Arquivo Histórico de São Tomé e Príncipe
São Tomé e Príncipe
Geografia País insular da África Ocidental.
As ilhas de S. Tomé e do Príncipe situam-se a noroeste do Gabão, em plena zona equatorial.
A república é constituída pelas ilhas que lhe dão o nome e por vários ilhéus adjacentes, ocupando uma área de cerca de 1001 km2 [S. Tomé (859 km2) e Príncipe (142 km2)].
O ilhéu das Rolas apresenta a particularidade de ser atravessado pelo equador, sendo o facto assinalado localmente por um monumento que se encontra muito degradado.
A capital é São Tomé, com 54 000 habitantes (2004), e as outras cidades importantes são Trindade (14 500 hab.), Santana (7000 hab.), Neves (7000 hab.) e Santo Amaro (7400 hab.). As ilhas são de natureza vulcânica e o relevo é acidentado, com morros, cones e picos.
A erosão muito intensa causou a formação do "Cão Grande" e do "Cão Pequeno", que não são mais do que chaminés vulcânicas cujo revestimento exterior foi erodido. As elevações mais importantes encontram-se em S. Tomé (2024 m), Pinheiro (1613 m), Calvário (1600 m) e Príncipe (948 m). Clima S. Tomé e Príncipe tem um clima de cariz equatorial, mas condicionado pela posição do relevo relativamente aos ventos de sudoeste.
O Nordeste de São Tomé apresenta uma estação seca de junho a setembro, a que se dá localmente a designação de gravana. O
Sudoeste tem um clima tipicamente equatorial.
Economia
São Tomé e Príncipe é um país exportador de cacau, copra, café, banana e óleo-de-palma.
A maior parte das importações é constituída por produtos manufaturados (cerca de 45%) e bens alimentares (30%).
A Holanda, Portugal, a Alemanha e Angola são os principais parceiros comerciais de São Tomé e Príncipe. A ajuda de organismos das Nações Unidas e a cooperação de países ocidentais têm sido preciosas para assegurar as necessidades básicas da população e permitir algum desenvolvimento. É provável que a recente descoberta de petróleo no golfo da Guiné venha a ter repercussões na economia do país. Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita, não foi atribuído.
População
Habitam as ilhas 193 413 pessoas (2006). As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 40,25%o e 6,47%o. A esperança média de vida é de 67,31 anos.
O valor do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,639 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) não foi atribuído (2001).
Estima-se que em 2025 a população seja de 329 000 habitantes.
O Catolicismo é a religião predominante, praticada por 81% da população.
Os santomenses falam português, crioulo e línguas africanas locais.
História
As ilhas foram avistadas pelos navegadores João de Santarém e Pedro Escobar em 1471 ou 1472.
Os Portugueses vieram a colonizá-las com cristãos-novos que tinham sido expulsos pela Inquisição e a comercializar escravos africanos para as plantações de açúcar. Durante a época da escravatura, São Tomé era um centro de compra e venda de escravos para o Brasil. Durante o século XVI tornou-se o maior produtor de açúcar e a base de partida para a colonização de Angola. Os Holandeses ocuparam a ilha durante algum tempo no século XVII, a qual foi ainda alvo de ataques dos navios corsários franceses.
Devido à competição do açúcar brasileiro e à pior qualidade do de S. Tomé, a economia do arquipélago entrou num período de estagnação de dois séculos. Só com o fim da escravatura no Brasil e a introdução da cultura do café, no século XIX, volta S. Tomé a ser um centro de comércio. Mais tarde o coco veio substituir o café. Em 1951 o território adquiriu o estatuto de província ultramarina portuguesa. Foi feito um esforço de desenvolvimento nos domínios da agricultura, das vias de comunicação e da educação, mas logo em 1953 começaram a surgir os movimentos nacionalistas que deram origem a violentos motins. Esta situação de revolta precedeu a criação do Comité para a Libertação de S. Tomé e Príncipe, que se formou no exílio, em 1960, mudando o nome para Movimento para a Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP) em 1972. A 26 de novembro de 1974 foi assinado um acordo, em Argel, entre representantes do MLSTP e de Portugal, onde já se previa a independência do país. Este torna-se uma república independente a 12 de julho de 1975, com a nomeação de Manuel Pinto da Costa para Chefe de Estado. Após 15 anos de regime marxista de partido único e de uma prolongada crise socioeconómica, foi instaurado o regime multipartidário em 1990.
Em 1991 Miguel Trovoada foi eleito presidente. Depois de dois mandatos de cinco anos, em julho de 2001, Trovoada é derrotado por Fradique de Menezes, que venceu por maioria. Como referenciar: in Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2015. [consult. 2015-03-26 12:11:57].
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