Os coloridos murais, pintados nas ruas de todo o país são uma das imagens de marca do pós-25 de Abril de 1974.
Lançavam palavras de ordem, de libertação contra 41 anos de ditadura.
No tempo em que os pincéis e a tinta vingavam sobre os cartazes de papel, as mensagens passavam nas paredes, independentemente dos dotes artísticos dos autores. Era a liberdade de expressão que valia, acima de tudo.
Depois da euforia da Revolução dos Cravos, os murais pintados continuaram a ser um veículo de comunicação durante os anos 1980. Os partidos políticos tomaram conta das ruas com mensagens de apoio a candidatos pintadas a fresco e as próprias sedes transformaram-se em verdadeiros quadros de cores vivas.
O IOL PortugalDiário recorda-lhe aqui alguns desses murais. As fotografias são de António Paixão Esteves e de Conceição Neuparth, gentilmente cedidas pelo Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra.
Murais de Abril
Fotos cedidas pelo Centro de Documentação 25 de Abril
22 de Abril de 2008 às 16:24
Apesar dessa falência anunciada, Sérgio Guimarães publicou pela Mil Dias ainda mais três livros profusamente ilustrados em torno da iconografia do PREC: Diário de uma revolução, O 25 de Abril visto pelas crianças e As paredes na Revolução (em baixo), todos em 1978. Este último é particularmente interessante (tendo até em conta o actual contexto de revitalização do muralismo político), servindo de registo visual dos murais que adornaram as paredes de algumas zonas da capital e, de resto, um pouco por todo o país, durante mais de uma década.
Trata-se de um volume sem qualquer pretensão de análise estética ou sócio-politica dos murais (não há sequer legendas indicando a sua localização), limitando-se a reproduzir fotos dos mesmos em maior ou menor grau de detalhe (particularmente apelativas são as fotos que permitem ver o contexto mais alargado dos murais, quando articulados com janelas, portas, etc).
25 de abril de 2010
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