração de Gin-Tonic

25- ALEGRIA NA LUTA

25- ALEGRIA NA LUTA
ALEGRIA NA LUTA TOMA LÁ DISCO - TLS 004/76 Alegria No Trabalho (Ary dos Santos/Fernando Tordo) - O Trabalho (Ary dos Santos/Fernando Tordo) Participação de Fernando Tordo, Paulo de Carvalho, Carlos Alberto Moniz, Alfredo Vieira de Sousa, Madalena Leal e Maria de Lourdes Nunes dos Santos, arranjo e direcção de Pedro Osório, coordenador de produção Luiz Vilas-Boas.

25- ARY DOS SANTOS

25- ARY DOS SANTOS
NESTA CASA: ARY DOS SANTOS Rua da Saudade, Lisboa.

25- CANTAREMOS -TONICHA

25- CANTAREMOS -TONICHA
Lutaremos (lutaremos) Venceremos (venceremos) Cantaremos (cantaremos).

25- O MENINO ARY DOS SANTOS

25- O MENINO ARY DOS SANTOS
O MENINO ARY DOS SANTOS CBS - 463055 1 Lado 1 Panteísmo – Canção Triste – Inutilidade – Altissimus – Ambição Lado 2 Maturidade – Incógnita – Chama – Instante Orquestrações de José Calvário. Gravado em Londres nos Angel Studios em Junho e Julho de 1988. Quando em 1984 o Abílio Mendes me mostrou o livro “Asas” do José Carlos, foi nesse dia que nasceu "O Menino Ary dos Santos”. Desconhecia aquelas páginas, de certo modo o Ary tinha-as escondido no seu tempo de outra poesia e na sua obra inimitável para a canção portuguesa. Musiquei o que mais profundamente me lembrou o espaço longo e belo da Rua do Alecrim e da Rua da Saudade. Da angústia e da alegria. Dele. Colaboração de Gin-Tonic

25-Raquel Varela: História do Povo na Revolução Portuguesa 1974/75

25-Raquel Varela: História do Povo na Revolução Portuguesa 1974/75
Raquel Varela: «Nacionalizações tentaram parar controlo operário em 1975»

25-O DIA 25 DE ABRIL DE 1974 - 76 FOTOGRAFIAS E UM RETRATO - Fotografias de Alfredo Cunha

25-O DIA 25 DE ABRIL DE 1974 - 76 FOTOGRAFIAS E UM RETRATO - Fotografias de Alfredo Cunha
O DIA 25 DE ABRIL DE 1974 76 FOTOGRAFIAS E UM RETRATO Fotografias de Alfredo Cunha Textos e Legendas de Adelino Gomes Br., 144 p., 24*16 cm, CONTEXTO Editora Lisboa 1999

25-25 DE ABRIL - Documento - Coord.: Afonso Praça e outros - 1974

25-25 DE ABRIL - Documento - Coord.: Afonso Praça e outros - 1974
25 de Abril / Compil. Afonso Praça... [et al.]

25-A REVOLUÇÃO DAS FLORES', 3 volumes (1976)

25-A REVOLUÇÃO DAS FLORES', 3 volumes (1976)
Portugal - Do 25 de Abril à descolonização - O dia a dia do PREC

25-Ascenção, apogeu e queda do M.F.A. / Diniz de Almeida

25-Ascenção, apogeu e queda do M.F.A. / Diniz de Almeida
Os dois volumes são ilustrados com fotografias e fac-similes de documentos.

25-MELO ANTUNES

25-MELO ANTUNES
Numa longa conversa com Manuela Cruzeiro, o ideólogo do 25 de Abril faz revelações sobre o PREC e a descolonização. E explica o seu papel em todo o processo ...

Ten. General Alípio Tomé Pinto O Capitão do Quadrado

Ten. General Alípio Tomé Pinto O Capitão do Quadrado

25-CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA - 1976

25-CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA - 1976
Constituição da República Portuguesa, 1976

25- PORTUGAL: 30 ANOS DE DEMOCRACIA (1974-2004)

25- PORTUGAL: 30 ANOS DE DEMOCRACIA (1974-2004)
MANUEL LOFF (COORD.) MARIA DA CONCEIÇÃO MEIRELES PEREIRA (COORD.) U.PORTO EDIÇÕES, 2006

25-Aqui Emissora da Liberdade.

25-Aqui Emissora da Liberdade.
Maia, Matos Aqui Emissora da Liberdade. 1.ª edição: Rádio Clube Português, 1975 (esgotada) 2.ª edição: Editorial Caminho, 1999 Lisboa, 1999

25- A Rádio Renascença e o 25 de Abril. Universidade Católica Editora. Lisboa, 2002.

25- A Rádio Renascença e o 25 de Abril. Universidade Católica Editora. Lisboa, 2002.
Ribeiro, Nelson:

25-A fita do tempo da revolução

25-A fita do tempo da revolução
Boaventura de Sousa Santos

25-Capitão de Abril- Capitão de Novembro

25-Capitão de Abril- Capitão de Novembro
Autoría do Coronel Rodrigo Sousa e Castro. "Capitão de Abril, Capitão de Novembro", é um relato sobre um dos períodos mais trubulentos da nossa história mais actual ( PREC)

25-25 DE ABRIL DE 1974: A REVOLUÇAO DOS CRAVOS

25-25 DE ABRIL DE 1974: A REVOLUÇAO DOS CRAVOS
Lincoln Secco COLEÇÃO: serie rupturas Editora:

25-CAPITÃO DE ABRIL - Histórias da guerra do ultramar e do 25 de Abril' De Salgueiro Maia

25-CAPITÃO DE ABRIL - Histórias da guerra do ultramar e do 25 de Abril' De Salgueiro Maia
Da guerra colonial à revolução de 25 de Abril de 1974

25-1974 - O Ano Que Começou em Abril”

25-1974 - O Ano Que Começou em Abril”
António Luís Marinho e Mário Carneiro

25-“Capitãs de Abril”

25-“Capitãs de Abril”
Ana Sofia Fonseca | a esfera dos livros

25-O 25 DE ABRIL MINUTO A MINUTO

25-O 25 DE ABRIL MINUTO A MINUTO
José Carlos Marques (2010):Edição Presslivre Lisboa, 2010

25-25 de Abril - Mitos de uma Revolução

25-25 de Abril - Mitos de uma Revolução
Maria Inácia Rezola: A Esfera dos Livros

25-Portugal: os Anos do Fim

25-Portugal: os Anos do Fim
de Jaime Nogueira Pinto Ensaio político (reedição D. Quixote, 2014)

25-Vasco Lourenço do Interior da Revolução

25-Vasco Lourenço do Interior da Revolução
Maria Manuela Cruzeiro (referência), Lisboa, Âncora

25-“Zeca Afonso – Livra-te do Medo”

25-“Zeca Afonso – Livra-te do Medo”
José A. Salvador

25-O 25 de Abril e o Conselho de Estado: a questão das actas

25-O 25 de Abril e o Conselho de Estado: a questão das actas
Maria José Tíscar Santiago; pref. Marce

25-Os Estados Unidos da América e a Democracia Portuguesa.

25-Os Estados Unidos da América e a Democracia Portuguesa.
As Relações Luso-Americanas na Transição

25-Vice-rei do Norte, Memórias e Revelações

25-Vice-rei do Norte, Memórias e Revelações
Pires Veloso, Âncora, Lisboa,

25-“Novembro” de Jaime Nogueira Pinto

25-“Novembro” de Jaime Nogueira Pinto

25-Carlucci vs. Kissinger - Os EUA e a Revolução Portuguesa

25-Carlucci vs. Kissinger - Os EUA e a Revolução Portuguesa
Bernardino Gomes e Tiago Moreira de Sá, L

25-Os Militares na Revolução de Abril

25-Os Militares na Revolução de Abril
Maria Inácia Rezola: Edição/reimpressão: 2006 : Editor: Campo da Comunicação

25-Os Dias Loucos do PREC

25-Os Dias Loucos do PREC
Adelino Gomes e José Pedro Castanheira, Lisboa, ed. Público/Expresso

25-A Revolução dos Cravos

25-A Revolução dos Cravos
Lincoln Secco, Editora Alameda

25-Pulsar da Revolução, Cronologia da revolução de 25 de Abril (1973-1976),

25-Pulsar da Revolução, Cronologia da revolução de 25 de Abril (1973-1976),
Boaventura de Sousa Santos

25-Segredos de Abril

25-Segredos de Abril
José Manuel Barroso, Lisboa, Editorial Notícias

25-Do Estado Novo ao 25 de Abril

25-Do Estado Novo ao 25 de Abril
Instituto de História e Teoria das Ideias, Faculdade de Letras, Coimbra, 1995

História Contemporânea de Portugal Do 25 de Abril à Actualidade - Volume 1

História Contemporânea de Portugal Do 25 de Abril à Actualidade - Volume 1
António José Telo

25- Revolução Portuguesa de 25 de Abril de 1974 (The Portuguese Revolution of 25 April 1974),

25- Revolução Portuguesa de 25 de Abril de 1974 (The Portuguese Revolution of 25 April 1974),
CHILCOTE (Ronald H.)

25-Publicado em Junho de 1974, este Portugal Livre

25-Publicado em Junho de 1974, este Portugal Livre
Adelino Gomes e Fernando Assis Pacheco juntam-se as fotos de Eduardo Gageiro, Alfredo Cunha, Carlos Gil, Inácio Ludgero e outros

25-O Último Dia da Pide (1974)

25-O Último Dia da Pide (1974)
Edição do Movimento Democrático do Porto Porto 1974

25-Cantores de Abril. Entrevistas a Cantores e outros protagonistas do “CANTO DE INTERVENÇÃO”

25-Cantores de Abril. Entrevistas a Cantores e outros protagonistas do “CANTO DE INTERVENÇÃO”
Autoria: Eduardo M. Raposo Temas: História Contemporânea, História de Portugal, Musicologia Colecção: História Geral (Extra-colecção)

25-Viagem ao Mundo da Reforma Agrária

25-Viagem ao Mundo da Reforma Agrária
Texto por: Calado Trindade Ilustrações por: Manuel Lucena e Mot

25--O SEGREDO DO 25 DE NOVEMBRO José Freire Antunes [Europa-América]

25--O SEGREDO DO 25 DE NOVEMBRO José Freire Antunes [Europa-América]
O segredo do 25 de Novembro / José Freire Antunes ; pref. Vasco Graça Moura AUTOR(ES): Antunes, José Freire, 1954-; Moura, Vasco Graça, 1942-, pref. PUBLICAÇÃO: Mem Martins : Europa-América, [1980]

25-O PODER LOCAL E REGIONAL NA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE 1975-1976,

25-O PODER LOCAL E REGIONAL NA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE 1975-1976,
JOSÉ ANTÓNIO COSTA FE

25-DIÁRIO DA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE (1975-1976), III vols.

25-DIÁRIO DA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE (1975-1976), III vols.

25-Do 25 de Abril ao 25 de Novembro

25-Do 25 de Abril ao 25 de Novembro
Memória do Tempo Perdido, Paradela de Abreu, Lisboa, Intervenção

25-AS PORTAS QUE ABRIL ABRIU – ARY DOS SANTOS Ary dos Santos

25-AS PORTAS QUE ABRIL ABRIU – ARY DOS SANTOS Ary dos Santos

25-'SALGUEIRO MAIA - Um Homem da Liberdade' De António de Sousa Duarte

25-'SALGUEIRO MAIA - Um Homem da Liberdade' De António de Sousa Duarte
Edição Círculo de Leitores Lisboa 1995

25-PARA ALÉM DO PORTÃO

25-PARA ALÉM DO PORTÃO
Nuno Andrade

25-"Lisboa 25 de Abril de 1974 - Breve Roteiro Fotográfico",

25-"Lisboa 25 de Abril de 1974 - Breve Roteiro Fotográfico",
"Lisboa 25 de Abril de 1974 - Breve Roteiro Fotográfico", Alfredo Cunha, Eduardo Gageiro, José Antunes, prefácio de Mário Soares, Contexto, 1994,

25 «ERA UMA VEZ O 25 DE ABRIL», DE JOSÉ FANHA

25 «ERA UMA VEZ O 25 DE ABRIL», DE JOSÉ FANHA

25-O Ataque aos Milionários

25-O Ataque aos Milionários
Pedro Jorge Castro

25-A HORA DA LIBERDADE – VÁRIOS AUTORES

25-A HORA DA LIBERDADE – VÁRIOS AUTORES

25-EDUARDO GAGEIRO APRESENTA LIVRO “LIBERDADE” NO BARREIRO

25-EDUARDO GAGEIRO APRESENTA LIVRO “LIBERDADE” NO BARREIRO

25-Vinte Cinco a Sete Vozes,

25-Vinte Cinco a Sete Vozes,
Alice Vieira, da Caminho,

25-Romance Do 25 De Abril Coleção: Livros dos quatro ventos MESSEDER, JOÃO PEDRO

25-Romance Do 25 De Abril Coleção: Livros dos quatro ventos MESSEDER, JOÃO PEDRO
Romance Do 25 De Abril Coleção: Livros dos quatro ventos MESSEDER, JOÃO PEDRO Ano da Edição / Impressão / 2014 Número Páginas / 32 ISBN / 9789722118613 Editora / CAMINHO

25-História de Portugal - Portugal em Transe - Vol. VIII (1974 - 1985)

25-História de Portugal - Portugal em Transe - Vol. VIII (1974 - 1985)
De José Mattoso, José Medeiros Ferreira

25-Revolução ou Transição?

25-Revolução ou Transição?
Editor:Bertrand Editora- RAQUEL VARELA

25:Alvorada em Abril

25:Alvorada em Abril
Otelo Saraiva Carvalho

25-TORTURA DEPOIS DE ABRIL' De Manuela Preto Edições Literal Lisboa 1977

25-TORTURA DEPOIS DE ABRIL' De Manuela Preto  Edições Literal  Lisboa 1977

Dicionário de história do estado novo por dir. Fernando Rosas, J. M. Brandão de Brito Publicação: V

Dicionário de história do estado novo por dir. Fernando Rosas, J. M. Brandão de Brito Publicação: V
direcção de Fernando Rosas, J. M. Brandão de Brito ; coordenação e pesquisa iconográfica de Maria Fernanda Rollo ; revisão tipográfica de Henrique Barbosa

25-AUTOCLANTES

25-AUTOCLANTES

«Tudo a Nu, Com Parra Nova"

«Tudo a Nu, Com Parra Nova"
Em 1973 estreava no Teatro ABC a revista "Tudo a Nu", levada a cabo pelo empresário Sérgio de Azevedo e escrita por Francisco Nicholson e Mário Alberto. A revista foi um enorme sucesso de crítica e de público, mesmo que alguns números tenham sido cortados pela censura. Mas em 1974, após o 25 de Abril, já com a liberdade, é finalmente reestreada a mesma revista, com alguns números novos, e com o novo títiulo: «Tudo a Nu, Com Parra Nova". O elenco mantinha-se o mesmo: Anabela; Francisco Nicholson; Henrique Viana; Aida Baptista; Rui Mendes; Maria Tavares e com a presença especial de Vitória Maria e José Bravo, duas belas vozes da canção portuguesa.

COOPERATIVA AGRÍCOLA de ALFÂNDEGA DA FÉ

COOPERATIVA AGRÍCOLA de ALFÂNDEGA DA FÉ
Luísa Isabel M. Cortinhas

SITE DO MUSEU

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Acerca de mim

joão nunes
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  • SITE ALFÂNDEGA 1974

E-mail: professorjoaonunes@gmail.com

  • Contacto
  • SENHAS: 1ª e 2ª- DO 25 DE ABRIL 1974

    • E DEPOIS DO ADEUS
    • GRÂNDOLA VILA MORENA

    E DEPOIS DO ADEUS

    GRÂNDOLA VILA MORENA

    SONS DE ABRIL

    • A 1ª senha, para o início das operações militares a desencadear pelo Movimento das Forças Armadas, foi dada por João Paulo Dinis aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa: «Faltam cinco minutos para as vinte e três horas. Convosco, Paulo de Carvalho com o Eurofestival 74, E Depois do Adeus ...».
    • A 2ª senha, para continuação do golpe foi dada pela canção Grândola, Vila Morena, de José Afonso, gravada por Leite de Vasconcelos e posta no ar por Manuel Tomás, no programa Limite da Rádio Renascença, à meia-noite e vinte, sendo antecedida pela leitura da sua primeira quadra.

    CURRICULUM VITAE

    • CURRICULUM VITAE

    25 de Abril 1974 a 1977- ACTAS DOS BOMBEIROS

    • ACTAS

    A REVOLTA DO PÃO: JOÃO VITOR:1943

    joão · João Vitor REVOLTA DO PÃo 1947

    SOPA DOS POBRES

    ESTADO NOVO: COLONIA DE ANGOLA: CARLOS SIMÕES

    Af: ESTADO NOVO: JOGO DE CARTAS NO BAR DOS BOMBEIROS

    CARNAVAL: ESTADO NOVO

    joao nunes · MR CARNAvAL ANTIGO REGIME COMIDA

    Af: ESTADO NOVO: ANTIGO BAR DOS BOMBEIROS

    Fe-OPOSIÇÃO DEMOCRÁTICA: AO ESTADO NOVO

    ESTADO NOVO:Gab: MIRANDELA:PRESOS POLÌTICOS

    DELEGADO DA LEGIÃO PORTUGUESA: A.M.M.

    C:ESTADO NOVO: GOVERNADOR CIVIL -GOUVEIA

    C e Far: ESTADO NOVO: EMIGRAÇÃO

    DN: Hospital Militar do Porto- 25 de Abril 1974

    Af: ESTADO NOVO: O CADEIRÃO DO PRESIDENTE

    25 DE ABRIL 1974 URBANO EUCÍSIA

    milheiro nuneso · 25 De Abril 1974 E TV E 1 MAIO URBANO Murais

    25 de Abril 1974 E TV CENTRO URBANO PROFESSORA

    milheiro nuneso · Eucísia Urbano Centro 25 De Abril Professora Julieta

    25 de Abril 1974: Guiné

    ALFREDO MAGALHÃES: 25 DE ABRIL 1974

    25 de Abril no Supermercado Araújo

    joão · Assalto Supermercado Araújo 25 De Abril 1974

    M C: 25 DE ABRIL 1974

    COLÉGIO E PADRE ACÁCIO

    UM ALFANDEGUENSE "CAPITÃO DE ABRIL"

    joao nunes · António Miranda "Capitão De Abril" 1974

    25 de Abril 1974: Militares, Murais e Eleições

    joao nunes · 25 De Abril Ne E Militares E Eleiçoes

    J.A.S. 25 de ABRIL 1974: CARTEIRO-TESTEMUNHO

    TESTEMUNHO ORAL: 25 de ABRIL: Z

    AMM: 25 de Abril e depois...Tropas

    HABITANTES DOS PICÕES: EMIGRANTE OUVIU A NOTÍCIA EM PARIS E PROFESSORA DOS PICÕES: C, F. A.

    Ca: 25 de Abril 1974 e....

    Du: PS- 25 de Abril 1974- Junta Gestão.1976

    25 de Abril: Luis Araújo

    joao nunes · 25 De Abril 1974 Luis Araújo

    Lu. A. 25 DE ABRIL ALFÂNDEGA DA FÉ

    ORIGENS DA COMISSÃO ADMINISTRATIVA

    C.A.: COMISSÃO ADMINISTRATIVA E COMISSÃO GESTÃO E ASSALTO DO SUPERMERCADO DO CARLOS ARAÚJO

    COMISSÃO ADMINISTRATIVA: 1974-1975 Fig

    SUPERMERCADO ARAÚJO

    joão · Assalto Supermercado Araújo 1941

    ASSALTO DO SUPERMERCADO DO CARLOS ARAÚJO

    joão · Assalto Do Supermercado Do Carlos Araujo 1975

    MURAL

    joao nunes · 25 De Abril Rogerio Pacheco

    MGC: CASA OCUPADA

    ALFABETIZAÇÃO: A.B.

    BOATO: 1974 e 1975:TESTEMUNHO DO Fi

    HOSPITAL E 2 FEIRAS E PROFESSORES

    Fe: BOATOS

    C.A.: SUV e TUV

    Af: TROPAS SUV

    Le: SUV PRP e PCP

    DN: SUV- Soldados Unidos Vencerão

    JMA: Ocupações

    C: ASSALTO DO SUPERMERCADO ARAÚJO

    C: OCUPAÇÕES DE CASAS: UEC

    ALDEIA VERMELHA- EUCÍSIA: JV

    C: PARTIDOS POLÍTICOS E COMISSÃO ADMINISTRATIVA

    TORRE DO RELÓGIO EM 1977: C.S.

    ESTUDANTES 25 DE ABRIL: Af

    ESCOLA NO 25 DE ABRIL 1974: Alc

    TESTEMUNHO ORAL: COOPERATIVA ALFÂNDEGA DA FÉ E AFONSO

    ANGOLANA DE COR E: 24/03/1953: VALES

    Le: RETORNADOS E ELEIÇÕES

    M: RETORNADOS

    M R: RETORNADA

    Le: POPULAÇÃO ALFANDEGUENSE

    Le: FORÇAS DEMOCRÁTICAS

    Fe: OCUPAÇÕES: CASAS ABANDONADAS

    Fe: Arruaceiros do Assalto à sede do Pcp e casas abandonadas e Tribunal

    C. TESTEMUNHO ORAL: ASSALTO DA SEDE DO PCP PELOS RETORNADOS-

    Af: TESTEMUNHO ORAL: Af FALA COM PIRES VELOSO POR CAUSA DOS RETORNADOS

    PINTURA MURAL:MANUEL CUNHA

    Joaonunesalfandegadafe202 · Manuel Cunha Pintura Mural

    C: CARLOS CASTRO

    Af: RAMALHO EANES

    TESTEMUNHO ORAL: ANTÓNIO BEBIANO- FOI ASSALTADO PELOS RETORNADOS POR Af

    DN:Eleições de 1979: Listas do CDS impugnadas pelo PPD

    ORIGENS LOCAL: PCP LA

    ORIGENS DO PCP LOCAL

    FUNDAÇÃO PCP LOCAL

    FUNDAÇÃO DO PARTIDO SOCIALISTA LOCAL

    FUNDAÇÃO DO PS LOCAL

    LISTAS DO CDS 1979: ATO REALIZADO EM: 16/12/1979- L

    CDS: ORIGENS LOCAL- LIMA

    AMM: CDS Local

    FUNDAÇÃO DO PPM (PARTIDO POPULAR MONÁRQUICO)

    PSD: 1979

    CAMPANHA PS 1989 VAZ

    C: ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS- 1989

    C: BAIRRO DO CASTELO

    ANTIGOS BOMBEIROS E NOVOS

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    • REVISTA MUNICIPAL TURISMO- ALFÂNDEGA DA FÉ- MAPA
    • REVISTA MUNICIPAL N 3 2004
    • REVISTA MUNICIPAL N 2 ABRIL 2003
    • REVISTA MUNICIPAL N 1 SETEMBRO 2002
    • MAPA

    BOLETIM MUNICIPAL

    • BOLETIM N 6- MAIO 2006
    • BOLETIM N 5-AGOSTO 2005
    • BOLETIM SEPARATA- 2005
    • BOLETIM N 4- MARÇO 2005
    • BOLETIM N 3 NOVEMBRO 2004
    • BOLETIM N 2- JULHO 2004
    • BOLETIM N 1-ABRIL 2004
    • BOLETIM N 13-JUNHO 1996
    • BOLETIM N 12- DEZEMBRO 1994
    • BOLETIM N 11- JUNHO 1994
    • BOLETIM N 10- ABRIL 1993
    • BOLETIM N 9- JANEIRO 1993
    • BOLETIM N 8- OUTUBRO 1992
    • BOLETIM N 6- JULHO 1992
    • BOLETIM N 6-JUNHO 1992
    • BOLETIM N 5-ABRIL 1992
    • BOLETIM N 4- JANEIRO 1992
    • BOLETIM N 3- JUNHO 1991
    • BOLETIM N 2- JANEIRO 1991
    • BOLETIM N 1- SETEMBRO 1991

    SUV: SOLDADOS UNIDOS VENCERÃO

    • SUV: PRP- ESQUERDA RADICAL

    HISTÓRIA: ALFÂNDEGA DA FÉ: ARA

    • ESCRITURA DO CARTÓRIO NOTARIAL: ARA- 02/02/1987

    MENSAGEIRO DE BRAGANÇA

    • 1974-1975-1976

    EXPRESSO

    • APReABRIL (spreads)
    • EXPRESSO 25 de Abril 40 anos Vol 2
    • EXPRESSO 25 de Abril 40 anos

    Eleições para a Assembleia Constituinte 1975

    • Lei nº 3/74
    • Aprova a Lei Eleitoral (2ª parte)

    ATLAS: ELEIÇÕES AUTARQUICAS: 1976 a 1993

    • ELEIÇÕES AUTARQUICAS: 1976 a 1993

    ELEIÇÕES

    ELEIÇÕES
    Decreto -Lei nº 85-A/75

    Portugal 1974-1976: o nascimento de uma democracia

    • As linhas da liberdade
    • Os Rostos do 25 de Abril

    ELEIÇÕES

    ELEIÇÕES
    Decreto nº 141-A75 de 19 Março

    COMISSÕES ADMINISTRATIVAS

    • LEI nº 3/74 de 14 Maio
    • Decreto-Lei nº 170/74 de 25 de Abril
    • Decreto-Lei nº 236/74 de 3 de Junho
    • Decreto-Lei nº 556/74 de 31 de Outubro
    • LEI ORGÂNICA DO II GOVERNO PROVISÓRIO

    COMISSÕES ADMINISTRATIVAS

    • LEI nº 3/74 de 14 de Maio
    • Decreto-Lei nº 170-74 de 25 de Abril
    • Decreto-Lei nº 203/74 de 15 de Maio
    • Decreto-Lei nº 236/74 de 3 Junho
    • Decreto-Lei nº 556/74 de 31 de Outubro

    AUTONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DAS ESCOLAS PORTUGUESAS: 1974/1999

    • AUTONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DAS ESCOLAS PORTUGUESAS

    PODER LOCAL

    • Dicionário biográfico do poder local em Portugal, 1936-2013
    • A GOVERNAÇÃO NAS AUTARQUIAS LOCAIS

    Maria Antónia Pires de Almeida

    • Dicionário biográfico do poder local em Portugal, 1936-2013
    • O Poder Local em Portugal e a Transição para a Democracia
    • Longevidade nas autarquias e responsabilização dos autarcas: questões pendentes no poder local em Portugal
    • O Poder Local do Estado Novo à Democracia: Presidentes de câmara e governadores civis, 1936-2012

    MANUAL: A GOVERNAÇÃO NAS AUTARQUIAS LOCAIS

    • MANUAL: A GOVERNAÇÃO NAS AUTARQUIAS LOCAIS

    DICIONÁRIO BIOGRÁFICO DO PODER LOCAL EM PORTUGAL -1936/2013

    • DICIONÁRIO BIOGRÁFICO DO PODER LOCAL EM PORTUGAL

    AUTARQUIAS

    • 1997-2001

    ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

    • PRESIDENTES
    • CAMPANHA POLÍTICA
    • CALENDÁRIO
    • FOLHETO

    ELEIÇÕES AUTARQUICAS

    • AUTARQUIAS

    Presidentes de Câmara de Alfândega da Fé

    • Carlos Augusto Araújo (1974-1975)
    • Carlos Fernando Vieira de Castro (1976-1979)
    • João Carlos Pontes Figueiredo Sarmento (2002/2010)

    Historia Administrativa das Juntas de Freguesia

    1940- Código Administrativo de 1940/ Decreto- lei nº31095 de 31 de Dezembro.
    A Junta de Freguesia é constituída por 3 vogais eleitos quadrienalmente pelos chefes de família. Na primeira reunião é eleito o presidente, o tesoureiro e o secretário.
    Atribuições em que a Junta de Freguesia pode deliberar ( art. 253):

    Recenseamentos dos chefes de família e dos pobres e indigentes;
    Administração de bens próprios e fruição e aproveitamento das águas publicas;
    Construção, reparação, conservação de fontes e caminhos;
    Administração de cemitérios;
    Fundação e administração de instituições de utilidade paroquial;
    Administração de mercados por ela criados;
    Distribuição de socorros, criação de postos de protecção à maternidade e 1ª infância e fiscalização dos expostos e criação de cantinas nas escolas primárias;
    Pelo art.º255, a junta pode ainda:
    Modificar posturas;
    Adquirir bens mobiliários ou imobiliários;
    Executar obras públicas por administração directa ou empreitada;
    Estabelecer taxas;

    1976- Decreto-Lei 701-B/76 de 29 de Setembro
    É alterado o regime eleitoral e a capacidade eleitoral activa. Vem permitir a eleição simultânea de três órgãos:

    Junta de Freguesia;
    Câmara Municipal;
    Assembleia de Freguesia

    SONS DA HISTÓRIA

    • Ouça um extracto de uma das últimas "Conversas em Família"
    • Temos, também, o dever de sermos orgulhosos dos vivos (27-08-1963)
    • Américo Tomás anunciando a destituição de Salazar e a nomeação de um substituto.
    • Intercepção radio de mensagem de forças leais ao regime
    • 2ª SENHA "GRÂNDOLA VILA MORENA"
    • A25A-RECURSOS
    • Primeiro comunicado lido aos microfones do RCP
    • Rendição de Cavalaria 7 (Voz de Salgueiro Maia)
    • Cerco ao Quartel do Carmo
    • Ultimato de Salgueiro Maia à GNR
    • O Capitão Salgueiro Maia dá ordem de abrir fogo contra o Quartel do Carmo
    • Tiros
    • Gritos de vitória (povo junto ao Quartel do Carmo)
    • Chegada do Gen. António de Spínola ao Largo do Carmo
    • Hino do Movimento das Forças Armadas: (Trata-se de uma marcha militar americana da autoria de John Philipp De Souza)
    • Comunicado ao povo - Libertação da pátria, pelo MFA
    • Tomada das sedes da PIDE/DGS (Coimbra, Évora e Beja)
    • Entrevista a Mário Soares, durante o trajecto de comboio entre Coimbra e Lisboa, no seu regresso do exílio
    • José Mário Branco, lendo o comunicado de apresentação pública do Colectivo de Acção Cultural, durante o 2º Espectáculo de Canto Livre em Lisboa, no Teatro S. Luís
    • Extracto do discurso do general Costa Gomes nas comemorações do 5 de Outubro (Lisboa 1974)

    SITE: MEDIA RTP-TVI

    • RTP: ESTADO NOVO- PIDE: NO LIMITE DA DOR- historiadora Dalila Mateus.
    • 1973: DESCOLONIZAÇÃO - A Guiné, o 25 e Abril e o reconhecimento da sua independência.
    • Capitães de Abril em 24 de Novembro de 1973!
    • Capitães/MFA : A conspiração na Guiné - M. Duran Clemente
    • RTP: 40 anos:25 de ABRIL
    • RTP: SONS DE ABRIL
    • TVI: SONS E IMAGENS

    Decreto-Lei 171/74

    • Redigido o Decreto-Lei 171/74, que "entra imediatamente em vigor", visando a extinção da Direcção-Geral de Segurança, da Legião Portuguesa, da Mocidade Portuguesa e da Mocidade Portuguesa Feminina.

    Do 25 de Abril de 74 ao 11 de Março de 75

    Do 25 de Abril de 74 ao 11 de Março de 75 | Memórias da Revolução | RTP

    Peça de Teatro

    • Cravos de Sangue

    CONSELHO DA REVOLUÇÃO

    • CONSELHO DA REVOLUÇÃO

    REPORTAGENS

    • 33 anos do 25 de Abril Trajecto dos militares que fi zeram a revolução

    Lei Constitucional n.º 1/74, de 25 de Abril

    • Lei 1/24: Junta de Salvação (JNS)
    • CNE: Lei 2 e 3/74

    PARTIDOS POLÍTICOS

    • CRONOLOGIA

    SITE: EXTREMA ESQUERDA

    • RTP

    SITES: PARTIDOS POLÍTICOS

    • MEMORIANDO
    • JORNAL: REVOLUÇÃO
    • Partido Revolucionário do Proletariado - PRP-BR
    • (MLS)Movimento Liberal Social
    • (POUS)Partido Operário de Unidade Socialista
    • Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV)
    • Site oficial do JCP-Juventude Comunista Portuguesa
    • Revista «O Militante» - Revista de reflexão e prática do PCP
    • Jornal «Avante!« - Órgão oficial do PCP
    • (PCP)Partido Comunista Português
    • (Ruptura/FER) Frente de Esquerda Revolucionária
    • Partido Socialista Revolucionário (PSR)
    • (PPV)Portugal pro Vida
    • (PDA)Partido Democrático do Atlântico
    • (MEP)Movimento Esperança Portugal
    • Luta Popular Online - Orgão Central do PCTP/MRPP
    • (BE)Bloco de Esquerda
    • LIVRE - Página oficial
    • (PTP)Partido Trabalhista Português
    • AOC - Aliança Operária Camponesa
    • (PSP-E)PARTIDO SOCIALISTA DE PORTUGAL - ESQUERDA
    • (UDP)União Democrática Popular
    • (PS)Partido Socialista
    • (PAN)Pessoas-Animais-Natureza
    • (MPT)Partido da Terra
    • (PPM)Partido Popular Monárquico
    • CDS-PP - Partido Popular
    • (PPD/PSD)Partido Popular Democrático/Partido Social Democrata
    • CDS- Partido do Centro Democrático Social
    • PNR - Partido Nacional Renovador

    Regional da Região Autónoma da Madeira.

    • Aprova a Lei Eleitoral para a Assembleia - Decreto Lei 406/74, de 29 de Agosto

    CURRICULUM VITAE

    • CURRICULUM VITAE

    ALFÂNDEGA DA FÉ

    • CASA GRANDE: ATUAL CÂMARA MUNICIPAL

    DIÁRIOS DA REPÚBLICA: INSTITUTO DE APOIO AO RETORNO DOS NACIONAIS

    • Diários da República - Decreto Lei 181/74, de 2 de Maio
    • Diários da República - Decreto Lei 189/74, de 6 de Maio
    • Instituto de Apoio ao Retorno dos Nacionais -:Decreto-Lei nº 494/75 de 10 de Setembro,
    • Decreto-Lei nº97/81 de 2 de Maio o IARN foi finalmente extinto
    • Extinção do COMISSARIADO PARA OS DESALOJADOS:- Decreto-Lei n.º 350/79 de 30 de Agosto

    SÉCULO ILUSTRADO: Supl. N.º 1895 28 Abr. 1974

    REVISTAS

    • Flama : órgão oficial da Juventude Escolar Católica-N.º 1367 17 Mai. 1974
    • Flama : órgão oficial da Juventude Escolar Católica-N.º 1366 10 Mai. 1974
    • Flama : órgão oficial da Juventude Escolar Católica-N.º 1365 3 Mai. 1974
    • Notícia! : semanário ilustrado: NOTÍCA: ANGOLA: N.º 751 27 Abr. 1974:
    • Notícia! : semanário ilustrado: NOTÍCA: ANGOLA: N.º 752 4 Mai. 1974
    • Notícia! : semanário ilustrado: NOTÍCA: ANGOLA: N.º 753 11 Mai. 1974:
    • VIDA MUNDIAL: N.º 1821 3 Mai. 1974
    • VIDA MUNDIAL: N.º 1822 10 Mai. 1974
    • VIDA MUNDIAL:N.º 1823 24 Mai. 1974
    • O Século Ilustrado: N.º 1896 4 Mai. 1974 O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO

    SITES IMPORTANTES

    • PÚBLICO
    • Site: 25 de ABRIL: Base de Dados Históricos
    • Associação 25 de abril
    • Centro de Documentação 25 de abril – Universidade de Coimbra
    • RTP: 40 ANOS
    • Cronologia do 25 de abril

    ELEIÇÕES LEGISLATIVAS

    • 1976-....

    25 NOVEMBRO 1975

    • 25 NOVEMBRO 1975

    Eleições para a Assembleia Constituinte 1975

    • SUSPENSÃO DO PDC DA AOC E DO MRPP DECRETO N.° 137-E/75, DE 17 DE MARÇO
    • Aprova a Lei Eleitoral (2ª parte) Decreto-Lei 621-C/74, 15 Novembro
    • Lei nº 3/74 Artigos 2º, 3º e 4º
    • Partidos Políticos e Coligações concorrentes à eleição
    • Decreto da Presidência da República nº 141-A/75, publicado no DG nº 66 I Série Suplemento, de 19.03.1975 Altera para 25 de Abril de 1975 a data da eleição dos deputados à Assembleia Constituinte (nota:A 1ª data designada para a eleição recaía em 12.04.1975. Ver DG nº 35 I Série Suplemento, de 11.02.1975)
    • A CONSTITUIÇÃO E A DEMOCRACIA PORTUGUESA
    • O MOVIMENTO DAS FORÇAS ARMADAS E A ASSEMBLEIA CONSTITUINTE NA REVOLUÇÃO PORTUGUESA (1975-1976)
    • Cartazes Político-Partidários 1974-1975
    • ELEIÇÕES CONSTITUINTES
    • 1975 – Eleições constituintes
    • RESULTADOS:Diário do Governo, II Série, Suplemento - nº 115 - 19.05.1975

    Eleições Legislativas 1975 e 1976: Constituição da República Portuguesa

    • PARTIDOS POLÍTICOS e COLIGAÇÕES concorrentes à ELEIÇÃO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA DE 25 Abril 1976
    • Eleições para a Assembleia da República 1976
    • Lei nº 3/74 Artigos 2º, 3º e 4º
    • Aprova a Lei Eleitoral (2ª parte) Decreto-Lei 621-C/74, 15 Novembro
    • Determina quais os indivíduos que, por funções exercidas anteriormente a 25 de Abril de 1974, não podem ser eleitores da Assembleia Constituinte ou eleitos para a mesma Assembleia Decreto-Lei 621-B/74, 15 Novembro
    • Aprova a Lei Eleitoral relativamente ao recenseamento Decreto-Lei 621-A/74, 15 Novembro
    • Decreto da Presidência da República nº 141-A/75, publicado no DG nº 66 I Série Suplemento, de 19.03.1975 Altera para 25 de Abril de 1975 a data da eleição dos deputados à Assembleia Constituinte (nota:A 1ª data designada para a eleição recaía em 12.04.1975. Ver DG nº 35 I Série Suplemento, de 11.02.1975)
    • QUADRO CRONOLÓGICO DAS OPERAÇÕES ELEITORAIS PARA A ELEIÇÃO DA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE
    • Mapa com o número de deputados da Eleição para a Assembleia Constituinte de 25 de Abril de 1975
    • Texto originário da Constituição, aprovada em 2 de Abril de 1976

    AUTARQUIAS

    • ORGÃOS DAS AUTARQUIAS
    • PORTAL DE ELEIÇÕES: PASSADAS
    • COMISSÃO NACIONAL ELEIÇÕES
    • JORNAL DAS AUTARQUIAS
    • Decreto-Lei n.º 701-B/76 de 29 de Setembro
    • Decreto-Lei n.º 701-B/76 de 29 de Setembro
    • Presidentes daCâmara 1976
    • Folheto de Apoio
    • Quadro cronológico das operações eleitorais

    PRESIDENTES Da REPÚBLICA

    • Democraticamente eleitos (a partir de 27 de Junho de 1976)

    BIBLIOGRAFIA

    • PÓS 25 ABRIL

    CRONOLOGIAS

    • TVI
    • DW
    • FUNDAÇÃO MÁRIO SOARES
    • RTP
    • Cronologia Histórica da Revolução: RTP ARQUIVO
    • Efemérides | 25 de Abril de 1974 | Recursos na Internet
    • Cronologia: 25 Abril, o filme do dia
    • Comemorações 25 de Abril | 40 anos
    • A REPÚBLICA
    • CRONOLOGIA: 40 Anos de Democracia

    HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA

    • CURSO

    Contributos para o Estudo do Golpe Militar de 25 de Abril de 1974

    • Fernando Sottomayor*

    25 DE ABRIL

    • Decreto-Lei nº 353/73 de 13 de Julho
    • Decreto-Lei n.º 409/73 de 20 de Agosto: Procurando minimizar as contestações, o ministro do Exército decide retirar os oficiais superiores da guerra. Através da alteração de dois artigos do Decreto-Lei 353/73, os oficiais superiores aí atingidos (majores e tenentes coronéis) deixam de poder ser ultrapassados na escala de antiguidade por ex-milicianos que entrassem no Q.P. através do preconizado nos decretos em causa. Os únicos atingidos passaram a ser os capitães e os subalternos (alferes e tenentes).
    • O MFA NAS COLÓNIAS
    • CRONOLOGIA: ANTECEDENTES

    CONSTITUINTE 25 de ABRIL 1975

    • ASSEMBLEIA CONSTITUINTE
    • RESULTADOS
    • PARTIDOS POLÍTICOS

    PODER LOCAL

    • Portal Autárquico
    • A ANMP - Associação Nacional de Municípios Portugueses
    • Comissão Nacional de Eleições
    • Direção-Geral de Administração Interna (DGAI)
    • DIREÇÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL

    DESCOLONIZAÇÃO/RETORNADOS

    • Decreto-Lei 169/75 de 31 de Março
    • Decreto-Lei 169/75 de 31 de Março
    • Decreto-Lei n.º 494/75 de 10 de Setembro
    • DOSSIER: DESCOLONIZAÇÃO
    • Descolonização de Cabo Verde

    CASA GRANDE

    • CASA GRANDE

    1974-1975-1976

    • O CASO DA REPÚBLICA
    • GAIOLA ABERTA
    • História
    • REFORMA AGRÁRIA
    • ANÁLISE SOCIAL: REFORMA AGRÁRIA

    ELEIÇÕES

    • ELEIÇÕES

    SITES: CRONOLOGIAS

    • RTP: ARQUIVO
    • FOTOS: DOSSIER: F.M.SOARES
    • HORAS DECISIVAS
    • Fragata Gago Coutinho - 25 de Abril de 1974
    • JOFRE ALVES
    • FOTOGRAFIAS
    • RTP: COLEÇÕES 25 DE ABRIL 1974
    • MEDIA RTP
    • ASSOCIAÇÃO 25 DE ABRIL
    • Centro de Documentação 25 de Abril: UNIVERSIDADE DE COIMBRA
    • FUNDAÇÃO MÁRIO SOARES
    • Deutsche Welle
    • Cronologia 1970-1974 - Deutsche Welle
    • CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA: Efemérides | 25 de Abril de 1974 | Recursos na Internet
    • FUNDAÇÃO MÁRIO SOARES
    • INSTITUTO CAMÕES
    • O CASO DA REPÚBLICACronologia: de 25 de Abril de 75 a 27 de Julho de 76

    SITES

    • O Poder Local do Estado Novo à Democracia
    • INFOGRAFIAS: Resultados das eleições autárquicas desde 1976
    • FÓRUM CIDADANIA
    • Documentos: Universidade de Coimbra: CD25A
    • Dossier sobre 25 de Abril de 1974
    • 1974 - Fundação Mário Soares
    • 25 de Abril de 1974 - Escolovar
    • 25 de Abril de 1974 - História de Portugal
    • 25 de Abril
    • Coleção 25 de Abril de 1974 - RTP Arquivo - RTP
    • Centro de Documentação 25 de Abril
    • ABRIL DE NOVO
    • PRETINUS
    • Centro de Documentação 25 de Abril

    SITES: 25 DE ABRIL

    • TVI
    • Especiais 40 anos

    SITES

    • JORNAL NOTÍCIAS
    • REVISTA VISÃO
    • O Século Ilustrado - Suplemento ao Nº 1895, de 27 de Abril de 1974
    • Centro de Documentação 25 de Abril | Universidade de Coimbra
    • 25 abril- Associação
    • PINS DO 25 ABRIL

    A HORA DA LIBERDADE

    1974: Revolução dos Cravos

    +25 de ABRIL 1974

    +25/04/1974: O dia 25 de Abril

    +25 de abril de 1974. La Revolución de los Claveles

    +1974-1975: OUTRO PAÍS / ANOTHER COUNTRY (trailer) de/by Sérgio Tréfaut

    *22:55 - 24 de ABRIL- Canção "E depois do Adeus", cantada por Paulo de Carvalho

    *00:20 - É transmitida a canção "Grândola, Vila Morena", de José Afonso, 25 Abril de 1974

    *04h26 - Primeiro comunicado do MFA difundido pelo Rádio Clube Português. Joaquim Furtado

    *12.00:- 25 de Abril - Relato de Adelino Gomes (Rua Augusta, Rossio, Carmo)

    *16h e 30m- 25 de Abril - Salgueiro Maia entra no Quartel do Carmo - Relato de Adelino Gomes

    *17.00: 25 de Abril - SALGUEIRO MAIA E A RENDIÇAO DE MARCELO CAETANO.

    *18.40H: 25 de ABRIL 1974: Revolução dos Cravos: 25 de Abril 1974 - Noticiários RTP (1)

    *22.20 h: 25 Abril 1974: Revolução dos Cravos 25 de Abril 1974 - Noticiários RTP 2)

    *22.20 :25 de ABRIL 1974:Revolução dos Cravos: 25 de Abril 1974 - Noticiários RTP (2)

    ?26 de Abril 1974- 13h00 - Libertação dos presos políticos nas cadeias de Caxias e Peniche.

    ?26 Abril 1974: A conferência de Imprensa de Spínola em 26 de Abril

    ?30 de ABRIL de 1974: Regresso dos Exilados: Ary dos santos, José Jorge Letria, José Mário Branco

    ?30 de Abril de 1974: Discurso de Álvaro Cunhal, no Aeroporto de Lisboa

    ?1 de Maio de 1974: O 1º de Maio

    ?1.º Maio de 1974 em Lisboa

    ?1974: Portugal. Sá Carneiro e Mário Soares

    ?1974: Um ano de revolução: Programa do Departamento de Informação da RTP

    ?10 e 11 Maio de 1974: Programa do PPD/PSD. Francisco Sá Carneiro.

    ?1 MAIO:1974: 1ºMaio - Artistas/Escritores

    ?15 de Maio de 1974 a 27 de Julho:1974: Da tomada de posse de Spínola ao 27 de Julho

    ?Do 27 de Julho ao 28 de Setembro 1974: Um Ano de Revolução

    ?Do 28 de Setembro ao 11 de Março: 28 Setembro-1974- 1975:11 Março: Um Ano de Revolução -

    ?29 Novembro 1974: Comício do Porto (29.11.1974) PPD

    ?13 de Dezembro de 1974: Congresso do Partido Socialista

    º25 de Janeiro de 1975: Congresso no Palácio de Cristal no Porto

    º11 de Março de 1975 - 1.ª parte

    º11 de Março de 1975 - 2.ª parte

    º 25 abril 1975: Lei dos partidos políticos:CONSTITUINTE 25 abril 1975

    ºJulho e Agosto de 1975 «As Portas que Abril Abriu», de José Carlos Ary dos Santos

    «As Portas que Abril Abriu» - José Carlos Ary dos Santos from Ligtez Enoeses on Vimeo.

    ºEntre março e novembro de 1975 : Ocupação de terras no Alentejo.

    ºJulho e Novembro de 1975: O regresso dos retornados e a independência das colónias 1975

    ºJulho e Novembro de 1975: Ponte aérea Luanda-Lisboa"

    º1975: Ocupação de empresa.

    º 9 de Novembro 1975: O Povo é Sereno“ É apenas fumaça!”

    º12 de Novembro de 1975: Cerco a São Bento

    º12 de Novembro 1975:Cerco ao parlamento 1975

    º20 Novembro 1975: Entrevista ao Almirante Pinheiro de Azevedo.

    º25 de Novembro 1975

    º25 de Novembro 1975: Jaime Neves assume autoria do golpe contra-revolucionário do 25 de Novembro

    ~1975- PREC

    º7 Dezembro 1975. Lisboa,

    ª16 de Março de 1976: MRPP - Comício no Pavilhão dos Desportos

    ª2 de Abril de 1976:Votação Assembleia Constituinte - Constituição República Portuguesa -

    ª26 Dez: 1976: "Manif do MRPP pela utilização da foice e do martelo"PCTP/MRPP

    -1977: A Lei da Terra

    -1989- Queda do Muro de Berlim

    PRESIDENTES DA CÂMARA MUNICIPAL ALFÂNDEGA DA FÉ

    SEDES PARTIDÁRIAS

    CASAS: 1976

    FUNDO FOMENTO HABITAÇÃO- CASAS GEMINADAS

    História do Povo na Revolução Portuguesa

    • História do Povo na Revolução Portuguesa

    Chico Buarque - Tanto Mar

    1977: A vitória é díficil mas é nossa - Comício 77 PCP

    1977: Jornada - Comício Festa

    1977: Sinfonia de Bethoven - Manuel Freire

    1977: Ary dos Santos -- Muitos Homens na Prisão

    1977: Hino Caxias - Em Festa Comício PCP

    1977: Soneto do Trabalho - 25 Canções de Abril

    1977: Portugal Ressuscitado - 25 Canções de Abril

    Luís Cília - "O povo unido jamais será vencido"

    PARTIDOS POLÍTICOS

    1921-PCP-Fundado em 6 de Março de 1921. Inscrição no Supremo Tribunal de Justiça em 26/12/1974

    1930-UN:Fundada em 30 de Julho de 1930

    1944-MUNAF:formada em 1944

    1945-MUD: 8 de Outubro de 1945

    1962- FPLN-Frente Patriótica de Libertação Nacional Surge de uma Conferência das Forças Antifascistas Portuguesas, realizada em Praga, entre 19 e 21 de Dezembro de 1962

    1964-FAP:Surge, a partir de Janeiro de 1964,

    1964- CMLP:Comité Marxista Leninista Português

    1964-PCP (m-l): Fundado em 1964.

    1966-O levantamento da organização iniciou-se em Janeiro de 1966

    1967-LUAR:fundado em Paris, em 19 de Junho de 1967.

    1969-MDP/CDE:Foi fundado em 1969.

    1969-CCRML – Os Comités Comunistas Revolucionários Marxistas-Leninistas, como estrutura clandestina marxista-leninista-maoísta foram fundados em finais de 1969.

    1969-ALA LIBERAL – Na X Legislatura de 1969-1973

    1970-ANP:Fevereiro de 1970

    1970-BR – As Brigadas Revolucionárias eram uma organização clandestina de esquerda, do tipo guevarista, que preconizava a acção armada como forma de luta contra o regime fascista e o aparelho militar colonial, a qual procurava «pela prática, a criação duma alternativa revolucionária».Surgiram em Setembro de 1970

    1970-PCTP/MRPP:Fundado em Setembro de 1970.O partido é inscrito oficialmente no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em 18/02/1975.

    1972-CLAC – Os Comités de Luta Anti-Colonial e Anti-Imperialista foram fundados em 1972

    1972-OCMLP:Foi criada em 1972.

    1973-CARP (ML) – O Comité de Apoio à Reconstrução do Partido (Marxista-Leninista) era uma organização clandestina marxista-leninista-maoísta fundada em 1973.

    1973-PS:Nasce em 19 de Abril de 1973. A data 01/02/1975 marca a sua inscrição no Supremo Tribunal de Justiça

    1973-CBS – As Comissões de Base Socialistas surgiram em Junho de 1973

    1973-PRP-Partido Revolucionário do Proletariado

    1973-PRP-BR:O Partido Revolucionário do Proletariado-Bases pela Revolução (PRP-BR) foi formado em 1973

    1973-LCI:fundado em 1973.

    1974-PPM:Maio de 1974.Data de 17/02/1975 a sua inscrição no Supremo Tribunal de Justiça

    1974-MES: Surgiu após o 25 de Abril 1974.

    1974-FLAMA-Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira

    1974-FLA-Frente de Libertação dos Açores

    1974-PPD/PSD:Fundado em 1974.Data oficial da sua inscrição no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a de 25/01/1975

    1974-PDC: Criado em 10 de Maio de 1974.

    1974-CDS-PP:Formado em 19/07/1974.Foi inscrito oficialmente no Supremo Tribunal de Justiça em 13/01/1975

    1974-AOC:Criada em 17 de Novembro de 1974.

    1974-PUP:Fundado em Dezembro de 1974.

    1974-FEC (ML):Dezembro de 1974.

    1974-FSP:Frente Socialista Popular (FSP)

    1975-PRT:Partido Revolucionário Dos Trabalhadores era um partido político trotskista em Portugal. PRT foi fundado a 31 de Janeiro 31 de 1975

    1975-ELP:Exército de Libertação de Portugal. Fundado em Madrid em 6 de Janeiro de 1975

    1975-MDLP:O Movimento Democrático para a Libertação de Portugal é formalmente constituído em 5 de Maio de 1975.

    1975-PCP (R): Partido Comunista Português (reconstruído)), inicialmente como (Partido Comunista Português (Reconstruído)), era um partido político em Portugal. PCP (R) foi fundado no congresso unitário em Dezembro 1975.

    1976-POUS4:Fundado em 1976.Data de 23/08/1979 a sua inscrição no Supremo Tribunal de Justiça.

    1976-FEPU: 1976

    1978-UEDS:fundado em Janeiro de 1978.

    1978-APU:Foi uma antiga coligação (activa entre 1978 e 1987)

    1978-PSR:Foi criado em 1978.

    1979-ASDI:Fundado em 1979, tendo-se incrito oficialmente no Supremo Tribunal de Justiça em 27 de Junho de 1980.

    1979-PDA:Inscrito oficialmente no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em 05/11/1979

    1980-FRS: Registada em 1 de Agosto de 1980.

    1980-FUP:Inscreveu-se oficialmente no Supremo Tribunal de Justiça em 28/07/1980.

    1980-FP 25 - Forças Populares 25 de Abril

    1982-PEV:A inscrição no Supremo Tribunal de Justiça, com a denominação Movimento Ecológico Português - Os Verdes e sigla MEP-PV, data de 15/12/1982.

    1985-PRD:Foi um partido português criado em 1985.

    1987-CDU:Inscrita oficialmente no Tribunal Constitucional desde 05/05/1987

    1990-PSN: Surgiu em 1990.

    1993-MPT:A sua inscrição no Tribunal Constitucional data de 12/08/1993

    1994-PXXI:1994

    1995-PPR: Criado em 1995

    1995-PG: Criado em 1995.

    1999-BE:Surge no ano de 1999.Data de 24/03/1999, a sua inscrição no Tribunal Constitucional

    1999-PH:O Tribunal Constitucional recebeu a sua inscrição oficial em 07/04/1999

    2000-RUPTURA/FER:A Ruptura/FER é uma organização politica trotskista portuguesa e é o resultado da fusão entre a Frente de Esquerda Revolucionária (FER), e os jovens activistas do movimento estudantil (Ruptura).O seu 1ºCongresso realizou-se em Abril de 2000.

    2000-PNR: foi deferido pelo Tribunal Constitucional em 12/04/2000

    2003-PND: Tem como data de inscrição no Tribunal Constitucional 18/06/2003

    2008-MMS:Inscrito oficialmente em 29/05/2008 no Tribunal Constitucional

    2008-MEP:Inscrito oficialmente em 23/07/2008 no Tribunal Constitucional

    2009-PTP:Inscrito oficialmente em 01/07/2009 no Tribunal Constitucional.

    2009-PPV:Inscrito oficialmente em 01/07/2009 no Tribunal Constitucional

    PRESIDENTES DA CÂMARA MUNICIPAL

    PRESIDENTES DA CÂMARA MUNICIPAL

    ANOS

    PROTAGONISTAS

    1828-1835

    Norberto João António Oliveira Cardoso

    1835-1836

    Manuel António Lopes Azevedo

    1836-1837

    Francisco António Pereira Lemos

    1837

    Justino Costa de Macedo

    1837-1838

    José Fernandes Silva

    1838-1839

    Simão Pedro de Azevedo

    1839-1843

    Francisco António Pereira de Lemos

    1843-1845

    José Manuel Ferreira

    1845-1846

    Celestino José Esteves

    1846-1847

    Francisco António Pereira de Lemos

    1847-1848

    Leopoldo José Azevedo

    1848-1852

    Celestino José Esteves

    1852-1854

    José Manuel Ferreira

    1854-1855

    Francisco António Pereira de Lemos

    1855-1858

    Leopoldo José Azevedo

    1858-1860

    Felisberto Espírito Santo Trigo Ribeiro

    1860-1862

    Francisco António Sequeira

    1862-1864

    Felisberto Espírito Santo Trigo Ribeiro

    1864-1868

    António José Ferreira

    1868

    António Manuel Azevedo e Costa

    1869

    Francisco António Sequeira

    1870-1874

    Abílio Acácio Azevedo

    1874-1876

    José Joaquim Dinis Gama

    1876-1877

    Felisberto Espírito Santo Trigo Ribeiro

    1877

    Francisco António Amaral

    1878

    António José Fonseca Rocha

    1878

    Abílio Acácio Azevedo

    1879-1880

    Carlos Alberto Sá de Miranda

    1880-1882

    Francisco António Teixeira

    1882-1886

    Carolino Augusto Trigo

    1886-1888

    António Manuel Azevedo e Costa

    1888-1889

    José Maria de Morais Sarmento

    1889

    António Emílio Morais Pimentel

    1890

    Manuel José Novais Sá

    1891-1893

    José Maria de Morais Sarmento

    1893-1897

    António Manuel Azevedo e Costa

    1898-1904

    Visconde Valpereiro

    1905-1908

    Camilo Mendonça

    1908

    António Francisco Meneses Cordeiro

    1908-1910

    Carolino Augusto Trigo

    1910-1918

    Simão Machuca

    1918-1919

    Alípio José Santiago

    1919-1923

    Simão Machuca

    1923-1926

    Alípio José Santiago

    1926

    Luís Manuel Rodrigues Paçó

    1926

    Simão Machuca

    1926-1928

    António Manuel Vilares

    1928-1929

    Mário Augusto Lopes

    1929-1930

    Mário Augusto Lemos Mendonça

    1930-1933

    Manuel António Rego

    1933-1934

    Manuel Suzano

    1934-1946

    Francisco José Lemos Mendonça

    1946-1959

    António Manuel Zilhão

    1959-1971

    João José Pessoa Trigo

    1971-1974

    Mário Carlos Costa Almeida

    1974-1975

    Carlos Augusto Araújo

    1976

    Junta Camarária

    1976-1979

    Carlos Fernando Vieira Castro

    1979-1986

    António Francisco Branco Rodrigues

    1986-1989

    António Jesus Pacheco

    1989-2001

    Manuel Cunha Silva

    2001- 2009

    João Carlos Pontes Figueiredo Sarmento

    2009-…

    Berta Ferreira Milheiro Nunes

    CRONOLOGIA

    ANOS

    ACONTECIMENTOS

    1992

    A 20 de Setembro inauguração do novo Quartel da Associação dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé Associação dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé

    1963

    A 24 de Agosto. Fundação da Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé

    1933

    A 20 de Dezembro. Fundação da Associação dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé

    1898

    Restauração do Concelho de Alfândega da Fé

    1895

    Extinção do Concelho medieval de Alfândega da Fé

    1510

    A 1 de Junho, D. Manuel confirma a carta de foral de D. Dinis

    1294

    A 8 de Maio, Alfândega da Fé recebe a carta de foral de D. Dinis

    BLOGUES DE ALFÂNDEGA DA FÉ

    • História de Alfândega da Fé século XXI
      LAGAR, MANUEL VICENTE FARIA,2002/2003,
    • HISTÓRIA ALFANDEGA DA FÉ SÉCULO XX
      1983, FESTA EM HONRA DE SÃO SEBASTIÃO

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    COOPERATIVA AGRÍCOLA- ESTADO NOVO

    COOPERATIVA AGRÍCOLA- ESTADO NOVO
    GRÉMIO DA LAVOURA: COOPERATIVA AGRÍCOLA

    ESTADO NOVO

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    Centro: Américo Tomás na inauguração da barragem Esteveínha à direita João Trigo Presidente da Câmara

    ESTADO NOVO

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    Esquerda para direita:- Manuel António Afonso (Janota) - João Trigo- Américo Tomás- Camilo Mendonca
    Tema Viagens. Imagens de temas por johnwoodcock. Com tecnologia do Blogger.